segunda-feira, 15 de abril de 2013

ÉLÉPHANT ROUGE 2011


ÉLÉPHANT ROUGE 2011

FlávioMPinto





Depois de muita procura encontrei o Éléphant Rouge. Tempos atrás, assisti uma palestra na Fundação ECARTA-Porto Alegre sobre vinhos da França com Jean Claude Cara, um franco-brasileiro. Falou sobre seu sonho- um vinho e a sua concretização com o lançamento do Éléphant safra 2008.  O final da palestra foi só sobre sua criação: um vinho feito á moda francesa no Vale dos Vinhedos nas instalações da Vinícola Larentis. Isto , acredito, aguçou a curiosidade e motivou a procura de exemplares por aqueles que gostam, não só de vinhos bons, mas de raridades. Vinhos feitos á mão, de garagem, como que sob medida para o apreciador exigente.

Achei-o em 2013, já da safra de 2011, na Vinho&Arte, na Mucio Teixeira, 107 em Porto Alegre a 45 reais.

Como no rótulo não existem informações sobre as castas que o compõem, vou partir verdadeiramente ás cegas para adivinhar. Tenho grande possibilidade de acertar no atacado, embora seja um vinho feito á moda francesa- assemblage, pois no Brasil só duas uvas tintas lideram, sejam blends sejam varietais: Cabernet Sauvignon e Merlot. De acordo com o site oficial do vinho, o da safra 2008, o primeiro, era composto por Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinotage. Vou confiar na minha sensibilidade. Este(2011) substitui a Pinotage pela Alicante Bouschet, de acordo com os Sites da Adega Vinho Clic e da Sonoma.

De cor rubi, mostra sua presença já nos aromas sutis de frutas vermelhas, groselhas, cerejas e framboesas. Algo de couro e tabaco, muito pouco,  revelando sua passagem por madeira.Mas é na boca que o Éléphant se mostra como um todo. Bem Bordeaux.

Frutado, cítrico, complexo, com fortes nuances de framboesas e groselhas, é um pouco picante, um quê diferente de eucalipto. Medianamente encorpado e elegante. Um pouco adstringente e agressivo por sua jovialidade. Degustei-o em duas oportunidades com 24 hs de diferença. Na segunda oportunidade, garrafa já aberta, o vinho se mostrou completamente diferente, evoluindo bastante na garrafa. Macio, sedoso, acolhedor, sem a agressividade do dia anterior. Um outro vinho que mereceria outro post. Surpresa extremamente agradável e prazerosa.

Continuou a se apresentar como um vinho complexo e bem estruturado. E com um frescor ímpar.

Um vinho de autor exigente para pessoas exigentes. Não é para muitos. Beba-o refrescado. Decante-o por no mínimo de duas horas. Pela minha experiência, 24 hs(muito tempo, mas compensa).

Esta é a minha opinião.
-a foto é da Confraria do Sagu-Santa Cruz do Sul-RS

Um comentário:

  1. Muito obrigado por ter compreendido este vinho Parabéns um Grande Prazer Jean Claude Cara

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