terça-feira, 27 de setembro de 2011

ESPUMANTE BRUT CAMPOS DE CIMA

ESPUMANTE BRUT CAMPOS DE CIMA

FlávioMPinto

Daquela bela paisagem entremeando  videiras e rebanhos de ovelhas, a Campos de Cima, de Itaqui-RS, da Campanha Oriental, nos apresenta o seu espumante Brut.
Feito á moda Champenoise, com Chardonay e Pinot Noir, nos mostra um perlage fino, delicado e alegre. Uma cor amarelo esverdeada com reflexos dourados  é sua carta de apresentação. Enquanto a efervescência sobe na taça, vão se desprendendo aromas florais e cítricos como maça verde, depois sobejamente confirmados na boca.
Nela, os sabores cítricos se misturam ao de mel dando uma harmonia  e elegância ímpar ao espumante.
Destacamos sua jovialidade. Muito harmonioso e de retrogosto duradouro e agradável com um pouco de especiarias.
Um dos melhores espumantes produzidos por nossa vitivinicultura. Esta é a minha opinião.
 

A INDICAÇÃO DE UM VINHO

FlávioMPinto
Um dos maiores dilemas que enfrentamos é sobre a indicação de um vinho para alguém.
Puxa vida, quão diferentes são as pessoas e os vinhos seguem atrás.
Cada um combina com uma personalidade, e, por seu turno, harmonizam-se com a comida servida ou não.
Gostos, então....
É difícil, muito difícil acertar na primeira. Muita tentativa e erro se passa. Mas não tem outro jeito. É provar, provar, degustar e degustar.
O melhor vinho é aquele que nos apetece, nos dá prazer, nos surpreende, mas chegar até ali é que é o problema. Com a imensa quantidade de marcas á disposição no mercado com os mais diversos preços, fica difícil, para quem tem pouco conhecimento, escolher o vinho certo. Mesmo com o apoio de um sommelier.
Um caminho é o conhecimento. Mas conhecimento sem degustar não dá. Então é ir provando aqueles vinhos que seu bolso alcança e vamos lá.

sábado, 24 de setembro de 2011

RIO VELHO TANNAT 2010

RIO VELHO TANNAT 2010
FlávioMPinto
Como venho afirmando nos últimos tempos, a cada dia os vinhos da Campanha nos preparam uma surpresa. Agradáveis, por certo.
Agora surge o Rio Velho, um Tannat 2010 da Rio Velho Vitivinicultura de Rosário do Sul-RS. Localizada no Segundo Distrito daquela cidade, a pequena vinícola produz um vinho selvagem. Ôpa, selvagem, como assim? O Rio Velho Tannat é um vinho no seu estado mais puro: não passa por madeira nem é filtrado. Claro, tem seus inconvenientes, é pouco aromático e marca os dentes com mais facilidade.
A cor forte do Tannat já começa se impondo. Um vermelho violáceo forte desdobrando aromas também de violetas e de framboesas.
No entanto, na boca é que dá seu maior recado assim como na evolução na taça. Melhor dizendo,  na pouca evolução, preservando suas qualidades mesmo aberto a mais de 48 horas.
Mas aí está sua marca. Sua adstringência e o teor alcoólico de 13 a 13,5% garantem  essa preservação, com certeza.  É um vinho diferente. Macio, sereno, embora intenso e pouco persistente.
Pode ser classificado como um vinho de entrada para quem quer ingressar no mundo dos vinhos.
Um valente Tannat  que o Paulo Roberto leva com seus sonhos de produção de vinhos nas barrancas do Rio Velho, pequeno arroio tributário do Santa Maria,  com pouca ou nenhuma interferência de agrotóxicos, gerando um produto na mais moderna linha francesa: os vinhos orgânicos, que estão ganhando espaço a cada dia nas mesas do Velho Mundo. Processo liderado por pequenas vinícolas e seus vignerons. Aliás, são as pequenas vinícolas francesas que produzem os grandes vinhos. Pequenas em tamanho,  mas gigantes na qualidade.
Um vinho marcante na sua simplicidade.
Esta é a minha opinião.
Obs- a imagem acima é do Cabernet Sauvignon, mas o rótulo do Tannat é igual, apenas muda o designativo da uva.

domingo, 11 de setembro de 2011

BORDEAUX- DE ONDE VICEJA O OURO GASTRONÔMICO

BORDEAUX- DE ONDE VISCEJA O OURO GASTRONÔMICO
FlávioMPinto
A região que circunda a cidade de Bordeaux- a capital mundial do vinho, na França, delimitada pelos leitos dos rios Dordogne e Garone, desagua no estuário do Gironde e dali para o Atlântico. Originariamente as plantações na região foram a partir de 71 a.C., no entanto, datam de 48 a.C., em Saint Emillion, devido a uma decisão romana de dar vinho a seus soldados.
Basicamente a região é dividida em três: margem esquerda, a sul do Garrone e Gironde, onde predomina a Merlot; a  margem direita a norte do Dordogne e do Gironde com domínio da Cabernet Sauvignon e,  Entre-deux-Mers, a região situada entre aqueles dois rios. Ainda é subdividida em inúmeras regiões, todas famosas por seus château  e vinhos. Paulliac, Margaux, Saint Julien, Saint Cristophe, Graves, Pomerol, Saint Emillion, Sauternes, Blaye, dentre elas, que encantam os paladares a séculos.
É a terra dos vinhos claretes, mas destacam-se os tintos e brancos com mesmo vigor. Os mais famosos e valiosos do mundo.
Antigamente, rara era a produção francesa de vinhos exportada. Foi após o casamento de Henry Plantagenet , o Henry II, inglês com a francesa  Alienor d’Aquitaine , no Séc XII, que as vendas para a Inglaterra passaram a acontecer e abastecer exclusivamente toda a Inglaterra a partir daí.
As terras de Bordeaux são basicamente compostas calcáreo, argila e areia com a predominância de cascalho na margem esquerda, com grande aporte de cálcio.
O corte bordalês típico é composto basicamente por Merlot, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot nos tintos, admitindo-se ainda Malbec, Carmenére e Cabernet Franc, e, nos brancos Semillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle, destacando-se nestas a região de Sauternes.
Existe até uma classificação hierarquizada dos vinhos bordaleses estabelecida em 1855, critério exclusivo de preços.
São os 5 Gran Crus: Premiére, Deuxiéme, Troisiéme, Quatriéme e Cinquiéme, todos tintos e os Sauternes, brancos doces atacados pelo Botrytis cinerea, a podridão nobre de Sauternes. Em 1961, após intensa gritaria dos vignerons, tentou-se mudar a hierarquia, mas pouca coisa foi feita . Apenas rebaixaram 17 château na relação.
Os insatisfeitos se incluíram em outra classificação como Classe. Ex: Deuxiéme Gran Cru Classe.
De qualquer forma, constituem-se os mais famosos, valorizados e procurados vinhos do mundo, indiscutivelmente.
Um Ha na região vale em média 30 milhões de euros.

ALIOS DE SAINTE MARIE 2001

ALIOS DE SAINTE MARIE 2001
FlávioMPinto

Um vinho que mexeu comigo. Sem dúvidas um dos melhores que já bebi. Um legítimo Bordeaux do Château Sainte Marie com tudo que tem direito. Oriundo da AOC Première Côtes de Bordeaux, na região de Entre-deux-Mers, área compreendida entre os rios Dordogne e Garone,  a 8 km de Bordeaux, o corte bordalês nos enche o espírito com seus aromas e sabores.
Aromático e com taninos bem domados, o Alios deixa uma sensação de quero mais na boca. Frutado e elegante com seus sabores de framboesa dominando o paladar bem caracterizado de Entre-deux-Mers, deixa um final longo e inesquecível.
Um vinho completo que a gente sente em todos os parâmetros que caracterizam um Bordeaux. Um clássico assemblage bordalês de Merlot, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot que vale um sacrifício de compra.
Esta é a minha opinião.
 Adquiri-o em Paris na desesperança de não mais encontrá-lo, no entanto, surpresa,  este vinho pode ser encontrado nas melhores importadoras de vinhos no Brasil. Em castas mais jovens. Salut!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MARCUS JAMES RESERVA ESPECIAL CHARDONAY 2011

MARCUS JAMES RESERVA ESPECIAL CHARDONAY 2011
FlavioMPinto
O Marcus James é da Vinícola Aurora, uma das mais premiadas do país. Só isso revela a seriedade e respeito com que tratam o vinho. É um vinho branco meio seco, da Serra gaúcha.
Tinha adquirido o Marcus James Chardonay 2011 apenas para completar o leque de vinhos numa legítima Paella espanhola, mas a resposta do vinho foi maior do que esperava.
Muito límpido e de cor brilhante com toques dourados, uma cor viva que convida.
Frutado e refrescante, nos revelou aromas de frutas cítricas de cara. Maça e pêssego foram o abre-alas para a prova em boca. Nela, o Marcus James Chardonay voltou a surpreender nos afirmando as frutas citadas e mais, amanteigado, nos passando a idéia de uma fermentação malolática muito bem feita. Algo até de bananas foi observado.
A cada gole um festival de frutas era descoberto. Maças, peras, bananas, pêssegos.
De boa acidez, um vinho muito equilibrado e delicado observando-se seu teor alcoólico de 12%.
Agradável e de ótima persistência e frescor.
Um bom vinho para se tomar só , bem geladinho, como aperitivo, ou acompanhando carnes brancas e comidas leves.
Um vinho bom, honesto, barato e de ótimo custo-benefício.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

CASA PEDRUCCI Reserva Cabernet Sauvignon 2005

CASA PEDRUCCI Reserva Cabernet Sauvignon  2005
FlávioMPinto
A Casa Pedrucci, de Gilberto Pedrucci, é uma vinícola familiar situada em Garibaldi-RS  na Serra gaúcha e que carrega tradição e experiência no trato de uvas nas costas. Produz um vinho harmonioso, elegante, sóbrio, que desce aveludado desde os primeiros goles.  Um belo acompanhamento. Os Pedrucci tem seu maior volume de produção em espumantes feitos á moda champenoise, distintos, alegres, frescos.
O Cabernet Sauvignon 2005 é um varietal que nos mostra , na taça, uma limpidez significativa  e uma boa transparência, embora na garrafa pareça escuro demais bem de acordo com seu visual violáceo forte já revelando sua personalidade e caráter.
 Lágrimas generosas indicando boa viscosidade e adequada ao seu teor alcoólico de 12%. Sedoso, macio.
Revela aromas  cítricos e de couro.
Na boca sobressaem-se sabores de cerejas e framboesas. Algo de menta, mas muito pouco.
Encorpado na medida exata.
Taninos macios e domados! Um vinho muito bem feito , bem equilibrado e elegante que apresenta um retrogosto agradável, embora não tão persistente quanto mereça. Um vinho extremamente honesto feito por gente competente.
Deve ser decantado antes de beber.
Esta é a minha opinião.

sábado, 3 de setembro de 2011

MINHAS AVALIAÇÕES

MINHAS AVALIAÇÕES
FlávioMPinto
Com a subida de qualidade e surgimento de novas marcas e vinificação de novas castas, vou passar a me dedicar a apreciação de novos vinhos, sempre procurando fugir dos tradicionais. A não ser lançamentos através de novas vinícolas, tudo no sentido e intuito de abrir o leque de opções na escolha de um bom vinho. E também divulgar novos lançamentos e até vinhos pouco conhecidos no mercado.
É claro que não lançarei as observações sobre vinhos que “não gostei”. Não faria sentido informar minhas escolhas negativas, se bem que é MINHA OPINIÃO. Única e exclusiva do meu gosto e experiência no trato dos vinhos.
Digo seguidamente que corajosamente me atrevo a descrever os vinhos e não sou especialista. Quem desejar seguir minha opinião que siga por sua única responsabilidade.
Divulgar, trocar idéias, difundir, espalhar e buscar conhecimentos é o que me interessa. Conto com a prestimosa atenção de todos os meus seguidores nesta tarefa.
IN VINO VERITAS.