A UVA ÍCONE DO PAMPA GAÚCHO
FlávioMPinto
O Pampa gaúcho ainda é novo em
termos de apresentar novos terroirs para
a indústria do vinho brasileiro.
E a cada dia que passa surge uma
nova fronteira vitivinicola, um novo terroir a ser explorado. São áreas que nem imaginava-se capazes de produzir
uvas de qualidade, vinhos então...
Não possuímos uvas autóctones, no
entanto, algumas internacionais se adaptaram de forma admirável no terroir
gaúcho e em particular na fronteira oeste do Estado. Daí vamos falar da Merlot,
não esquecendo também da Tannat, de retumbante êxito no vizinho Uruguai, e da
Chardonay neste lado da fronteira. .
Não há lugar no mundo
vitivinicola que uma cepa não se saliente e seja alçada no altar mor da região
como seu ícone. É a Cabernet Sauvignon na margem esquerda do Gironde e a Merlot
na direita, a Carmenére no Chile, a Malbec na Argentina, a Pinotage na Africa
do Sul, a Pinot Noir e a Chardonay na Borgonha, a Touriga nacional em Portugal,
a Tempranillo na Espanha e por aí vamos.
Aqui na campanha ainda uma cepa
não adquiriu seu status de líder. No entanto, salta aos olhos a liderança das
uvas brancas seja na produção de vinhos secos como na de espumantes de
qualidade reconhecida.
Duas cepas tomam a dianteira
nessa corrida: nos tintos , a Merlot e nos brancos, a Chardonay. De cara
destaca-se a Chardonay pela grande projeção , particularmente dos espumantes,
nesta quadra histórica.
Embora a Merlot seja a cepa de
maior adaptabilidade no mundo, frutificando em qualquer canto com um mínimo de
cuidados e clima e solo adequados, o
terroir da região da Campanha favorece, e muito, a produção com a Chardonay. A
quantidade de prêmios ganhos por vinhos com a Chardonay da fronteira oeste
gaúcha nos dá respaldo.
Já é hora de se escolher um rumo definitivo
para a mais nobre das brancas. Talvez não se chegue a produzir brancos como em
Chablis, mas basta lembrar que o terreno da Champagne é muito similar a nossa Campanha.
Já é hora de se pensar até numa griffe.
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