segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ESPUMANTE GUATAMBU ANGUS EXTRABRUT

ESPUMANTE GUATAMBU ANGUS EXTRABRUT
  FlávioMPinto
A Guatambu foi uma das vinícolas que mais progrediu no mercado brasileiro nos últimos tempos. Tem apresentado produtos de qualidade excepcional. Cresce também para o enoturismo unindo sua vocação de estância com o vinho.
Exibe uma cor esverdeada com reflexos dourados muito distinta.
Uma perlage fina e abundante inunda a taça e aromas cítricos invadem o nariz.
Na boca, é muito seco, por ser exatamente um extrabrut com reduzida carga de açúcar. Cremoso e delicado. Como todo bom Chardonnay 100%,  não poderia deixar de expressar os aromas e sabores de flores brancas e pão tostado.
Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE NOVA ALIANÇA BRUT

ESPUMANTE NOVA ALIANÇA BRUT
FlávioMPinto
Espumante da fronteira oeste-região da Campanha- Sant’Ana do Livramento, foi o grande destaque com a medalha Gran Ouro na última mostra-2015- de espumantes brasileiros. Foi um dos cinco agraciados com a comenda máxima.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, perlage pronunciada com farta espuma. 100 % Chardonnay. É um Charmat.
Na boca surgem sabores de nozes, frutas secas, pão torrado, bem chardonnay.
Tem uma azedinho que o torna diferenciado e muito agradável. Pudera, é um Extra Brut com uma dosagem mínima de açúcar, só para constar.
Um ótimo espumante que revela a capacidade da região no trato das uvas brancas. Aliás, a região da Campanha Gaúcha é bem semelhante á região da Champagne francesa. Não é á toa que os vinhos da campanha estão se destacando.
Esta é a minha opinião.  

ESPUMANTE ALIANÇA MOSCATEL

ESPUMANTE ALIANÇA MOSCATEL
FlávioMPinto
Mais um belo espumante da Nova Aliança, de Livramento. O terroir do Cerro da Cruz nos presenteia com mais esta jóia da fronteira.
Cor rosé clara, perlage abundante e fina, aromas cítricos e de flores.
Na boca revelou-se bem agradável, doce na medida exata sem exageros. Sabores frutados de melões, peras se destacando.
Deixa um final bem longo e um retrogosto frutado.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

OS VINHOS NACIONAIS


OS VINHOS NACIONAIS

FlávioMPinto

Como a pouco tempo havia me rendido aos espumantes nacionais, me rendo agora aos vinhos tranquilos.

Reconhecidamente os vinhos nacionais estão tendo um potente salto de qualidade a despeito do aumento da carga tributária que atrapalha e põe entraves á pesquisa, investimentos  e a produção/distribuição.

Não que queiramos comparar e colocar os vinhos nacionais nos mesmos níveis de alguns famosos estrangeiros, mas já chegamos a um excelente nível. Nível este já alcançado pelos espumantes que fazem sucesso mundo afora.

A cultura do vinho nacional é breve, não mais do que 50 anos de trabalho sério e competente, enquanto a Europa tem mais de 2000 anos. Ainda não temos estórias para contar como em alguns países que o vinho faz história. No entanto, já temos história a registrar a epopéia dos colonos italianos do Vale do Vêneto italiano com seu modo de ser e viver  na Serra gaúcha.

A última fronteira vitivinícola brasileira está sendo desbravada junto das primeiras videiras no sul do país. Outros terroirs estão surgindo no RS e nos apresentando vinhos de personalidade bem distinta.

Justifica-se a infinidade de terroirs, pois é uma porção pequena de terra. O terroir do Romanée Conti na Borgonha, por exemplo,  é nada menos do que 2,6 hectares. Pouco mais de 2 campos de futebol para produzir um ícone.

 Num país de dimensões continentais era de se esperar milhares de pequenas porções de terras próprias para o cultivo de videiras. E é o que está acontecendo. A cada hora nos surpreendemos com um vinho novo de uma área desconhecida, para o bem da comunidade vitivinícola.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

BATALHA MERLOT 2011

BATALHA MERLOT 2011
FlávioMPinto
Mais uma nova vinícola no Pampa gaúcho: a BATALHA, sediada em Candiota, Bagé-RS. As primeiras terras descobertas pelo levantamento da  Universidade da Califórnia-USA, na década de 70 passada, eram em Bagé. No entanto, quando chegou a primeira vinícola para se instalar, a Almadén, os preços das terras foram ás alturas e ela foi para Livramento.
Agora, as vinícolas estão retornando a Bagé, que já contava com a Peruzzo. A Batalha veio a somar esforços na região da Campanha.
Esse Merlot 2011 apresenta uma cor vermelho violácea forte e aromas de violetas. Com lágrimas parcimoniosas.
Na boca se apresenta com sabores de amoras, ameixas pretas e passas de uvas. Um vinho bem diferente dos varietais da região.
O seu teor alcoólico evidenciado nos 13% o deixam como um forte candidato a guarda.
Elegante, não tão sofisticado como parece,  mas é um vinho diferenciado. Taninos macios e fáceis de notar.
Deixa um final com groselhas e  longo.
Este Batalha Merlot 2011 é mais um excelente produto da região da Campanha gaúcha.
Esta é a minha opinião.

sábado, 5 de dezembro de 2015

ESPUMANTE DUNAMIS AR MOSCATEL


ESPUMANTE DUNAMIS AR MOSCATEL

FlávioMPinto

A uva moscatel, nos espumantes brasileiros, foi a que mais elevou o patamar de aceitação do produto mundo afora . E já se espraiou pelas vinícolas gaúchas produzindo espumantes sensacionais.

Seus 7,5 % de teor alcoólico o deixam um espumante interessante, delicioso e nada enjoativo.

Uma cor amarelo esverdeada e uma perlage fina e persistente dão as boas vindas.

Na boca se mostra muito mineral com toques de morangos e melões maduros. Docinho mas não enjoativo.

Elegante, fácil de se degustar, o Dunamis Ar Moscatel é um excelente espumante.

Esta é a minha opinião.

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

GUATAMBU LUAR DO PAMPA GEWURZTRAMINER 2015

GUATAMBU LUAR DO PAMPA GEWURZTRAMINER 2015
FlávioMPinto
A vinícola  de  Dom Pedrito cada vez nos apresenta um produto com mais qualidade.
Um branco muito perfumado. Amarelo ouro, aromas de flores brancas.
Essa uva alsaciana Gewurztraminer é considerada uma uva exótica, mas não desconhecida dos parreirais da fronteira oeste, pois desde 1974 é plantada pela Almadén em Palomas/Livramento, com sucesso.
Na boca é bem mineral. De acidez média ensejando bom acompanhamento a diversos pratos de verão.
Seu teor alcoólico de 12,2% não passa ao produto.
Um vinho agradável, delicado e aromático.
Esta é a minha opinião. 

ROUTHIER & DARRICARRÉRE MARIE GABI ROSÉ

ROUTHIER &DARRICARRÉRE MARIE  GABI ROSÉ
FlávioMPinto
A criação do Vinhedo Routhier & Darricarrère, em Rosário do Sul, Região da  Campanha Gaúcha é a continuidade do trabalho desta família de origem francesa, que se dedica a dez gerações ao cultivo de uvas e a produção de vinhos.
    O projeto desta vinícola foi iniciado em 2002, pelos irmãos Pierre e Jean Daniel Darricarrère - franceses, criados no Uruguay, vieram para o Brasil na década de 70 para estudar.
Juntamente com o projeto de plantação de frutas cítricas, plantaram  6 hectares de videiras de Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
 O canadense Michel Routhier se somou ao projeto citrícola com interesse na qualidade das bergamotas  produzidas em Rosário do Sul, muito valorizadas no Canadá.  Ao perceber o potencial vitivinícola da Campanha Gaúcha, a família Routhier decidiu ir mais longe na sua paixão pelo vinho e acompanhar a família Darricarrère neste projeto também.” Do site da vinícola.
A Routhier &Darricarrére dá um passo á frente na confecção de vinhos finos com esse Marie Gabi, um rosé á base de Cabernet Sauvignon muito distinto e delicado, feito sob medida para pratos leves do verão brasileiro sai da mesmice dos varietais conhecidos. Explora mais um público ávido por novidades.
O Marie Gabi é um vinho rosado muito suave, de cor rosa acobreado, com aromas lembrando flores de jardim.
Na boca, nos apresenta sabores frutados de pêssegos e cítricos de maças, pitangas, amoras e até cassis.
É leve, elegante, delicado, de acidez equilibrada. Bom acompanhamento para pratos leves como saladas.
Um vinho muito distinto.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O PARALELO 31

O PARALELO 31
FlávioMPinto
O Paralelo 31 é uma linha imaginária que corta todos os continentes, tanto a Norte como a Sul do Equador.
Por uma feliz coincidência, todos os melhores vinhedos do mundo estão localizados nestas áreas. França, Alemanha, Estados Unidos ao norte e África do Sul( Stellenbosch), Australia( Nova Gales do Sul), Argentina( Mendonza) e Chile( Santiago) ao sul.
No Brasil engloba a região da Campanha Gaúcha. Terreno plano, terras férteis, clima temperado e adequado para o cultivo de uvas finas trouxe grande investimento da californiana Almadén nos anos de 1970, instalando-se em definitivo em 1974, em Palomas-Santana do Livramento. A primeira colheita foi em 1977.
Um mix de produtos diferenciados da produção nacional chamava a atenção por tratar o vinho da mesma forma como é tratado nos grandes países produtores, a começar pelo rótulo padrão europeu. O sucesso veio logo assumindo a liderança nacional da produção dos vinhos de melhor qualidade. Pode-se afirmar que a Almadén “ ensinou o brasileiro a beber vinhos”, além de trazer para o Brasil o mais moderno sistema de plantio: espaldeiras.
Foi o pontapé inicial no desbravamento desta fronteira vitivinícola. Com suaves colinas e planícies, o Bioma Pampa conta com o clima como seu principal aliado. Um inverno rigoroso e úmido  e um verão quente e seco ideais para a floração e colheita de uvas nobres.
Hoje, a instalação de vinícolas em toda região da Campanha Gaúcha é uma realidade convivendo com o gado de corte e leite, já assumindo lugar de destaque na produção nacional de vinhos finos. Esta vocação já era assinalada por Auguste Saint Hilaire na sua passagem pelo RS em 1870.