quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A UVA ÍCONE DO PAMPA GAÚCHO

O Pampa gaúcho ainda é novo em termos de apresentar novos terroirs para a indústria do vinho brasileiro. E a cada dia que passa surge uma nova fronteira vitivinicola, um novo terroir a ser explorado. São áreas que nem imaginava-se capazes de produzir uvas de qualidade, vinhos então...

Não possuímos uvas autóctones, no entanto, algumas internacionais se adaptaram de forma admirável no terroir gaúcho e em particular na fronteira oeste do Estado. Daí vamos falar da Merlot, não esquecendo também da Tannat, de retumbante êxito no vizinho Uruguai, e da Chardonay neste lado da fronteira.

Não há lugar no mundo vitivinicola que uma cepa não se saliente e seja alçada no altar mor da região como seu ícone. É a Cabernet Sauvignon na margem esquerda do Gironde e a Merlot na direita, a Carmenére no Chile, a Malbec na Argentina, a Pinotage na Africa do Sul, a Pinot Noir e a Chardonay na Borgonha, a Touriga nacional em Portugal, a Tempranillo na Espanha e por aí vamos. Aqui na campanha ainda uma cepa não adquiriu seu status de líder. No entanto, salta aos olhos a liderança das uvas brancas seja na produção de vinhos secos como na de espumantes de qualidade reconhecida.

Duas cepas tomam a dianteira nessa corrida: nos tintos , a Merlot e nos brancos, a Chardonay. De cara destaca-se a Chardonay pela grande projeção , particularmente dos espumantes, nesta quadra histórica.

Embora a Merlot seja a cepa de maior adaptabilidade no mundo, frutificando em qualquer canto com um mínimo de cuidados e clima e solo adequados, o terroir da região da Campanha favorece, e muito, a produção com a Chardonay. A quantidade de prêmios ganhos por vinhos com a Chardonay da fronteira oeste gaúcha nos dá respaldo.

Já é hora de se escolher um rumo definitivo para a mais nobre das brancas. Talvez não se chegue a produzir brancos como em Chablis, mas basta lembrar que o terreno da Champagne é muito similar a nossa Campanha.

Já é hora de se pensar até numa griffe.

Saiba mais sobre vinhos em vinhoseoutrasbobagens.blogspot.com

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CONFRARIA BOM VIN NA VINHO E ARTE


CONFRARIA BOM VIN NA VINHO E ARTE

FlávioMPinto

No dia 23 de setembro de 2013, a Confraria Bom Vin reuniu-se na loja de vinhos Vinho e Arte( Mucio Teixeira, 107-Porto Alegre) para uma viagem ao Vale do Vêneto-Italia, região de origem dos primeiros italianos da colônia italiana do RS.

Maria Amélia Flores, enóloga e proprietária, nos conduziu através de uma conversa agradável ao Vale italiano e suas uvas e vinhos. Foram degustados produtos da Cantina Riondo, de Monteforte D’Alpone,  região de Soave, no Vêneto.

A região de Soave fica no entorno de Verona e transmite a personalidade da região aos seus vinhos.

Fora degustados pelos confrades os vinhos:

- Pink  Spagio Frisante- um rosé frisante feito com a uva Raboso, desconhecida no comércio brasileiro, um frisante muito suave e delicioso;

- Prosecco Riondo- outro espumante, com a uva Prosecco,  muito distinto e também suave, mas marcante;

- Espumante Riondo Brut Valier- feito com a uva Garganega, também desconhecida, um espumante combinando com a região também: ou seja,muito suave, de boa perlage e pouco frutado;

-Cantina Riondo  De Valier Pinot Grigio- um branco muito distinto de personalidade semelhante aos espumantes, muito distinto e acidez e álcool equilibrados;

- Cantina Riondo Impero Valpolicella Ripasso- um vinho feito nas borras dos Amarones,mas nãomenos importante. Forte, escuro, com personalidade;

. Cantina Riondo Amarone Della Valpolicella Classico- segue a linha dos clássicos Valpolicella do Vêneto. Forte conteúdo de frutas passificadas, cerejas, amoras, um retrogosto e uma personalidade atraentes. Um vinho para se beber bem devagarinho.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

MAISON CHAPOUTIER PETITE RUCHE CROZES-HERMITAGE 2009


M.CHAPOUTIER PETITE RUCHE CROZES-HERMITAGE 2009

FlávioMPinto



M.Chapoutier é um grande negociante de vinhos na França. Produz vinhos nos mais diferentes terroirs nas mais expressivas AOC. Está no Vale do Rhône desde 1808.

Crozes-Hermitage é uma das mais expressivas AOC do Vale do Rhône. Consta, de acordo com a lenda, que um templário vindo da Pérsia trouxe umas videiras e se estabeleceu no Vale numa ermida perto de Lyon, na parte de baixo do Vale. Provavelmente as mudas eram da uva Syrah, ou Shiraz, que deram origem a AOC e aos famosos Hermitage, Crozes-Hermitage e aos de Côtie Rôtie.

O vinho apresenta uma cor violeta não muito forte e aromas florais significativos e frutados com cerejas se destacando. De médio corpo, na boca se revela bem frutado com amoras silvestres se manifestando. Os 13% de teor alcoólico não influenciam o paladar, deixando-o bem fácil de beber.

Um bom vinho, embora complexo nos seus sabores.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

CONFRARIA BOM VIN COM ADOLFO LONA NO CONSTANTINO


CONFRARIA BOM VIN COM ADOLFO LONA NO CONSTANTINO

FlávioMPinto




No dia 16 de setembro de 2013, a Confraria Bom Vin reuniu-se no Constantino (Fernando Gomes, 44-Moinhos de Vento-Porto Alegre) para mais um fraternal encontro.  Desta vez a estrela da noite foi Adolfo Lona, um dos mais prestigiados enólogos em atividade no Brasil. Argentino de Mendonza radicado a mais de 30 anos nestas terras brasileiras nos apresentou sua trajetória na produção de vinhos espumantes e transmitiu conhecimentos de quem sabe de cor a matéria. Brindou-nos com conhecimentos técnicos de produção até o serviço do espumante.

Sua adega em Garibaldi ( Adega Adolfo Lona) produz espumantes de excelência, comprovada na degustação.

Foram degustados pelos confrades 6 espumantes, sendo 3 Charmat( Brut, Rose e Demi-sec) , 2 Champenoise( Brut e outro Rosé) e mais um champenoise rosé de ciclo de 24 meses, o Orus.

Todos de extrema delicadeza e elegância. Os produzidos pelo método Charmat foram num ciclo de produção de 2 a 6 meses e os Champenoise 18 meses, redundando em produtos mais complexos e refinados.

Adolfo Lona Brut Rosé Charmat foi o primeiro a ser degustado. De aroma intenso foi produzido com uvas Chardonnay e Pinot Noir, daí sua cor salmonada.

Adolfo Lona Brut Charmat foi o segundo.Confeccionado com uvas no tradicional mix das champagnes: Chardonnay e Pinot Noir, esta em pequenas quantidades.





A seguir foi degustado o Adolfo Lona DemiSec Charmat. De todos o que possuía o maior quantidade de açúcar.

O Adolfo Lona Brut champenoise foi o próximo manteve a linha de equilíbrio entre todos os aspectos como aromas, acidez, álcool e açucares. Um ótimo espumante. Elegante e equilibrado.

O Nature feito pelo método tradicional e sem adição de açúcar revelou-se um espumante muito distinto. Feito de uvas Chardonay, Pinot Noir e Merlot.

Para finalizar, o Orus, que está com as vendas esgotadas, encerrou a noite. Feito com uvas Chardonnay, Pinot Noir e Merlot, é um rosé magnífico. Delicado, equilibrado, suave, mas não deixando de ser marcante.

Uma grande noite apresentada por Adolfo Lona e ainda com a presença sempre importante de Mauro Côrte Real  com seus conhecimentos.