sábado, 24 de setembro de 2011

RIO VELHO TANNAT 2010

RIO VELHO TANNAT 2010
FlávioMPinto
Como venho afirmando nos últimos tempos, a cada dia os vinhos da Campanha nos preparam uma surpresa. Agradáveis, por certo.
Agora surge o Rio Velho, um Tannat 2010 da Rio Velho Vitivinicultura de Rosário do Sul-RS. Localizada no Segundo Distrito daquela cidade, a pequena vinícola produz um vinho selvagem. Ôpa, selvagem, como assim? O Rio Velho Tannat é um vinho no seu estado mais puro: não passa por madeira nem é filtrado. Claro, tem seus inconvenientes, é pouco aromático e marca os dentes com mais facilidade.
A cor forte do Tannat já começa se impondo. Um vermelho violáceo forte desdobrando aromas também de violetas e de framboesas.
No entanto, na boca é que dá seu maior recado assim como na evolução na taça. Melhor dizendo,  na pouca evolução, preservando suas qualidades mesmo aberto a mais de 48 horas.
Mas aí está sua marca. Sua adstringência e o teor alcoólico de 13 a 13,5% garantem  essa preservação, com certeza.  É um vinho diferente. Macio, sereno, embora intenso e pouco persistente.
Pode ser classificado como um vinho de entrada para quem quer ingressar no mundo dos vinhos.
Um valente Tannat  que o Paulo Roberto leva com seus sonhos de produção de vinhos nas barrancas do Rio Velho, pequeno arroio tributário do Santa Maria,  com pouca ou nenhuma interferência de agrotóxicos, gerando um produto na mais moderna linha francesa: os vinhos orgânicos, que estão ganhando espaço a cada dia nas mesas do Velho Mundo. Processo liderado por pequenas vinícolas e seus vignerons. Aliás, são as pequenas vinícolas francesas que produzem os grandes vinhos. Pequenas em tamanho,  mas gigantes na qualidade.
Um vinho marcante na sua simplicidade.
Esta é a minha opinião.
Obs- a imagem acima é do Cabernet Sauvignon, mas o rótulo do Tannat é igual, apenas muda o designativo da uva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário