O ESPUMANTCHE
FlávioMPinto
Um dos aspectos mais buscados na cultura do vinho é a tipicidade. Uma qualidade do produto que o distingue de qualquer outro e até dentre os vinhos. Quem não conhece os vinhos do Porto ou da Madeira, um Champagne, um Cognac, um Amarone, um Brunello di Montalcino, um Sparkling wine, uma Cava, um Tokaji, um Bordeaux, um Sauternes, e por aí vão inúmeros vinhos bem distintos e famosos. São inigualáveis.
Vinho tem nome e sobrenome, por supuesto, e tem também caráter e personalidade. Em cada local que é produzido carrega tudo que a natureza tem no seu entorno. Impossível não lembrar da bendita Podridão nobre ao degustar um Sauternes ou um Tokaji.
Ainda, no Brasil, temos poucas estórias que nos fazem ligar os nossos vinhos com a nossa história e até mesmo casos pitorescos que passaram a ser história, como a introdução das uvas brancas na Borgonha. Se bem que a história de muitas vinícolas gaúchas nos mostra , marcantemente, a influência italiana no RS e sua colonização em todos os aspectos.
Que o passado e presente nos apresente um futuro promissor , particularmente na busca de uma maior identificação dos nossos produtos. A tipicidade é o que se deseja.
E o primeiro objetivo é a busca da identificação do produto gaúcho que está se destacando mundo afora: o espumante. Em cada lugar do mundo ele leva o nome regional e assim passa a ser conhecido. É a Cava na Espanha, Asti na Itália, Crémant na França para os espumantes não produzidos na Champagne, Sparkling Wine nos EUA.
No Brasil, o maior produtor é o Rio Grande do Sul e que tal chamar o espumante de ESPUMANTCHE! Sem dúvida nenhuma carregaria toda a história do Rio Grande com ele.
É sabido que outras regiões do Brasil, como Santa Catarina e Pernambuco também produzem espumantes. Mas que escolham outro nome a semelhança do Crémant francês.
Espumantche seria a marca que selaria em definitivo o produto na história vitivinícola gaúcha.
Seria a tipicidade adequada a um produto legitimamente gaúcho.
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