quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

OS VINHOS NACIONAIS


OS VINHOS NACIONAIS

FlávioMPinto

Como a pouco tempo havia me rendido aos espumantes nacionais, me rendo agora aos vinhos tranquilos.

Reconhecidamente os vinhos nacionais estão tendo um potente salto de qualidade a despeito do aumento da carga tributária que atrapalha e põe entraves á pesquisa, investimentos  e a produção/distribuição.

Não que queiramos comparar e colocar os vinhos nacionais nos mesmos níveis de alguns famosos estrangeiros, mas já chegamos a um excelente nível. Nível este já alcançado pelos espumantes que fazem sucesso mundo afora.

A cultura do vinho nacional é breve, não mais do que 50 anos de trabalho sério e competente, enquanto a Europa tem mais de 2000 anos. Ainda não temos estórias para contar como em alguns países que o vinho faz história. No entanto, já temos história a registrar a epopéia dos colonos italianos do Vale do Vêneto italiano com seu modo de ser e viver  na Serra gaúcha.

A última fronteira vitivinícola brasileira está sendo desbravada junto das primeiras videiras no sul do país. Outros terroirs estão surgindo no RS e nos apresentando vinhos de personalidade bem distinta.

Justifica-se a infinidade de terroirs, pois é uma porção pequena de terra. O terroir do Romanée Conti na Borgonha, por exemplo,  é nada menos do que 2,6 hectares. Pouco mais de 2 campos de futebol para produzir um ícone.

 Num país de dimensões continentais era de se esperar milhares de pequenas porções de terras próprias para o cultivo de videiras. E é o que está acontecendo. A cada hora nos surpreendemos com um vinho novo de uma área desconhecida, para o bem da comunidade vitivinícola.

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