AMOR CHAMPENOISE
FLAVIO MPINTO
Eu quero um amor
Que seja envelhecido
Vinificado
Engarrafado com todo carinho
Que seja bem encorpado
Frutado e límpido
Fresco com notas vermelhas
De amoras e cerejas
Um amor de guarda
Curtido
De presença marcante como um Cabernet Sauvignon
E desça suave e aveludado como Merlot.
Com bom corpo
Persistente e cremoso
E vigoroso no retrogosto
E faço gosto
Que a maceração das uvas
Seja de força delicada
Um assemblage de respeito
Que de jeito
Nesta minha vida aragana
Mas que seja explosivo
E efervescente
Como sangue caliente de dançarina espanhola
Uma doce e cálida mistura
De uvas de boa cepa
De um terroir vigoroso
Que gere frutos marcantes.
Eu quero um amor tranqüilo
Como o descanso da Pinot Noir na adega
E que não nega sua origem
No assemblage
E ao descer á garganta.
Eu quero um amor
Tal qual um rosé engarrafado jovem
E que vá resultar num peculiar espumante
E num instante
Transformará a vida de um casal
Em borbulhas deliciosas
Aptas a qualquer situação.
Um vinho não mente,
Não esqueça,
Ao revelar sua origem.
Assim como o porquê de um amor prá valer.
domingo, 29 de maio de 2011
AMOR MERLOT
AMOR MERLOT
FLAVIO MPINTO
È um sentimento
Que vem das profundezas
Como um eco numa caverna
De amadurecimento precoce
Mas cresce com o tempo
Envolvente e macio
Como um baixo soando na escuridão.
É Mark Knopfler
em Brothers in arms
Com sua guitarra e voz suave e noturna
É amor confortável
Aveludado
Que aquece
E apetece.
FLAVIO MPINTO
È um sentimento
Que vem das profundezas
Como um eco numa caverna
De amadurecimento precoce
Mas cresce com o tempo
Envolvente e macio
Como um baixo soando na escuridão.
É Mark Knopfler
em Brothers in arms
Com sua guitarra e voz suave e noturna
É amor confortável
Aveludado
Que aquece
E apetece.
MIOLO QUINTAS DO SEIVAL CASTAS PORTUGUESAS 2005
MIOLO QUINTAS DO SEIVAL CASTAS PORTUGUESAS 2005
FlávioMPinto
Feito na Campanha gaúcha pela Miolo, vinhedos em Candiota-RS, o Quintas do Seival Castas Portuguesas é produto da assemblage de três cepas típicas portuguesas: Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz, a Tempranillo portuguesa. Um terço de cada.
Foi no início do inverno em Porto Alegre, que decidi degustar o Quintas do Seival 2005. Estava guardado, ali na adega, aguardando um oportunidade. Não o degustei na alimentação. Ele me acompanhou a tarde toda ouvindo rádio, vendo TV e Internet.
Com lágrimas persistentes, o bouquet se apresentou meio agressivo com perfumes fortes indicando um vinho com forte personalidade lembrando baunilha, cerejas e tabaco.
Sua cor não é de um rubi brilhante, pelo menos desta safra.
Na boca, inicialmente é agressivo, terroso e ácido, com forte presença de madeira, mas após uma “respiração” , fica menos agressivo. Nessa “respiração” de aproximadamente 2 horas, seu sabor se altera substancialmente ficando mais suave, não deixando de lembrar sua passagem por barricas de carvalho
Apresenta sabores de baunilha e frutas maduras, ameixas secas.
E é persistente no seu final, mas acaba como um vinho tranqüilo. Agradável. Mas não exuberante. Então, se desejar degustar um vinho agressivo, beba-o logo após sacar a rolha. Caso contrário, abra e espere aproximadamente duas horas e boa sorte.
Um bom vinho a ser degustado com um bom livro num dia chuvoso. Uma excelente companhia.sexta-feira, 27 de maio de 2011
MEU DEUS, QUE VINHO COMPRO?
MEU DEUS, QUE VINHO COMPRO?
FlávioMPinto
Esta é uma pergunta crucial áqueles que, de bom grado, desejam beber um vinho, mas não sabem o que comprar. Como me disse um amigo que diz que possui a “ única preocupação com a dor de cabeça do dia seguinte”.
Em primeiro lugar, quero dizer que não existe vinho bom nem ruim. Cada pessoa tem um gosto e estamos conversados. Eu sou fã de um Brunello di Montalcino, mas outra pessoa pode ser fã ardorosa de um Chapinha. E pronto!
Ah, tem os vinhos caros, os baratos e por aí vai.
Veja então sua disponibilidade de dinheiro e compre aquele que mais lhe agradar. Garrafa mais bonita, rótulo mais apresentável. A partir daí começamos até degustar. É o primeiro passo.
Ah, os acompanhamentos podem definir ou não o vinho certo. Chama-se isso de harmonização. É carne vermelha com tinto em geral, peixes com brancos e por aí vai. Existem particularidades e harmonizações bem particulares, mas isso é outro papo.
A harmonização foi correta? Gostou do que bebeu? Deu dor de cabeça? Se o bebeu e gostou, sentindo-se bem, então já tens uma boa indicação para uma próxima compra.
Se não se sentiu bem, esse vinho não te serve. Foi-se o segundo passo. Considerar a situação de degustação do vinho: refrescado na medida exata determinada no contra-rótulo da garrafa.
Apenas esses dois passos para escolha correta do vinho, mas ATENÇÃO, isso é no geral, pois cada passo é composto por mil e um detalhes que só a prática levará a identificar.
Com ela( a prática), depois é só escolher o tipo de vinho para o tipo de comida, temperatura adequada do serviço, lembrando que, basicamente, cada tipo desses uma infinidade de uvas, cada uma com sabor distinto da outra.
Para conhecimento, temos as seguintes classificações: os vinhos de mesa(finos, espumantes,comuns e os frisantes), de graduação alcoólica( de mesa, leves, fortificados e os licorosos), quanto a cor( tinto, branco e os rosées) e ainda quanto ao teor de açúcar( secos, meio secos e suaves).
Difícil? A coisa complicou muito, não? Mas tem solução: ou você procura, onde for se alimentar ou/e confraternizar, um sommelier ou vai dando cabeçadas até acertar. Sommelier é o maitre dos vinhos.
A escolha é sua!
Boa sorte.
FlávioMPinto
Esta é uma pergunta crucial áqueles que, de bom grado, desejam beber um vinho, mas não sabem o que comprar. Como me disse um amigo que diz que possui a “ única preocupação com a dor de cabeça do dia seguinte”.
Em primeiro lugar, quero dizer que não existe vinho bom nem ruim. Cada pessoa tem um gosto e estamos conversados. Eu sou fã de um Brunello di Montalcino, mas outra pessoa pode ser fã ardorosa de um Chapinha. E pronto!
Ah, tem os vinhos caros, os baratos e por aí vai.
Veja então sua disponibilidade de dinheiro e compre aquele que mais lhe agradar. Garrafa mais bonita, rótulo mais apresentável. A partir daí começamos até degustar. É o primeiro passo.
Ah, os acompanhamentos podem definir ou não o vinho certo. Chama-se isso de harmonização. É carne vermelha com tinto em geral, peixes com brancos e por aí vai. Existem particularidades e harmonizações bem particulares, mas isso é outro papo.
A harmonização foi correta? Gostou do que bebeu? Deu dor de cabeça? Se o bebeu e gostou, sentindo-se bem, então já tens uma boa indicação para uma próxima compra.
Se não se sentiu bem, esse vinho não te serve. Foi-se o segundo passo. Considerar a situação de degustação do vinho: refrescado na medida exata determinada no contra-rótulo da garrafa.
Apenas esses dois passos para escolha correta do vinho, mas ATENÇÃO, isso é no geral, pois cada passo é composto por mil e um detalhes que só a prática levará a identificar.
Com ela( a prática), depois é só escolher o tipo de vinho para o tipo de comida, temperatura adequada do serviço, lembrando que, basicamente, cada tipo desses uma infinidade de uvas, cada uma com sabor distinto da outra.
Para conhecimento, temos as seguintes classificações: os vinhos de mesa(finos, espumantes,comuns e os frisantes), de graduação alcoólica( de mesa, leves, fortificados e os licorosos), quanto a cor( tinto, branco e os rosées) e ainda quanto ao teor de açúcar( secos, meio secos e suaves).
Difícil? A coisa complicou muito, não? Mas tem solução: ou você procura, onde for se alimentar ou/e confraternizar, um sommelier ou vai dando cabeçadas até acertar. Sommelier é o maitre dos vinhos.
A escolha é sua!
Boa sorte.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
VINHOS DA REGIÃO DA CAMPANHA
VINHOS DA REGIÃO DA CAMPANHA
FlavioMPinto
Já havia escrito algo sobre os vinhos da Campanha a uns anos atrás( veja em www.fronteiradapaz.com.br , procure em Colunistas meu nome e ache os textos).
A região da Campanha gaúcha muito se assemelha geologicamente a região da Champagne francesa e portanto, e é óbvio, muitos pontos em comum possuem. Um deles é a possibilidade de desenvolvimento da vitinicultura. E aí, pasmem, os destaques da região brasileira são os brancos. Vejam que coincidência feliz!
A Campanha se confunde com o Pampa gaúcho, que inflete para o Uruguai e Argentina. É uma região de longas pastagens, áreas planas, pouca elevação, clima frio e úmido no inverno e quente e seco no verão, onde a pecuária predominava até chegarem as videiras.
Hoje podemos divisar parreiras por todo o lado e em cada plantação surge uma espaldeira e uma vinícola nos surpreendendo com um vinho maravilhoso.
Foi criada até uma associação para congregar as vinícolas- são em torno de 10. Semana passada-17 de maio- fui a um encontro promovido pela associação na Churrascaria Na Brasa em Porto Alegre. Degustação e jantar harmonizado.
Degustação um tanto tímida, pois algumas vinícolas não levaram seus melhores vinhos, mas deu para sentir o que possuem, vendo-se nitidamente os progressos nas vinícolas antigas e assimilação pelas novas.
Interessante reunião de enólogos, enófilos e simpatizantes do vinho e da Campanha gaúcha.
Deu para saber que até em Itaqui dispõe de uma ótima vinícola-a Campos de Cima e dela destacamos o Ruby Cabernet. Um híbrido de Carignan com Cabernet Sauvignon, que chamei de Carignan gaudéria. Essa Carignan é uma cepa francesa do Languedoc e parece que se deu muito bem lá nos campos de Itaqui. O vinho produzido é bom, agradável, mas noutra oportunidade colocarei minhas melhores impressões. Tenho de encontrá-lo em Porto Alegre para degustá-lo melhor.
Outras atrações como os da Cordilheira de Santana, Guatambu de D.Pedrito , os Bueno, do Galvão, lá de Candiota, e a Santa Colina/Aliança de Livramento, para mim destaques que merecem apreciações mais tarde.
Aguardemos, portanto.
FlavioMPinto
Já havia escrito algo sobre os vinhos da Campanha a uns anos atrás( veja em www.fronteiradapaz.com.br , procure em Colunistas meu nome e ache os textos).
A região da Campanha gaúcha muito se assemelha geologicamente a região da Champagne francesa e portanto, e é óbvio, muitos pontos em comum possuem. Um deles é a possibilidade de desenvolvimento da vitinicultura. E aí, pasmem, os destaques da região brasileira são os brancos. Vejam que coincidência feliz!
A Campanha se confunde com o Pampa gaúcho, que inflete para o Uruguai e Argentina. É uma região de longas pastagens, áreas planas, pouca elevação, clima frio e úmido no inverno e quente e seco no verão, onde a pecuária predominava até chegarem as videiras.
Hoje podemos divisar parreiras por todo o lado e em cada plantação surge uma espaldeira e uma vinícola nos surpreendendo com um vinho maravilhoso.
Foi criada até uma associação para congregar as vinícolas- são em torno de 10. Semana passada-17 de maio- fui a um encontro promovido pela associação na Churrascaria Na Brasa em Porto Alegre. Degustação e jantar harmonizado.
Degustação um tanto tímida, pois algumas vinícolas não levaram seus melhores vinhos, mas deu para sentir o que possuem, vendo-se nitidamente os progressos nas vinícolas antigas e assimilação pelas novas.
Interessante reunião de enólogos, enófilos e simpatizantes do vinho e da Campanha gaúcha.
Deu para saber que até em Itaqui dispõe de uma ótima vinícola-a Campos de Cima e dela destacamos o Ruby Cabernet. Um híbrido de Carignan com Cabernet Sauvignon, que chamei de Carignan gaudéria. Essa Carignan é uma cepa francesa do Languedoc e parece que se deu muito bem lá nos campos de Itaqui. O vinho produzido é bom, agradável, mas noutra oportunidade colocarei minhas melhores impressões. Tenho de encontrá-lo em Porto Alegre para degustá-lo melhor.
Outras atrações como os da Cordilheira de Santana, Guatambu de D.Pedrito , os Bueno, do Galvão, lá de Candiota, e a Santa Colina/Aliança de Livramento, para mim destaques que merecem apreciações mais tarde.
Aguardemos, portanto.
terça-feira, 24 de maio de 2011
O VINHO E OS CINCO SENTIDOS
O VINHO E OS CINCO SENTIDOS
FlavioMPinto
“Le vin, il nãil, puis vil,
Mais point ne meurl
En l’homme il survit.
Baron Philippe de Rothschild-1902-1988
O vinho é uma das mais antigas e místicas bebidas da Humanidade.
Consumido com prazer e honra, ora de Dionísio ou Baco, constitue-se um belo exercício para os cinco sentidos e é um ritual bebê-lo, ou melhor, degustá-lo. Mas também, e melhor dizendo, desfrutá-lo.
Podemos afirmar que o vinho não é uma bebida comum, considerando sua história.
Tradição e sofisticação são traços marcantes e inseparáveis da cultura vitivinícola.
Ele aguça os cinco sentidos do homem. E mais um acrescento: a sensibilidade.
VISÃO
É o primeiro dos sentidos a tomar contato com o vinho. Já desde a compra, onde inspecionamos o rótulo, que deve trazer boas informações sobre nome da vinícola e localização do vinhedo, tipos de uvas constantes, safra, ano, teor alcoólico.
Observando a melhor cor rubi dos tintos, a branco palha dos brancos, o rosado dos rosées, o amarelado efervescente dos champanhes e espumantes, todos límpidos, nos dão uma idéia do que nos espera. Tudo dentro de uma cristalina taça para melhor visualizar o conteúdo.
O visual tem de ser de um produto límpido, bonito. Girando o líquido no copo, que deve ser preenchido até seu terço, no máximo, visualizar como este desliza na taça, deixando o que se chama de “lágrimas” na parte interna, que devem escorrer modorramente.
OLFATO
O ato de desarrolhar a garrafa e derramar o vinho na taça já começa a liberar os aromas que fazem sua personalidade. É o bouquet. Aroma inicial do líquido precioso. Um expert identifica inúmeros aromas que diferem de um vinho do outro assim como sua constituição, tipos de uvas. O nariz constitue-se um importante instrumento para fazermos sua primeira identificação, portanto. Frutas silvestres, vermelhas, maduras, secas, couro, madeira, flores e defumados são alguns dos aromas que se apresentam.
TATO
O vinho tem de ser bebido na temperatura ideal. É um erro dizer que essa temperatura deve ser a ambiente, a não ser os fortificados. Deve-se dizer quantos graus. Certa feita, Porto Alegre-dezembro a 35 ºC, foi-me servido um tinto quente sob alegação que assim deveria ser servido. Aleguei ao garçom que “temperatura ambiente era na Europa”, não aqui. Todos devem ser refrescados, uns mais outros menos. Os brancos e frisantes (champanhes e espumantes aí) mais e os tintos menos. Tudo já deve ser sentido na taça. Nada que um bom balde de gelo não resolva sem tirar do liquido suas principais qualidades. Não o tome muito frio nem muito quente.
PALADAR
Depois do olfato, é o sentido mais importante na degustação. É quando o vinho vai á boca para ser degustado. Ponto. Daí surgem os dados gustativos para o paladar: menta, chocolate, novamente flores e frutas de todos os tipos, resultando nos tipos de vinhos frutados, doces, madeirados. É a verdadeira personalidade do vinho
AUDIÇÃO
É o tilintar das taças nos champanhes, espumantes, particularmente, em qualquer comemoração que se preze. Sublime ato de iniciar-se um prazer inesquecível com uma bebida que é sinônimo de celebração.
SENSIBILIDADE
É a primeira sensação que temos junto com a visão sobre o rótulo e a garrafa. É uma primeira e definitiva avaliação antes da compra, pois a partir daí, já em nossa posse, é beber e beber.
“Ouço dizer que os amantes do vinho vão para o inferno. Se os que amam essa bebida vão para o inferno, o paraíso deve estar vazio.” Omar Khayyan
FlavioMPinto
“Le vin, il nãil, puis vil,
Mais point ne meurl
En l’homme il survit.
Baron Philippe de Rothschild-1902-1988
O vinho é uma das mais antigas e místicas bebidas da Humanidade.
Consumido com prazer e honra, ora de Dionísio ou Baco, constitue-se um belo exercício para os cinco sentidos e é um ritual bebê-lo, ou melhor, degustá-lo. Mas também, e melhor dizendo, desfrutá-lo.
Podemos afirmar que o vinho não é uma bebida comum, considerando sua história.
Tradição e sofisticação são traços marcantes e inseparáveis da cultura vitivinícola.
Ele aguça os cinco sentidos do homem. E mais um acrescento: a sensibilidade.
VISÃO
É o primeiro dos sentidos a tomar contato com o vinho. Já desde a compra, onde inspecionamos o rótulo, que deve trazer boas informações sobre nome da vinícola e localização do vinhedo, tipos de uvas constantes, safra, ano, teor alcoólico.
Observando a melhor cor rubi dos tintos, a branco palha dos brancos, o rosado dos rosées, o amarelado efervescente dos champanhes e espumantes, todos límpidos, nos dão uma idéia do que nos espera. Tudo dentro de uma cristalina taça para melhor visualizar o conteúdo.
O visual tem de ser de um produto límpido, bonito. Girando o líquido no copo, que deve ser preenchido até seu terço, no máximo, visualizar como este desliza na taça, deixando o que se chama de “lágrimas” na parte interna, que devem escorrer modorramente.
OLFATO
O ato de desarrolhar a garrafa e derramar o vinho na taça já começa a liberar os aromas que fazem sua personalidade. É o bouquet. Aroma inicial do líquido precioso. Um expert identifica inúmeros aromas que diferem de um vinho do outro assim como sua constituição, tipos de uvas. O nariz constitue-se um importante instrumento para fazermos sua primeira identificação, portanto. Frutas silvestres, vermelhas, maduras, secas, couro, madeira, flores e defumados são alguns dos aromas que se apresentam.
TATO
O vinho tem de ser bebido na temperatura ideal. É um erro dizer que essa temperatura deve ser a ambiente, a não ser os fortificados. Deve-se dizer quantos graus. Certa feita, Porto Alegre-dezembro a 35 ºC, foi-me servido um tinto quente sob alegação que assim deveria ser servido. Aleguei ao garçom que “temperatura ambiente era na Europa”, não aqui. Todos devem ser refrescados, uns mais outros menos. Os brancos e frisantes (champanhes e espumantes aí) mais e os tintos menos. Tudo já deve ser sentido na taça. Nada que um bom balde de gelo não resolva sem tirar do liquido suas principais qualidades. Não o tome muito frio nem muito quente.
PALADAR
Depois do olfato, é o sentido mais importante na degustação. É quando o vinho vai á boca para ser degustado. Ponto. Daí surgem os dados gustativos para o paladar: menta, chocolate, novamente flores e frutas de todos os tipos, resultando nos tipos de vinhos frutados, doces, madeirados. É a verdadeira personalidade do vinho
AUDIÇÃO
É o tilintar das taças nos champanhes, espumantes, particularmente, em qualquer comemoração que se preze. Sublime ato de iniciar-se um prazer inesquecível com uma bebida que é sinônimo de celebração.
SENSIBILIDADE
É a primeira sensação que temos junto com a visão sobre o rótulo e a garrafa. É uma primeira e definitiva avaliação antes da compra, pois a partir daí, já em nossa posse, é beber e beber.
“Ouço dizer que os amantes do vinho vão para o inferno. Se os que amam essa bebida vão para o inferno, o paraíso deve estar vazio.” Omar Khayyan
TERROIR
TERROIR
FlavioMPinto
"Terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê."
Guide Larousse - France
Os franceses usam o terroir para bem definir o que produzem com absoluta exclusividade. Vinhos , queijos, perfumes, embutidos, produtos que demarcam nichos em mercados exigentes.
São pequenas áreas onde o clima e solo estão intimamente ligados e produzem iguarias inimitáveis.
Normalmente os terroirs vignerons franceses não ultrapassam 30 hectares. Alguns chegam a menos de 5, até 3. Pequeninas áreas. Exclusivas. Únicas.
No Brasil, incipiente em vitivinicultura, ainda se confunde terroir com extensas áreas de cobertura vegetal semelhante e já existe vinícola dando nome de terroir a seu produto, mas não define qual terroir, desinformando o consumidor.
Mais do que aquele nicho geológico, o terroir emblema um padrão a ser seguido. Um padrão em respeito a quem paga pelo produto e o consome, admirando-o.
É um grande engano dizer “terroir da campanha” referindo-se á região da campanha gaúcha que vai de Caçapava a Uruguaiana. Basta vermos nas previsões atmosféricas as diferenças de temperaturas dessas regiões para constatar que o adjetivo não se aplica.
Um terroir nos remete a uvas reconhecidas por seu passado. Não cabe tratar uma Cabernet Sauvignon ou uma Merlot com desprezo resultando em produção de vinhos baratos e pobres. Sabe-se que pode-se plantar uvas em qualquer lugar que viscejem as bagas, mas só um local abençoado permite que vinhas sensacionais cresçam e produzam.
Esse é o terroir. Formação geológica que recebe as mudas e as transforma em produtos desejados e amados: o vinho de qualidade.
Negar a uma cepa de qualidade seu lugar de destaque e relegar a seu vinho o que merece é jogar dinheiro fora. E respeito.
Recordemos que vinhos ruins não vêm de uma área reconhecida como terroir e sim de um terror. Terror para o fígado, estômago e cabeça e até para o bolso ao se comprar gato por lebre.
FlavioMPinto
"Terroir é uma palavra francesa sem tradução em nenhum outro idioma. Significa a relação mais íntima entre o solo e o micro-clima particular, que concebe o nascimento de um tipo de uva, que expressa livremente sua qualidade, tipicidade e identidade em um grande vinho, sem que ninguém consiga explicar o porquê."
Guide Larousse - France
Os franceses usam o terroir para bem definir o que produzem com absoluta exclusividade. Vinhos , queijos, perfumes, embutidos, produtos que demarcam nichos em mercados exigentes.
São pequenas áreas onde o clima e solo estão intimamente ligados e produzem iguarias inimitáveis.
Normalmente os terroirs vignerons franceses não ultrapassam 30 hectares. Alguns chegam a menos de 5, até 3. Pequeninas áreas. Exclusivas. Únicas.
No Brasil, incipiente em vitivinicultura, ainda se confunde terroir com extensas áreas de cobertura vegetal semelhante e já existe vinícola dando nome de terroir a seu produto, mas não define qual terroir, desinformando o consumidor.
Mais do que aquele nicho geológico, o terroir emblema um padrão a ser seguido. Um padrão em respeito a quem paga pelo produto e o consome, admirando-o.
É um grande engano dizer “terroir da campanha” referindo-se á região da campanha gaúcha que vai de Caçapava a Uruguaiana. Basta vermos nas previsões atmosféricas as diferenças de temperaturas dessas regiões para constatar que o adjetivo não se aplica.
Um terroir nos remete a uvas reconhecidas por seu passado. Não cabe tratar uma Cabernet Sauvignon ou uma Merlot com desprezo resultando em produção de vinhos baratos e pobres. Sabe-se que pode-se plantar uvas em qualquer lugar que viscejem as bagas, mas só um local abençoado permite que vinhas sensacionais cresçam e produzam.
Esse é o terroir. Formação geológica que recebe as mudas e as transforma em produtos desejados e amados: o vinho de qualidade.
Negar a uma cepa de qualidade seu lugar de destaque e relegar a seu vinho o que merece é jogar dinheiro fora. E respeito.
Recordemos que vinhos ruins não vêm de uma área reconhecida como terroir e sim de um terror. Terror para o fígado, estômago e cabeça e até para o bolso ao se comprar gato por lebre.
RAR Cabernet Sauvignon 2005
RAR Cabernet Sauvignon 2005
Aí um vinho quem me chamou a atenção. Oriundo da combinação de um empresário peso-pesado, ícone da indústria metal mecânica riograndense-Randon, com a Miolo- surge dos 1000 metros de altitude de Muitos Capões, lá de perto de Vacaria, vinho muito distinto. Metade Cabernet Sauvignon, metade Merlot, o RAR vem de uma safra reconhecida pela qualidade presenteada pela meteorologia no RS-a 2005.
Bouquet com traços marcantes de cereja já se destaca no olfato, de longe. Um perfume delicado e frutado já prenuncia o que virá. De coloração púrpura brilhante, límpido.
Na boca, continua frutado com traços de framboesa e baunilha e se apresenta fortemente a passagem por barris de carvalho dando-lhe uma personalidade ímpar. Também se mostra na assemblage a uva merlot arredondando o vinho.
Retrogosto persistente com notas de tostados. É um vinho elegante e complexo.
Deve ser bebido refrescado para maximizar suas características.
Aí um vinho quem me chamou a atenção. Oriundo da combinação de um empresário peso-pesado, ícone da indústria metal mecânica riograndense-Randon, com a Miolo- surge dos 1000 metros de altitude de Muitos Capões, lá de perto de Vacaria, vinho muito distinto. Metade Cabernet Sauvignon, metade Merlot, o RAR vem de uma safra reconhecida pela qualidade presenteada pela meteorologia no RS-a 2005.
Bouquet com traços marcantes de cereja já se destaca no olfato, de longe. Um perfume delicado e frutado já prenuncia o que virá. De coloração púrpura brilhante, límpido.
Na boca, continua frutado com traços de framboesa e baunilha e se apresenta fortemente a passagem por barris de carvalho dando-lhe uma personalidade ímpar. Também se mostra na assemblage a uva merlot arredondando o vinho.
Retrogosto persistente com notas de tostados. É um vinho elegante e complexo.
Deve ser bebido refrescado para maximizar suas características.
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