segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CHARLEMAGNE


CHARLEMAGNE

FlávioMPinto

Charlemagne(742-814), ou Carlos Magno, ou simplesmente Carlos I como era conhecido, foi um rei carolíngio que reinou de 768 a 814 na França. É considerado o Pai da Europa por suas conquistas ajudando a definir a Europa Ocidental.

Mas antes de tudo era um glutão. Consta que uma de suas mulheres( teve 5-Himiltude-a partir de 766 e seu casamento nunca foi anulado; Desiderata foi a segunda- 768-771; a terceira foi Hildegarda de Sabóia-771-784; a quarta Fastrada- 784-794 e a quinta Luitgard de 794 a 800), não se sabe qual, não gostava que a barba branca do rei ficasse tingida de tinto após beber vinho. Então convenceu-o a proibir que se plantassem uvas tintas na Borgonha, de onde vinham os seus vinhos. E somente brancas passaram a ser plantadas. O caso é que, passado o tempo, tal plantação foi um sucesso para a região de Beaune, mas de 1830 a 1840 foi atacada pelo Oídio e teve suas videiras largamente prejudicadas. Mal recuperadas, no final do séc 19 e início do séc 20,  foi a Filoxera que atacou a Borgonha dizimando os parreirais.

Louis Latour apartir de 1931 decidiu plantar a variedade Chardonay nas suas terras sendo seguido por todos seus vizinhos de Beaune. Foi um sucesso retumbante que elevou a qualidade aos píncaros da glória, sendo criada a Appellation d’Origen Controllé Charlemagne-AOC Charlemagne, um padrão de vinho branco feito com a Chardonay, confiando á Borgonha os melhores e mais caros vinhos brancos do mundo.

A região da Borgonha produtora de tais relíquias fica entre Aloxe-Corton, Ladoix-Serrigny e Pernand-Vergelesses. É a Côtes D’Or e fica a entre Dijon e Beaune. São solos calcáreos ricos em argila e de altitude média de 280 a 330 metros. São colinas, com destaque para Corton.

Nessa área-Beaune,  existentes 3 AOC- Corton para tintos e brancos, e Corton-Charlemagne e Charlemagne para brancos.

Um capricho da rainha permitiu nascer e florescer o melhor e mais caro vinhedo de uvas brancas do mundo. Não esquecendo que o vinho tinto mais caro também é de lá: Romanée Conti, um tinto de Pinot Noir e que não é Gran Cru!

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