sábado, 31 de maio de 2014

GUATAMBU VINHO DA ESTÂNCIA BRANCO 2013


GUATAMBU VINHO DA ESTÂNCIA BRANCO 2013

FlávioMPinto


Um vinho diferente do que normalmente conhecemos no mercado nacional: um assemblage de uvas  brancas. A Guatambu, de Dom Pedrito-RS, conseguiu fazer um assemblage muito distinto.  Reuniu três cepas -Chardonnay, Gewurztraminer e Sauvignon Blanc e fez um belíssimo vinho.

De cor amarelo palha, mas com reflexos esverdeados, a mistura consegue reunir as melhores qualidades das três uvas: o frescor da Sauvignon Blanc, os aromas de flores da Gewurztraminer e a jovialidade da rainha Chardonnay.

Especialmente aromático e fresco. Também é muito harmonioso, equilibrado, com acidez na medida exata.

Um vinho para quebrar paradigmas e muito preconceito para com os brancos. Sem dúvida nenhuma, as uvas brancas se deram muito bem na região da Campanha, mais especificamente no eixo- Rosário do Sul- Livramento, onde milhares de hectares ainda aguardam plantio e exploração de novas videiras.

É um vinho novo, lançamento recente, ainda pode evoluir muito.

Esta é a minha opinião.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

CASA VENTURINI CABERNET SAUVIGNON RESERVA 2012


CASA VENTURINI CABERNET SAUVIGNON RESERVA 2012

FlávioMPinto





A Casa Venturini tem sua sede em Flores da Cunha-RS, no entanto, seu portfólio de compras em Livramento aumenta com as uvas destinadas ao seu Cabernet Sauvignon Reserva 2012.

 Um belo vinho que vem a confirmar e reafirmar a excelência do terroir santanense. De cor escura, violeta forte, exala aromas frutados de cerejas, amoras frescas e eucaliptos. Um bouquet muito distinto.

As lágrimas pronunciadas indicam um vinho untuoso e de guarda segura por bom tempo.

Mas é na boca que se revela como um todo, confirmando os aromas saídos da garrafa ao destampar-se a rolha. O toque de baunilhas se apresenta fortemente. Elegante, delicado, fresco, muito distinto. Não deixa também de ser austero e sofisticado. Muito frutado e pouco tânico, agrada.

 O teor alcoólico de 13,2 % pouco aparece assim como a passagem por madeira.  

Medianamente encorpado.

Não é um vinho para se deixar para depois.

Esta é a minha opinião.

NOSTROS CARMENÉRE 2012


NOSTROS CARMENÉRE 2012

FlávioMPinto



Um vinho chileno simples e barato, para o dia-a-dia, mas esconde atributos interessantes.

Um Carmenére bem chileno, típico da cepa. É a Pinot Noir sul americana. Cor pouco pronunciada e exala poucos aromas. Pouco frutado, medianamente encorpado, mas possuidor de um caráter diferenciado, permitindo comparação com a uva da Borgonha. Boa acidez, pontual, embora suave no trato. A pouca tanicidade e leveza lhe dá um transito fácil aos recém chegados aos meandros do vinho.

Foi degustado no âmbito da ACL no seu tradicional almoço das sextas feiras. Um vinho fácil de gostar e de beber, claro. Agradou.

Deixou um final curto.  

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Casa Pedrucci

A Casa Pedrucci, de Gilberto Pedrucci, é uma vinícola familiar situada em Garibaldi-RS  na Serra gaúcha e que carrega tradição e experiência no trato de uvas nas costas. Produz um vinho harmonioso, elegante, sóbrio, que desce aveludado desde os primeiros goles.  Um belo acompanhamento. Os Pedrucci tem seu maior volume de produção em espumantes feitos á moda champenoise, distintos, alegres, frescos.

O Cabernet Sauvignon 2005 é um varietal que nos mostra , na taça, uma limpidez significativa  e uma boa transparência, embora na garrafa pareça escuro demais bem de acordo com seu visual violáceo forte já revelando sua personalidade e caráter.
 Lágrimas generosas indicando boa viscosidade e adequada ao seu teor alcoólico de 12%. Sedoso, macio.
Revela aromas  cítricos e de couro.
Na boca sobressaem-se sabores de cerejas e framboesas. Algo de menta, mas muito pouco.
Encorpado na medida exata.
Taninos macios e domados! Um vinho muito bem feito , bem equilibrado e elegante que apresenta um retrogosto agradáve, embora não tão persistente quanto mereça. Um vinho extremamente honesto feito por gente competente.
Deve ser decantado antes de beber.
Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ALMA BASKA 2012


ALMA BASKA 2012

FlávioMPinto




A comunidade basca de Sant’Ana do Livramento nos brinda com um belo vinho. A etnia, vinda da Europa fruto da diáspora basca, radicou-se em Livramento nos dando famílias importantes no crescimento e desenvolvimento da cidade.  Asconavietas, Yrigoyens, Escosteguys, Damboriarenas, Etchechurys, Etchepares, e outras tantas famílias bascas que deixam seu nome demarcando a história santanense com seu trabalho e camaradagem.

E agora, no vinho, deixa sua marca com a família Escosteguy nos brindando com o Alma Baska, um assemblage tinto de Tannat e Arinarnoa engarrafado pela Vinícola Rio Velho de Rosário do Sul. E  já nos trás a novidade: a Arinarnoa, um cruzamento de Merlot e Petit Verdot, criado em Bordeaux a pouco mais de  50 anos. Uma uva com taninos potentes.

 A combinação da Arinarnoa, que já faz  sucesso na região da Campanha, por sua adaptabilidade e rendimento, com a Tannat, dá um belo assemblage, combinando as duas uvas potentes. Os taninos não são potencializados no blend e sim se arredondam incrivelmente nos dando um vinho untuoso, suave e fácil de beber. Como se vê nas suas insistentes lágrimas. Mesmo com os 13% de álcool.

De cor violácea clara, apresenta um bouquet suave de frutas como morangos e também de framboesas. É cálido e enche a boca.

Não é um vinho complexo, mas diferenciado no seu caráter. Não possui aromas nem sabores de vinhos mais sofisticados, afinal é um vinho de certa forma comum. Mas nos parece ser um produto altamente gastronômico, ideal parceiro de carnes vermelhas e mesmo massas com molhos consistentes. Não passa por madeira ou qualquer tipo de correção. É um vinho na sua essência. Purista.

E nos dá um final curto, mas marcante.

Na fronteira gaúcha, fruto do boom da uva vinífera, já começam a surgir pequenas vinícolas e plantadores em pequenas quantidades e que resultam em pequenas produções de vinhos diferenciados tal qual nos países maiores produtores. São os vinhos produzidos por aficionados e não por absoluta imposição do comércio.

O Alma Baska e a Rio Velho nos trazem isso: a paixão pelo vinho e o compartilhamento com os amigos e mais chegados e vem a justificar o terroir santanense como de excelência.

Beba-o refrescado.
O Alma Baska não é encontrado no comércio. Infelizmente. Mas indica o caminho da vitivinicultura da fronteira.
Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

CHIANTI CONFINI DOCG 2010


CHIANTI CONFINI DOCG 2010

FlávioMPinto



O Chianti é uma instituição na Itália, ainda mais um DOCG, a mais alta classificação de vinhos italianos. É a Toscana muito bem representada.

De cor bem escura, púrpura forte, com reflexos violáceos, exala aromas frutados ao abrir a garrafa. Morangos, outras frutas vermelhas, como ameixas dão o ar de sua graça.

Na boca, um sabor bem cálido de especiarias, morangos e amoras bem maduras. Bem fresco, o Chianti Confini parece feito em camadas que vão se sucedendo a cada gole. Um vinho muito delicioso. Desce redondo e elegantemente. Afinal é um DOCG da Toscana e de uma vinícola respeitada na Itália.

O teor alcoólico-13%- passa despercebido no frutado. Sem qualquer resquício de amargor.

Deixa um final muito delicioso e duradouro.
Esta é a minha opinião.