ASSEMBLAGE , CUVÉE OU VARIETAL?
FlávioMPinto
Três termos estranhos a quem não
está acostumado ao mundo do vinho. Apenas alguns conhecem dos rótulos das
garrafas, mas poucos entendem.
Três termos do trabalho diário de quem lida com
vinho nos países mais produtores. De uma forma, existem dois tipos de vinho: os
varietais e os misturados.
Os varietais são de um único tipo
de uva. São os clássicos do Novo Mundo. Exemplo: Cabernet Sauvignon, Merlot,
Tannat, Syrah, Malbec e tantos outros.
Nos misturados , são conhecidos
como assemblages ou cuvées. Os assemblages
usam uvas distintas, como exemplo o clássico vinho de Bordeaux que mistura
Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot. Já os cuvées, podem ser de mesma uva, mas de safras distintas.
Esses procedimentos diferenciam o
tratamento das cepas nos diversos continentes. Na Europa, mais antigo produtor,
as assemblages predominam, sendo raros os varietais. Naquelas, o tino do
produtor de vinho aflora, onde, na mistura, procura dar um toque mais
particular e especifico no produto, corrigindo alguma defecção e agregando outras,
interferindo em qualquer fase da produção. Além do exemplo de Bordeaux, temos
os fortificados portugueses, sendo em que em alguns, tem-se mais de quarenta
tipos de uvas mescladas.
É um perfeito exercício de
paciência a espera do momento certo para intervir e buscar-se o produto
desejado. É a verdadeira ciência do vinho na sua máxima extensão.
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