OS VINHOS NACIONAIS
FlávioMPinto
Como a pouco tempo havia me rendido aos espumantes nacionais,
me rendo agora aos vinhos tranquilos.
Reconhecidamente os vinhos nacionais estão tendo um potente
salto de qualidade a despeito do aumento da carga tributária que atrapalha e
põe entraves á pesquisa, investimentos e
a produção/distribuição.
Não que queiramos comparar e colocar os vinhos nacionais nos
mesmos níveis de alguns famosos estrangeiros, mas já chegamos a um excelente
nível. Nível este já alcançado pelos espumantes que fazem sucesso mundo afora.
A cultura do vinho nacional é breve, não mais do que 50 anos
de trabalho sério e competente, enquanto a Europa tem mais de 2000 anos. Ainda
não temos estórias para contar como em alguns países que o vinho faz história.
No entanto, já temos história a registrar a epopéia dos colonos italianos do Vale
do Vêneto italiano com seu modo de ser e viver na Serra gaúcha.
A última fronteira vitivinícola brasileira está sendo
desbravada junto das primeiras videiras no sul do país. Outros terroirs estão surgindo no RS e nos
apresentando vinhos de personalidade bem distinta.
Justifica-se a infinidade de terroirs, pois é uma porção pequena de terra. O terroir do Romanée
Conti na Borgonha, por exemplo, é nada
menos do que 2,6 hectares. Pouco mais de 2 campos de futebol para produzir um
ícone.
Num país de dimensões
continentais era de se esperar milhares de pequenas porções de terras próprias
para o cultivo de videiras. E é o que está acontecendo. A cada hora nos
surpreendemos com um vinho novo de uma área desconhecida, para o bem da
comunidade vitivinícola.
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