VINHOS PORTUGUESES EM PORTO ALEGRE?
FlávioMPinto
Algo que sempre questiono é a falta de marketing e promoções
na área do vinho no RS. Estado que concentra a imensa maioria das vinícolas
brasileiras, maior consumo per capita do país(?), apresenta tímidas exposições
sobre o tema a cada ano que passa.
Um consumo que não se reflete nas gôndolas de supermercados
ou nas importadoras, onde a grande maioria dos estoques são de chilenos e
argentinos, deixando o público consumidor com pouca e reduzida liberdade de
escolha. Nos mercados do centro do país a variedade é imensa, colocando em
cheque a posição do sul. Basta entrar em qualquer supermercado ou importadora no
Rio de Janeiro para comprovar.
Portugal tem uma enorme afinidade com o RS, particularmente
Porto Alegre, que foi fundada por 60 casais açorianos.
Na minha avaliação, os vinhos portugueses se caracterizam
por dois aspectos básicos: preços e qualidade, resultando num fenomenal
conjunto de custo-benefício. Aliada a isso a fantástica produção vinícola
portuguesa, uma das três maiores do planeta.
Agregada á qualidade, junta-se a diversidade de uvas
autóctones que faz do mercado luso um único com mais de 300 castas vinificadas
e prestigiadas.
Consta que Portugal envia quase 20% da sua produção para o
Brasil. Mas para onde vai esse vinho? Quem e onde o consomem? Porque não os
encontramos na cidade com mais afinidade com Portugal? Aqui preponderam
chilenos e argentinos. Reinam por absoluta vitória no preço do produto. Mas também
queremos qualidade. Uma relação de custo-benefício adequada. A reduzida oferta
de vinhos portugueses não tem explicação lógica ante a história de Porto Alegre.
O que se esconde por detrás disso?
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