ALMADÉN VINHAS VELHAS TANNAT 2011
FlávioMPinto
A mídia muito “badalou” este
vinho já desde seu pré-lançamento no Concurso de Bruxelas em 2011 em
Livramento.
Um vinho feito com todo carinho por quem já foi
ícone no mercado de vinhos no Brasil. A Almadén, como a mostrar para sua
controladora –a Miolo, que seu verdadeiro desígnio é a produção de vinhos
ícones e não populares. O terroir indica isso. E o profissionalismo de seus
integrantes também.
E a Almadén, com sua marca quase
desaparecendo no rótulo, queria mostrar
que ainda sabe fazer vinhos de gabarito.
Ainda prematura sua degustação( o
ideal seria daqui a uns 3 anos-safra 2011), no entanto mostrou-se pronto. Um
Tannat bem típico, de cor quase negra pontificando aromas da casta, extraído de
vinhas de mais de 35 anos, dos vinhedos mais antigos da Almadén. O que não
dizer, então, se ainda restam, dos vinhedos antigos de Pinot Noir, Cabernet
Sauvignon, Merlot e vinhas de uvas brancas da antiga National Distillers? Isso
prova, mais uma vez o acerto daquela empresa no investimento no terroir
santanense.
Escuro, característica da cepa,
exalava aromas frutados.
Na boca, os sabores de amoras bem
maduras, chocolate e tabaco, indicando sua passagem por 12 meses em barris de
carvalho, foram se destacando. Não apresentou qualquer sinal de rugosidade e
adstringência negativos. Dava para perceber até um toque de Bordeaux no seu
sabor.
De corpo robusto, concentrado e
com taninos bem resolvidos.
De boa persistência e final
longo.
A Almadén, que conseguiu extrair
o que de melhor existe no Tannat da Campanha,deu seu grito de sobrevivência.
Um vinho complexo, muito elegante e moderno,
que não parece um varietal, um monocasta. Fico a imaginar como seria um
corte/assemblage desse vinho com Merlot e mesmo até com Cabernet Sauvignon ou
Petit Verdot. Ou todas juntas. Bem bordalês.
Esta é a minha opinião.
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