domingo, 30 de março de 2014

O PRAZER EM BEBER UM VINHO


O PRAZER EM BEBER UM VINHO
FlavioMPinto

MELHOR VINHO

Por mais raro que seja, ou mais antigo,

Só um vinho é deveras excelente

Aquele que tu bebes, docemente

Com teu mais velho e silencioso amigo. (Mario Quintana)

Outro dia conversava com um amigo sobre o prazer em beber um bom vinho.

Vinho é a  bebida mais mítica do Universo. Nada se compara a ele. Uma cor ímpar, seja tinto ou branco mesmo rosé.

O meu amigo a cada gole delirava. Pudera é um poeta. Mas que companhia boa eu estava: uma taça de vinho e um poeta. Um poeta e um vinho. A medida que a degustação avançava, avançávamos pela História. Das hostes gregas e romanas logo chegamos á França dos Rothschild e Avignon de Chãteauneuf-du-pape do Papa Clemente V e os Templários e a Itália da Toscana com seus magníficos Brunellos e Barbarescos. Um passeio monumental pela História antiga e recente na ótica do vinho. Até Shakespeare andou conosco passeando com Olavo Bilac,  Vinícius e Machado de Assis.

Um vinho não mente assim como a história. Mexam com ela e ela retorna trazendo todo seu caldo de verdades .

Abrir uma garrafa retirando-lhe a rolha, que aprisiona muitas vezes dezenas de anos em aromas , retirando do silêncio profundo que se encontrava um líquido que se destina única e exclusivamente ao prazer.

Não, não e não. Um vinho não é bebida para se desfrutar só, mesmo estando-se só. Ele, a taça e seus devaneios. Acompanhamentos que nos levam a voar pela Champagne ao degustar o líquido dourado de D.Pérignon, passear pelo vale do Loire com seus brancos e sonhar em Bordeaux ao som do desarrolhar de um tinto.

Dizem que quem curte vinhos é um chato.

É demais curtir e apreciar a bebida dos deuses!

Dá-me vinho para apagar o incêndio da minha tristeza.
Bebe e esquece que o punho da tristeza breve te derrubará.
Vinho! Vinho em torrentes! Que ele palpite em minha veias.
Que ele borbulhe em minha cabeça!

Omar Khayan- em Rubayat

segunda-feira, 24 de março de 2014

DALCAMPO CHIANTI DOCG 2011


DALCAMPO CHIANTI DOCG 2011

FlávioMPinto



Um Chianti DOCG é vinho que nos dá um prazer enorme. É um clássico italiano da uva Sangiovese. Nos trás toda tipicidade dos vinhos da Toscana com fortes aromas de framboesas e morangos num abre alas de desmontar qualquer  preconceito. Na apresentação já serve seu cartão de visitas em prato de ouro.

De cor escura, bem forte, quase intransponível, nos apresenta lágrimas parcimoniosas revelando sua untuosidade.

Na boca, revela-se macio, sedoso, convidativo. Um vinho elegante com seus 13% de teor alcoólico que passam imperceptíveis. Morangos e framboesas muito salientes nos aromas aqui se mostram integralmente.

Um vinho muito bom, delicioso. Deixa um final elegante e muito marcante.

Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 20 de março de 2014

OPPIDUM MERLOT 2012


OPPIDUM MERLOT 2012

FlávioMPinto




 Vinho comum de origem francesa.

No entanto, é bem frutado, com aromas típicos da cepa, mas nada que indique ser um vinho de qualidade francesa. Mais parece ser um desses nacionais( brasileiro ou mesmo, e principalmente, até argentino) que não deixa mossa na sua passagem. Temos muita coisa melhor no portfólio brasileiro.

É um vinho do sul da França, da IGP Pays D’Oc, mais acostumada a vinificar Mourvédre, Grenache, Syrah e Carignan. O Sud da França não é a melhor praia para a Merlot.

De aromas bem pronunciados com frutas vermelhas, cerejas maduras, não parece um Merlot.

 De taninos bem marcantes, meio duro,  senti a necessidade de deixá-lo amadurecer por mais algum tempo na garrafa. Já aberto, uma breve decantação resolveu o problema. Amaciando-o. De fato um Merlot novo, jovem até, safra 2012, muito agressivo que precisa de aeração. 

Um merlot diferente, muito tânico. Nada suave. Bem distante da imagem suave dos Merlot. Mas gosto não se discute!
Mas beba-o bem refrescado

Esta é a minha opinião.