quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Nº 2 DE CHÂTEAU PETRUS GAIA 2011


Nº 2 DE CHÂTEAU PETRUS GAIA 2011

FlávioMPinto




Um Petrus para ninguém botar defeito. Frutadíssimo,  com aromas de cerejas maduras  logo de cara. Um bouquet de fazer inveja , é morder a rolha e ficar sugando. Cor típica do Merlot, violácea não muito forte,  identificando a preponderância daquela cepa. Vem do Château Petrus Gaia, não do Pomerol , mas  lá do Bordeaux Superieur, da margem direita do Dordogne, terra da Merlot.

Mesmo sendo jovem, foi engarrafado a 30 de julho de 2012, é um vinho que já trás uma bagagem muito boa.

 Na boca, desperta atenções pela suavidade característica da Merlot, mas com um toque de eucaliptos e baunilhas bem de leve. Não temos a informação de quanto tempo ficou em barricas. Apenas as referências de tostados e baunilhas indicam uma passagem curta por carvalho.

É um vinho levemente encorpado e elegante. Tem um quê de finesse que o distingue. Afinal é um Bordeaux de estirpe reconhecida. Uma delicadeza sem par.

O teor alcoólico de 14% não passa ao conjunto.

Deixa um final duradouro.

Esta é a minha opinião.

sábado, 23 de novembro de 2013

NOVAS GRAN RESERVA CABERNET SAUVIGNON MERLOT 2010


NOVAS GRAN RESERVA CABERNET SAUVIGNON MERLOT 2010

FlávioMPinto


Mais uma excelente criação da Viñedos  Emiliana SA, Chile.

Orgânico, da D.O. Valle do Maipo, Chile, é um assemblage de Cabernet Sauvignon e Merlot. Guarda as melhores características das duas cepas que o compõem: a potência da Cabernet e a suavidade da Merlot.

Um vinho escuro, forte, bem perfumado com aromas de framboesas e chocolate. Muito untuoso indicando seu teor alcoólico de 14%, com pouca interferência da madeira nos sabores frutados de cerejas e ameixas maduras.

Não deixa de ser um vinho elegante, sério e muito encorpado, tendendo a um padrão Bordeaux.

Tem jeito de ser bom “de guarda”, garantindo mais uns bons anos na garrafa em bom estado.

Deixa um final duradouro.

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O MELHOR TANNAT DO MUNDO SERÁ BRASILEIRO!


O MELHOR TANNAT  DO MUNDO SERÁ BRASILEIRO!

FlávioMPinto


                                               -bem ao fundo e no alto os vinhedos da Tannat


Já se aproxima a data de inauguração das novas instalações das Bodegas Juan Carrau no Cerro do Chapéu. Contígua á vinícola uruguaia serpenteando marcos de fronteira nos  limites entre Livramento e Rivera, a Juan Carrau já está prestes a inaugurar sua bodega brasileira.

É uma questão de poucos metros sua separação, ás vezes um marco dentro do vinhedo dá a dimensão dos limites e da separação internacional. Uma bodega verdadeiramente internacional.

Podemos afirmar , com absoluta certeza, que o terroir da Tannat que faz o AMAT, área mais próxima dos limites fronteiriços e mais alta da propriedade, será estendido ao Brasil.

 Sem dúvidas, a indústria brasileira contar com esse ícone no seu portfólio é uma alegria e enorme satisfação comercial. Um vinho com mais de uma década de sucesso e prestígio internacional fruto de sua competência e exportação aos maiores centros consumidores engrandecerá a produção nacional.

É uma Ferrari F1 que se aglutina á indústria local que almeja novos voos.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

NOVAS GRAN RESERVA SYRAH MOURVÈDRE 2010


NOVAS GRAN RESERVA SYRAH MOURVÈDRE 2010

FlávioMPinto


 


Este chileno mostra que a indústria vitivinícola chilena está num patamar superior, brigando com os melhores exemplares do mundo. Aos poucos, o Chile desprende-se do rótulo de Vinhos do Novo Mundo, ou seja, varietais puramente,  para nos apresentar assemblages riquíssimos.

O Novas Gran Reserva Syrah Mourvédre segue a linha de assemblages do Vale do Rhône com suas duas mais emblemáticas uvas e na esteira de ícones como Almaviva, Purple Angel, Maximiano Errazuris e outros que elevaram o padrão chileno aos melhores vinhos. E é um vinho orgânico que nada deixa a dever aos outros, tudo da Vinícola Emiliana, a primeira chilena a transformar toda sua produção em orgânicos e biodinâmicos, na década de 90.

O Novas Gran Reserva Syrah Mourvédre 2010 é um daqueles vinhos que deixam marcas, a começar pela bela cor  violeta, bem forte. Distinta. Os aromas desprendidos ao ser destampado são também de violetas, bem florais.

Na boca apresenta todo seu potencial com sabores complexos de cerejas, mirtilos e geléias vermelhas. Muito frutado e marcante nos seus sabores. Complexo e muito instigante.

Os 14,5% de teor alcoólico convivem muito bem com a madeira e a complexidade de sabores não se sobrepondo a eles.

 Muito untuoso, já visto nas lágrimas abundantes. Potente, enche a boca . O Novas Gran Reserva Syrah Mourvédre “chorou” até o final.

Um vinho na faixa de 100 reais no Brasil( e US$7,80 nos freeshop de Rivera)e entrega o que promete.

Deixa um final longo, prazeroso.

Esta é a minha opinião.

LAS MULAS CABERNET SAUVIGNON 2008


LAS MULAS CABERNET SAUVIGNON 2008

FlávioMPinto



Mais um chileno de respeito.

Um vinho simples, mas com atributos marcantes. Orgânico, mostra de cara seus atributos. De criação do renomado enólogo chileno Miguel Torres é um vinho cheio de vida.

Vem do Vale Central, uma das mais importantes regiões produtoras do Chile.

De cor violácea forte, exala aromas frutados de cerejas maduras. Seu caráter orgânico reforça as qualidades da cepa e do terroir.

Bem estruturado, apresenta lágrimas generosas, mas pouca untuosidade. Um contraste. Sabores de frutas vermelhas, madeira e o teor alcoólico de 13%, convivem bem dentro de um corpo bem demarcado.

A presença da Cabernet Sauvignon orgânica é muito distinta. Um vinho bem encorpado , elegante e macio no degustar, que deixa um final bem longo.

Esta é a minha opinião.

VISITA Á BODEGAS CARRAU-RIVERA- URUGUAI


VISITA Á BODEGAS CARRAU-RIVERA- URUGUAI

FlávioMPinto


Serpenteando entre marcos da fronteira Brasil- Uruguai pela estrada de terra que leva á vinícola a 8 km do centro das cidades-gêmeas Livramento e Rivera, nos deparamos com os vinhedos e as instalações simples e práticas da Bodegas Carrau entre pastos e gado bovino e ovino.

Ciceroneados por Javier Carrau, um dos proprietários, conhecemos a propriedade e seus vinhedos entremeados com marcos fronteiriços. Aqui um detalhe: os vinhedos ora estão no Brasil ora no Uruguai, tanto que já está em avançado estágio de construção a parte do lado brasileiro. Portanto, teremos uma versão santanense,  gaúcha e brasileira do melhor Tannat do mundo, o AMAT. Aliás, isso já acontece hoje.



Aos poucos conhecemos as parcelas de Cabernet Sauvignon, Tannat, Sauvignon Blanc, Moscatto Giallo, que fazem da Carrau uma das mais desejadas vinícolas uruguaias. São parcelas pequenas, por exemplo,  o Tannat que faz o AMAT perfazem 3 hectares! Sim 3 hectares , solamente,  para o melhor Tannat do planeta. Os vinhedos estão na parte mais alta da propriedade. Bem a semelhança de parcelas dos terroir franceses que produzem os grandes vinhos e mais sofisticados.

 Uma aspecto interessante da Carrau em Rivera, no Cerro do Chapéu,  é a busca da qualidade em detrimento da quantidade. Don Javier nos informa que poderia estar produzindo 20 ton por hectare,  mas prefere optar por apenas 8 para privilegiar a qualidade de suas uvas. Vinhedos de mais de 30 anos ponteiam toda propriedade com parcelas de 1 a 3 hectares por tipo de uva. Preciosidades colhidas à mão. Sempre. E exportadas para os melhores mercados consumidores do mundo. Canadá, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra são os destinos dos melhores vinhos da Carrau.



A vinícola que possui duas sedes- uma em Montevidéu, região de Las Violetas  e outra em Rivera,no Cerro do Chapéu, este já no Brasil e está no Uruguai desde 1752 e em Rivera desde 1975. Uma empresa familiar com ares e mentalidade de grande empreendimento produtivo qualificado e por que não, desejado.

Foi um prazer enorme conhecer a propriedade de Don Javier Carrau.


GUATAMBU RASTROS DO PAMPA CABERNET SAUVIGNON 2011


GUATAMBU RASTROS DO PAMPA CABERNET SAUVIGNON 2011

FlávioMPinto




Uma agradável surpresa esse Cabernet Sauvignon. Um dos primeiros produtos da Guatambu Estância do Vinho, vinícola do coração da região da Campanha em Dom Pedrito.

Um vinho perfumado pelos melhores aromas da cepa, identificando-o logo. Cor escura, profunda e aromas de frutas vermelhas como cerejas e morangos e até nuances de flores. O Guatambu Rastros do Pampa vai surpreendendo a cada aspecto que surge.

Na boca mais ainda com as notas florais, sim notas fortes florais,  muito presentes, algo muito comum num Gewurztraminer. Mas é um tinto muito distinto. Os sabores de morangos , cerejas, e compotados fazem parte do mix de sabores. Aveludado, macio.

Elegante, muito bem estruturado , encorpado,harmônico, com taninos muito bem definidos e domados. O teor alcoólico de 13% convive muito bem com a complexidade de sabores. Deixa um final longo e frutado.

Assim vejo o Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon 2011, que, com certeza, harmonizará muito bem com o projeto de enoturismo da vinícola.

Esta é a minha opinião.