SANTA COLINA ESTILO TANNAT 2009
Com a mudança de mãos, a Vinícola Aliança, agora Nova Aliança incorporando a Santa Colina, manteve esse nome consagrado nos seus produtos. Mas não ficou por aí: parece, a primeira impressão que tivemos, é que seus produtos tiveram uma upgrade. Sentimos isso numa mostra de vinhos da Campanha na churrascaria Na Brasa em POA e também na Feira Promocional de Vinhos também na capital.
Agora, a empresa da fronteira nos brinda com um soberbo Tannat. Vinho intermediário da linha da Santa Colina, um Tannat jovem, fácil de encontrar nos melhores supermercados.
Rubi, escuro e brilhante, nos apresenta um buquê suave, com notas de baunilha e até de couro e flores. Na boca, frutas vermelhas como cerejas e de chocolate. Traços fortes de tabaco, cassis e mirtilo enchendo a boca revelando seu corpo. Um retrogosto maravilhosos ainda de cassis e flores demarcando sua personalidade e persistência. Um vinho repleto de aromas e sabores marcantes e distintos.
Após uma “respiração”, pouca evolução na taça, demonstrando seu vigor e persistência. Seu teor alcoólico-13,5% - nos passa a idéia de que pode evoluir na garrafa. Um vinho de personalidade e futuro garantido.
Um excelente custo-benefício!
domingo, 19 de junho de 2011
O PRAZER EM BEBER UM VINHO
O PRAZER EM BEBER UM VINHO
FlávioMPinto
MELHOR VINHO
"Por mais raro que seja, ou mais antigo,
Só um vinho é deveras excelente
Aquele que tu bebes, calmamente
Com teu mais velho e silencioso amigo". (Mario Quintana)
Outro dia conversava com um amigo sobre o prazer em beber um bom vinho.
Vinho é a bebida mais mítica do Universo. Nada se compara a ele. Uma cor ímpar, seja tinto ou branco mesmo rosé.
O meu amigo a cada gole delirava. Pudera é um poeta. Mas que companhia boa eu estava: uma taça de vinho e um poeta. Um poeta e um vinho. A medida que a degustação avançava, avançávamos pela História. Das hostes gregas e romanas logo chegamos á França dos Rothschild e Avignon de Chãteauneuf-du-pape do Papa Clemente V e os Templários e a Itália da Toscana com seus magníficos Brunellos e Barbarescos. Um passeio monumental pela História antiga e recente na ótica do vinho. Até Shakespeare andou conosco passeando com Olavo Bilac, Vinícius e Machado de Assis.
Um vinho não mente assim como a história. Mexam com ela e ela retorna trazendo todo seu caldo de verdades .
Abrir uma garrafa retirando-lhe a rolha, que aprisiona muitas vezes dezenas de anos em aromas , retirando do silêncio profundo que se encontrava um líquido que se destina única e exclusivamente ao prazer.
Não, não e não. Um vinho não é bebida para se desfrutar só, mesmo estando-se só. Ele, a taça e seus devaneios. Acompanhamentos que nos levam a voar pela Champagne ao degustar o líquido dourado de D.Pérignon, passear pelo vale do Loire com seus brancos e sonhar em Bordeaux ao som do desarrolhar de um tinto.
"Dizem que quem curte vinhos é um chato.
É demais curtir e apreciar a bebida dos deuses!
Dá-me vinho para apagar o incêndio da minha tristeza.
Bebe e esquece que o punho da tristeza breve te derrubará.
Vinho! Vinho em torrentes! Que ele palpite em minha veias.
Que ele borbulhe em minha cabeça!" (Omar Khayan-Rubayat)
Salut!
FlávioMPinto
MELHOR VINHO
"Por mais raro que seja, ou mais antigo,
Só um vinho é deveras excelente
Aquele que tu bebes, calmamente
Com teu mais velho e silencioso amigo". (Mario Quintana)
Outro dia conversava com um amigo sobre o prazer em beber um bom vinho.
Vinho é a bebida mais mítica do Universo. Nada se compara a ele. Uma cor ímpar, seja tinto ou branco mesmo rosé.
O meu amigo a cada gole delirava. Pudera é um poeta. Mas que companhia boa eu estava: uma taça de vinho e um poeta. Um poeta e um vinho. A medida que a degustação avançava, avançávamos pela História. Das hostes gregas e romanas logo chegamos á França dos Rothschild e Avignon de Chãteauneuf-du-pape do Papa Clemente V e os Templários e a Itália da Toscana com seus magníficos Brunellos e Barbarescos. Um passeio monumental pela História antiga e recente na ótica do vinho. Até Shakespeare andou conosco passeando com Olavo Bilac, Vinícius e Machado de Assis.
Um vinho não mente assim como a história. Mexam com ela e ela retorna trazendo todo seu caldo de verdades .
Abrir uma garrafa retirando-lhe a rolha, que aprisiona muitas vezes dezenas de anos em aromas , retirando do silêncio profundo que se encontrava um líquido que se destina única e exclusivamente ao prazer.
Não, não e não. Um vinho não é bebida para se desfrutar só, mesmo estando-se só. Ele, a taça e seus devaneios. Acompanhamentos que nos levam a voar pela Champagne ao degustar o líquido dourado de D.Pérignon, passear pelo vale do Loire com seus brancos e sonhar em Bordeaux ao som do desarrolhar de um tinto.
"Dizem que quem curte vinhos é um chato.
É demais curtir e apreciar a bebida dos deuses!
Dá-me vinho para apagar o incêndio da minha tristeza.
Bebe e esquece que o punho da tristeza breve te derrubará.
Vinho! Vinho em torrentes! Que ele palpite em minha veias.
Que ele borbulhe em minha cabeça!" (Omar Khayan-Rubayat)
Salut!
sábado, 18 de junho de 2011
VINHOS, QUANTA DIFERENÇA HÁ ENTRE ELES!
VINHOS, QUANTA DIFERENÇA HÁ ENTRE ELES!
FlávioMPinto
Seguidamente nos perguntam se existe diferença entre vinhos a não ser a cor. Tintos, brancos, roses e espumantes.
Não vamos entrar em detalhes maiores para diferenciá-los, pois aí entraríamos em áreas restritas aos especialistas, e é um longo caminho, mas a grosso modo podemos dizer que existem diferenças até nos de mesma cor.
Desde já convido o leitor a degustar um Merlot e depois um comum. Pode ser um Sangue de Boi, um Dani mesmo. Faça esta pequena experiência e logo separar-se-á o joio do trigo. Ou mesmo, não!
Daí vem a primeira conclusão: cada um tem um gosto e esse gosto varia de vinho para vinho. E existem inúmeros tipos de vinhos. Cada um no seu nicho.
Mais uma experiência: tome um copo de água e coma um doce. Depois outra bebida qualquer e o mesmo tipo de doce. Alterou-se o paladar? Sem dúvida que sim.
Com os vinhos acontece a mesma coisa: convivem bem ou mal com qualquer alimento. Daí chamar-se harmonização sua combinação com o alimento. E para cada um existe um tipo diferente de vinho cujas características organolépticas ressaltam a combinação.
Os vinhos não são iguais, embora muita gente boa ache.
Prove, deguste, desfrute, mas antes de mais nada encontre seu par: o vinho que lhe satisfaz intensamente e entenderás porquê existem vinhos de até 4 mil reais a garrafa.
FlávioMPinto
Seguidamente nos perguntam se existe diferença entre vinhos a não ser a cor. Tintos, brancos, roses e espumantes.
Não vamos entrar em detalhes maiores para diferenciá-los, pois aí entraríamos em áreas restritas aos especialistas, e é um longo caminho, mas a grosso modo podemos dizer que existem diferenças até nos de mesma cor.
Desde já convido o leitor a degustar um Merlot e depois um comum. Pode ser um Sangue de Boi, um Dani mesmo. Faça esta pequena experiência e logo separar-se-á o joio do trigo. Ou mesmo, não!
Daí vem a primeira conclusão: cada um tem um gosto e esse gosto varia de vinho para vinho. E existem inúmeros tipos de vinhos. Cada um no seu nicho.
Mais uma experiência: tome um copo de água e coma um doce. Depois outra bebida qualquer e o mesmo tipo de doce. Alterou-se o paladar? Sem dúvida que sim.
Com os vinhos acontece a mesma coisa: convivem bem ou mal com qualquer alimento. Daí chamar-se harmonização sua combinação com o alimento. E para cada um existe um tipo diferente de vinho cujas características organolépticas ressaltam a combinação.
Os vinhos não são iguais, embora muita gente boa ache.
Prove, deguste, desfrute, mas antes de mais nada encontre seu par: o vinho que lhe satisfaz intensamente e entenderás porquê existem vinhos de até 4 mil reais a garrafa.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
VINICOLA CRISTOFOLI Sangiovese 2009
VINICOLA CRISTOFOLI Sangiovese 2009
A Casa Cristófoli de Garibaldi-RS é de origem familiar como a maioria das exitosas pequenas vinícolas daquela cidade. Na realidade, ela está fincada nas encostas de Faria Lemos.
Nos apresenta um vinho de personalidade delicada. Um sangiovese italiano com bastante tempero brasileiro. Buquê distinto, um frescor incomum e límpido, não tem muito corpo, mas um quê que o distingue nos remetendo a um Beaujolais. De personalidade marcante embora seja um vinho leve.
Não tem comparação com os encorpados sangioveses da Toscana. É o terroir que faz a diferença. Aqui no Sul do Brasil é outro tempero. O que não lhe tira o mérito de, um dia, querer aproximar-se de seus primos distantes.
Certa feita, numa feira de vinhos, imaginei, propondo aos donos da vinícola, deixá-lo mais encorpado ficando mais tempo o contato do mosto com as cascas. Mas assim, como está, pelo menos para mim, está muito bom. Não é um vinho para inverno típico e sim para ser degustado em qualquer época, a qualquer hora, notadamente com pratos leves e pouco molho.
É, como já disse, um vinho leve, tranqüilo, gostoso de beber e sentir. Elegante e persistente apesar do pouco corpo. Demarca muito bem um nicho intermediário no mercado entre os tintos encorpados.
Acompanha muito bem um alegre e festivo fim de tarde.
FlávioMPinto
A Casa Cristófoli de Garibaldi-RS é de origem familiar como a maioria das exitosas pequenas vinícolas daquela cidade. Na realidade, ela está fincada nas encostas de Faria Lemos.
Nos apresenta um vinho de personalidade delicada. Um sangiovese italiano com bastante tempero brasileiro. Buquê distinto, um frescor incomum e límpido, não tem muito corpo, mas um quê que o distingue nos remetendo a um Beaujolais. De personalidade marcante embora seja um vinho leve.
Não tem comparação com os encorpados sangioveses da Toscana. É o terroir que faz a diferença. Aqui no Sul do Brasil é outro tempero. O que não lhe tira o mérito de, um dia, querer aproximar-se de seus primos distantes.
Certa feita, numa feira de vinhos, imaginei, propondo aos donos da vinícola, deixá-lo mais encorpado ficando mais tempo o contato do mosto com as cascas. Mas assim, como está, pelo menos para mim, está muito bom. Não é um vinho para inverno típico e sim para ser degustado em qualquer época, a qualquer hora, notadamente com pratos leves e pouco molho.
É, como já disse, um vinho leve, tranqüilo, gostoso de beber e sentir. Elegante e persistente apesar do pouco corpo. Demarca muito bem um nicho intermediário no mercado entre os tintos encorpados.
Acompanha muito bem um alegre e festivo fim de tarde.
FlávioMPinto
terça-feira, 7 de junho de 2011
QUANDO O VINHO CHORA!
QUANDO O VINHO CHORA!
FlávioMPinto
Os portugueses dizem: "se não chora o vinho, choro eu!"
Mas vinho chora?
Sim, faz parte do ritual rodar-se o líquido na taça ou incliná-la e deixá-lo descer em gotas pelas paredes da taça até o encontro do que restou .
São as lágrimas que devem descer.
Diz a boa técnica que vinhos de baixo teor alcoólico tem poucas lágrimas, pouco corpo e portanto, são “bobos”. Quem degusta um vinho e pressente isso fica triste, pois não se defronta com um vinho vibrante, encorpado. Um vinho que pese na língua deixando sua marca, sua presença.
Esse encorpamento faz parte da personalidade do vinho. Sua presença é uma demarcação de território. Quanto mais personalidade mais apraz degustá-lo.
Curtir vinhos é uma arte. E o aparecimento das lágrimas na hora de conferirmos um vinho desconhecido é sempre bem-vinda. Não vou fazer isso com um Château Lafite. Seria um sacrilégio.
Quanto maior o teor alcoólico mais devagar descerão as lágrimas. E mais felizes ficaremos em vê-las descer modorramente.
FlávioMPinto
Os portugueses dizem: "se não chora o vinho, choro eu!"
Mas vinho chora?
Sim, faz parte do ritual rodar-se o líquido na taça ou incliná-la e deixá-lo descer em gotas pelas paredes da taça até o encontro do que restou .
São as lágrimas que devem descer.
Diz a boa técnica que vinhos de baixo teor alcoólico tem poucas lágrimas, pouco corpo e portanto, são “bobos”. Quem degusta um vinho e pressente isso fica triste, pois não se defronta com um vinho vibrante, encorpado. Um vinho que pese na língua deixando sua marca, sua presença.
Esse encorpamento faz parte da personalidade do vinho. Sua presença é uma demarcação de território. Quanto mais personalidade mais apraz degustá-lo.
Curtir vinhos é uma arte. E o aparecimento das lágrimas na hora de conferirmos um vinho desconhecido é sempre bem-vinda. Não vou fazer isso com um Château Lafite. Seria um sacrilégio.
Quanto maior o teor alcoólico mais devagar descerão as lágrimas. E mais felizes ficaremos em vê-las descer modorramente.
domingo, 5 de junho de 2011
FEIRA PROMOCIONAL DE VINHOS 2-Espumantes
FEIRA PROMOCIONAL DE VINHOS 2-Espumantes
FlávioMPinto
Na minha 4ª passada pela Feira realizada no cais do porto de Porto Alegre, junto com o inesquecível, e único , pôr-do-sol do Guaíba, pude degustar os espumantes. Embora o dia estivesse frio, não mui indicado para tal, acredito haver cumprido a tarefa que me incumbi.
O armazém do cais estava cheio-era domingo- mas não era a fluência que desejava para um evento de tal magnitude. Acredito que se colocassem mais atividades seria mais concorrido. Busquei por queijos e embutidos e não achei, ansiei por uma boa música típica italiana ao vivo e nada. Uns poucos salgados e bebidas leves.
A festa estava maior do que a do ano passado, mas ainda pode crescer. Um pouquinho mais de criatividade daria o tom festivo ideal para os produtos da vitivinicultura gaúcha.
Mas vamos ao que observamos na área dos vinhos.
Do que degustei, destaco alguns espumantes. Sem sombra de dúvidas o Espumante Brut Casa Pedrucci foi o que mais se destacou. Embora já o conhecesse de uma degustação anterior. Feito a modo champenoise, Chardonay puro apresenta um perlage fino, elegante e um retrogosto confiável. Um produto de excelente qualidade. A Casa Pedrucci, uma empresa familiar tradicional de Bento Gonçalves, já destaque com seu Cabernet Sauvignon, nos brindou com esse espumante champenoise de extrema honestidade. De cor amarelo palha límpida e brilhante com tons esverdeados, nada deixa a desejar.
Outro que me chamou a atenção foi o Espumante Brut da Nova Aliança. A ex-Santa Colina nos brindou com esse espumante Chardonay puro do terroir da fronteira, mostrando que as uvas de Livramento não vieram para brincar e sim brindar com tudo que se tem direito.
Não passou em branco também o Espumante Chardonnay Brut da Courmayeur. A vinícola da capital dos espumantes nos brinda com um produto muito distinto. Destaque para o retrogosto lembrando tostados e até morango. Um espumante límpido e com tons esverdeados. O assemblage de Chardonnay com Pinot Noir fez muito bem encorpando mais o espumante.
Salut!
FlávioMPinto
Na minha 4ª passada pela Feira realizada no cais do porto de Porto Alegre, junto com o inesquecível, e único , pôr-do-sol do Guaíba, pude degustar os espumantes. Embora o dia estivesse frio, não mui indicado para tal, acredito haver cumprido a tarefa que me incumbi.
O armazém do cais estava cheio-era domingo- mas não era a fluência que desejava para um evento de tal magnitude. Acredito que se colocassem mais atividades seria mais concorrido. Busquei por queijos e embutidos e não achei, ansiei por uma boa música típica italiana ao vivo e nada. Uns poucos salgados e bebidas leves.
A festa estava maior do que a do ano passado, mas ainda pode crescer. Um pouquinho mais de criatividade daria o tom festivo ideal para os produtos da vitivinicultura gaúcha.
Mas vamos ao que observamos na área dos vinhos.
Do que degustei, destaco alguns espumantes. Sem sombra de dúvidas o Espumante Brut Casa Pedrucci foi o que mais se destacou. Embora já o conhecesse de uma degustação anterior. Feito a modo champenoise, Chardonay puro apresenta um perlage fino, elegante e um retrogosto confiável. Um produto de excelente qualidade. A Casa Pedrucci, uma empresa familiar tradicional de Bento Gonçalves, já destaque com seu Cabernet Sauvignon, nos brindou com esse espumante champenoise de extrema honestidade. De cor amarelo palha límpida e brilhante com tons esverdeados, nada deixa a desejar.
Outro que me chamou a atenção foi o Espumante Brut da Nova Aliança. A ex-Santa Colina nos brindou com esse espumante Chardonay puro do terroir da fronteira, mostrando que as uvas de Livramento não vieram para brincar e sim brindar com tudo que se tem direito.
Não passou em branco também o Espumante Chardonnay Brut da Courmayeur. A vinícola da capital dos espumantes nos brinda com um produto muito distinto. Destaque para o retrogosto lembrando tostados e até morango. Um espumante límpido e com tons esverdeados. O assemblage de Chardonnay com Pinot Noir fez muito bem encorpando mais o espumante.
Salut!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
FEIRA PROMOCIONAL DE VINHOS- Porto Alegre- cais do Porto- jun 2011
FEIRA PROMOCIONAL DE VINHOS- Porto Alegre- cais do Porto- jun 2011
FlávioMPinto
Estive por dois dias na Feira Promocional de Vinhos no cais do porto em Porto Alegre nos dias 1 e 3 de Junho de 2001. A feira vai até o dia 5, dia do Vinho.
Uma feira interessante que anualmente se apresenta nos galpões do cais do porto. Na sua grande maioria vinícolas da Serra mostram o que tem de melhor, embora muitas, as maiores, não levem seus principais produtos.
Uma funcionária de um dos stands me disse que os melhores vinhos são caros e as vinícolas não se dispõem a colocá-los para degustação. Aí vai o desprezo para com o público que gosta de vinho. Um público exigente e que faz do seu prazer em reverenciar Bacco uma arte. Uma das vinícolas- das maiores do Estado e que tem videiras na Serra e na região da Campanha- só levou seus vinhos mais baratos. Talvez com a esperança de abiscoitar o público da Bolsa família!
No mais, destacamos vinícolas atendidas por seus próprios donos, como a reverenciar quem assim trata seus produtos.
Ainda não fui especificamente degustar os brancos e espumantes, mas os tintos já passei em revista.
Destacamos os produtos da Vinícola Cristófoli, o Sangiovese 2009. Um genérico dos seus primos distantes da Toscana. Um vinho calmo, tranqüilo, mas de personalidade marcante. Daqui a uns dias compará-lo-ei com um irmão seu italiano. Vale também ressaltar o Cabernet Sauvignon.
Outro que deixou marcas foi o Cabernet Sauvignon 2005 da Casa Pedrucci. A Casa, de Gilberto Pedrucci, é uma vinícola familiar que carrega tradição e experiência no trato de uvas nas costas e produz um vinho harmonioso, elegante, sóbrio, que desce aveludado desde os primeiros goles. Um belo acompanhamento. Os Pedrucci tem seu maior volume de produção em espumantes feitos á moda champenoise, distintos, alegres, frescos.
Não poderíamos esquecer do Milantino Ancellota 2005, de uma cepa italiana que se deu muito bem no Vale dos Vinhedos. Um vinho que merece maiores atenções.
Além destes, destaca-se o Tannat 2009 da Vinícola Aliança/Santa Colina. Um elegante Tannat da fronteira que carrega o terroir da região de Livramento á flor da pele. Na boca lembra cassis e , pelo menos me parece, tem potencial de guarda para evoluir na garrafa.
Aguardemos a degustação dos brancos e espumantes.
FlávioMPinto
Estive por dois dias na Feira Promocional de Vinhos no cais do porto em Porto Alegre nos dias 1 e 3 de Junho de 2001. A feira vai até o dia 5, dia do Vinho.
Uma feira interessante que anualmente se apresenta nos galpões do cais do porto. Na sua grande maioria vinícolas da Serra mostram o que tem de melhor, embora muitas, as maiores, não levem seus principais produtos.
Uma funcionária de um dos stands me disse que os melhores vinhos são caros e as vinícolas não se dispõem a colocá-los para degustação. Aí vai o desprezo para com o público que gosta de vinho. Um público exigente e que faz do seu prazer em reverenciar Bacco uma arte. Uma das vinícolas- das maiores do Estado e que tem videiras na Serra e na região da Campanha- só levou seus vinhos mais baratos. Talvez com a esperança de abiscoitar o público da Bolsa família!
No mais, destacamos vinícolas atendidas por seus próprios donos, como a reverenciar quem assim trata seus produtos.
Ainda não fui especificamente degustar os brancos e espumantes, mas os tintos já passei em revista.
Destacamos os produtos da Vinícola Cristófoli, o Sangiovese 2009. Um genérico dos seus primos distantes da Toscana. Um vinho calmo, tranqüilo, mas de personalidade marcante. Daqui a uns dias compará-lo-ei com um irmão seu italiano. Vale também ressaltar o Cabernet Sauvignon.
Outro que deixou marcas foi o Cabernet Sauvignon 2005 da Casa Pedrucci. A Casa, de Gilberto Pedrucci, é uma vinícola familiar que carrega tradição e experiência no trato de uvas nas costas e produz um vinho harmonioso, elegante, sóbrio, que desce aveludado desde os primeiros goles. Um belo acompanhamento. Os Pedrucci tem seu maior volume de produção em espumantes feitos á moda champenoise, distintos, alegres, frescos.
Não poderíamos esquecer do Milantino Ancellota 2005, de uma cepa italiana que se deu muito bem no Vale dos Vinhedos. Um vinho que merece maiores atenções.
Além destes, destaca-se o Tannat 2009 da Vinícola Aliança/Santa Colina. Um elegante Tannat da fronteira que carrega o terroir da região de Livramento á flor da pele. Na boca lembra cassis e , pelo menos me parece, tem potencial de guarda para evoluir na garrafa.
Aguardemos a degustação dos brancos e espumantes.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
O LINGUAJAR DOS VINHOS 1
O LINGUAJAR DOS VINHOS 1
FlávioMPinto
Uma das coisas mais interessantes que temos no mundo das comunicações verbais é a maneira de se pronunciar das diversas “tribos”. É o informatiquês, o economês, os surfistas e por aí vai.
A linguagem de informação dos vinhos não fica atrás.
Quando escrevi-“ Com lágrimas persistentes, o bouquet se apresentou meio agressivo com perfumes fortes indicando um vinho com forte personalidade lembrando baunilha, cerejas e tabaco”. Tudo sobre o Quintas do Seival, poucos devem ter entendido. Não importa.
Quando se vai degustar um vinho que não se conhece, é praxe rodar o líquido fazendo com que caiam do bordo para o fundo da taça gotas em cascata que chamamos de “lágrimas”. Essas lágrimas devem descer modorramente.
Logo após vem o bouquet. O que é isso? Outro costume é cheirar o líquido sentindo seus aromas liberados quando rodamos a taça. Surgem os mais distintos aromas liberados desde o momento do engarrafamento. Eu, por exemplo, não me atrevo a fazer isso com um Château Margaux. É o respeito.
Baunilha, tabaco, couro(?), cerejas, frutas maduras, amoras, flores, chocolate, alcaçuz, anis, especiarias e outros tantos aromas surgem.
Um bom enólogo, e também um sommelier, pode distinguir inúmeros aromas típicos. Não tantos quanto o meu cachorro beagle Calú, mas muitos. Diferentemente daquelas pessoas que diferenciam o vinho de outros líquidos só pela cor.
E vinho tem personalidade? Que coisa! Tem e até caráter. Mas como? Começou a complicar.
Claro que tem. Vinhos marcantes, de aromas, cor e sabores reconhecidos que o definem como tal, isso forma sua personalidade. Claro que existem mais coisas, mas é difícil definirmos neste pequeno espaço com absoluta firmeza.
FlávioMPinto
Uma das coisas mais interessantes que temos no mundo das comunicações verbais é a maneira de se pronunciar das diversas “tribos”. É o informatiquês, o economês, os surfistas e por aí vai.
A linguagem de informação dos vinhos não fica atrás.
Quando escrevi-“ Com lágrimas persistentes, o bouquet se apresentou meio agressivo com perfumes fortes indicando um vinho com forte personalidade lembrando baunilha, cerejas e tabaco”. Tudo sobre o Quintas do Seival, poucos devem ter entendido. Não importa.
Quando se vai degustar um vinho que não se conhece, é praxe rodar o líquido fazendo com que caiam do bordo para o fundo da taça gotas em cascata que chamamos de “lágrimas”. Essas lágrimas devem descer modorramente.
Logo após vem o bouquet. O que é isso? Outro costume é cheirar o líquido sentindo seus aromas liberados quando rodamos a taça. Surgem os mais distintos aromas liberados desde o momento do engarrafamento. Eu, por exemplo, não me atrevo a fazer isso com um Château Margaux. É o respeito.
Baunilha, tabaco, couro(?), cerejas, frutas maduras, amoras, flores, chocolate, alcaçuz, anis, especiarias e outros tantos aromas surgem.
Um bom enólogo, e também um sommelier, pode distinguir inúmeros aromas típicos. Não tantos quanto o meu cachorro beagle Calú, mas muitos. Diferentemente daquelas pessoas que diferenciam o vinho de outros líquidos só pela cor.
E vinho tem personalidade? Que coisa! Tem e até caráter. Mas como? Começou a complicar.
Claro que tem. Vinhos marcantes, de aromas, cor e sabores reconhecidos que o definem como tal, isso forma sua personalidade. Claro que existem mais coisas, mas é difícil definirmos neste pequeno espaço com absoluta firmeza.
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