TANINOS
FlávioMPinto
Um experiente provador de vinhos taxou uma de suas provas como tendo “taninos maduros”.
Mas o que são taninos e o que é ser maduro? Difícil para os mortais, mas procuraremos desmistificar esse bicho, o tanino, um dos mistérios do vinho.
Identificá-lo não é difícil, embora os poucos sensíveis não percebam: sua existência se mostra por aquela sensação de trincar os dentes e gosto de maça verde. O vinho parece que desce rasgando, áspero, seca a boca.
O maior ícone tânico é o vinho Tannat, daí taninos!
Ele está nas cascas da uva, particularmente das tintas, não se encontrando nas brancas. Melhor dizendo, muito pouco encontrado nas brancas, quase nada. Quanto mais grossa a casca da uva tinta, mais tânica é.
Encontrou( o vinho Tannat) seu melhor momento no Uruguai, mas é originário de Madiran, sul da França.
Carrega consigo o legado de ser possuidor da maior quantidade de resveratrol dentre os vinhos. Resveratrol é um composto muito útil na prevenção de problemas cardíacos. A intensa procura por vinhos de uva Tannat, acredito, seja por esse motivo. E aí reside a importância dos taninos.
Na boca identifica-se, como já vimos, pela sensação de adstringência, a tal de maça verde. E são classificados de verdes a maduros. Quanto mais verdes mais adstringente é o vinho. Quanto mais maduros, mais redondo desce, mais macio, aveludado.
Nos contrapomos á adstringência dos taninos com alimentos gordurosos.