segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ARIANO TANNAT 2013

ARIANO TANNAT 2013
FlávioMPinto
Mais um excelente produto vitivinícola do Uruguai. Este Tannat 2013 vem do terroir Las Piedras da Bodega Ariano Hnos S.A.  em Canelones. A Ariano é uma das grandes do país vizinho, que tem a uva Tannat como ícone.
De cor escura, forte, impenetrável. Exala aromas de framboesas fortemente. Lágrimas pronunciadas denunciando sua untuosidade.
Na boca mostra-se fresco, tânico, mas seus 14 % de teor alcoólico não passam ao conjunto. Sabores de especiarias, cassis.
A passagem por madeira deixa um final frutado com tabaco. Um excelente vinho.
O rótulo mostra, com certeza, orgulhosamente, uma  tarja dourada com o nome do país. Sim, os vinicultores uruguaios tem orgulho do seu país que os prestigia na sua política do setor com impostos baixos e tratando o vinho como alimento. No Uruguai, pode-se comprar uma garrafa de um vinho fino de 1 litro, sim 1 litro, de muito boa qualidade, por 11 reais no câmbio atual-Nov 2015. Isso se reflete consumo nacional de 28 l/hab/ano. Algo sem precedentes se compararmos com os 1,8 l consumidos no Brasil. A considerar também que vinho fino no Brasil é considerado “coisa de rico” e taxado em 60% de imposto!
            Esta é a minha opinião

sábado, 28 de novembro de 2015

PORTÃO 6

PORTÃO 6
FlávioMPinto
Um vinho bem português da região de Lisboa. Um vinho assemblage classificado como regional por conter as principais castas da região: Tinta Roriz, Castelão e a competente Touriga Nacional.
Um vinho bem português a começar pelo belo bouquet frutado. A cor vermelho púrpura bem reflete o blend de castas portuguesas da região de Lisboa.
Na boca extremamente macio, suave, fácil de beber. Aromático. Para entendê-lo é preciso uma boa percepção dos sabores das castas presentes. Laranjas, figos e mangas presentes acompanhado de leves aromas de menta.
O teor alcoólico de 13,5%  não esconde a boa acidez e os taninos bem resolvidos. Uma das características dos vinhos portugueses, na minha opinião, é a vocação gastronômica. Desce muito bem.
Os portugueses são mestres seculares em assemblages.
Não é um vinho sofisticado, está mais para um excelente vinho de mesa, mas agrada e muito.
Cálido, acolhedor, reflete bem o clima português de Lisboa, bem visto no seu rótulo.
De final curto, mas deixa saudades.
Como todo bom vinho português não é datado.
Esta é a minha opinião. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

JUAN CARRAU MERLOT 2014

JUAN CARRAU MERLOT 2014
FlávioMPinto
As Bodegas Juan Carrau são vinícolas antigas no Uruguai, a mais de 10 gerações, desde 1752 quando ainda viviam na Catalunia, Espanha. Possuem uma bodega em Canelones, perto de Montevidéu, no terroir Las Violetas e outro na fronteira com o Brasil, em Rivera, o terroir Cerro Chapéu. Este possui como destaque sua situação internacional: no meio de seus vinhedos estão instalados marcos trigonométricos da linha divisória Brasil-Uruguai.
As Bodegas Juan Carrau foram os responsáveis pelo maior salto de qualidade nos vinhos uruguaios de 1930, quando se instalaram em definitivo no país,   até hoje, liderados por Juan Carrau Sust.
Este Merlot 2014 é de Las Violetas.
Um vinho de cor violeta bem característico da cepa e com bordas fortes . De lágrimas contidas, mas presentes.
Bem aromático exalando aromas de framboesas bem frescas.
Na boca representa sabores de frutas vermelhas como amoras, cerejas maduras, mirtilos e flores, como violetas.
Seus 12% de teor alcoólico se fazem cerimoniosamente presentes, mas de forma bem leve.
De taninos bem pronunciados, é elegante e sofisticado, mesmo sendo vinho de entrada da vinícola. Medianamente encorpado.
Um vinho jovem, mas muito bem apanhado.
Possui um retrogosto agradável e longo. Um final frutado com laranjas.
Deve ser degustado refrescado. Na temperatura ambiente fica muito tânico-verão Brasil.
Esta é a minha opinião.

domingo, 22 de novembro de 2015

VINHA UNNA LUNAÇÕES CHARDONNAY 2015

VINHA UNNA LUNAÇÕES CHARDONNAY 2015
FlávioMPinto
Um vinho raro dentre os vinhos brasileiros: um branco Chardonnay biodinâmico.
Vem de Pinto Bandeira/Serra gaúcha. Cor amarelo palha com reflexos ouro brilhante.
Um bouquet reduzido a flores brancas , mas pouco.
Na boca se revela com mais flores brancas, rosas, chá de camomila.
Um vinho leve, pouco untuoso, suave até nos sabores apresentados. Produzido naturalmente sem qualquer artifício, bem dentro da sistemática que rege os vinhos biodinâmicos, que é de não aceitar qualquer interferência externa  na produção. Interfere também no modo de vida dos produtores, interagindo produtores e produtos.
O teor alcoólico de 12,8% passa bem despercebido.
Esta é a minha opinião.

VINHA UNNA PINOT NOIR EVOÉ 2015

VINHA UNNA PINOT EVOÉ NOIR 2015
FlávioMPinto
Evoé, assim se chama o grito das ninfas gregas.
Mais um vinho natural da Vinha Unna, de Pinto Bandeira,  com seu modo biodinâmico de produção. Vinhedos sustentáveis que produzem vinhos sem qualquer interferência externa. É o vinho no seu melhor estado de produção. Vinho puro.
De cor violeta clara, bouquet reduzido, pouco aromático. Boa transparência.
Na boca apresenta sabores frutados bem suaves. Taninos bem definidos e macios.
Untuoso, mas não me parece ser de guarda, posto que seu teor alcoólico é de 12,8% e não se enquadra no perfil desse tipo de vinhos.
Um final com retrogosto curto.
Esta é a minha opinião.

VINHA UNNA CAIXA DE PANDORA 2015

VINHA UNNA CAIXA DE PANDORA 2015
FlávioMPinto
Um Cabernet Sauvignon muito diferenciado. Feito de uvas passificadas no pé.
Uma cor violeta opaca e bordas atijoladas nos dá a idéia de que o vinho está passado, mas a cor é assim mesmo, fruto da tipicidade das uvas, que são passificadas. As bordas alaranjadas nos indicam essa situação.
Pouco aromático, se apresenta na boca como um vinho leve.
O baixo teor alcoólico com a vinificação das uvas passificadas nos dá um contraste ímpar. Uma verdadeira Caixa de Pandora nos esperava.
A vinícola biodinâmica de Pinto Bandeira inova e nos dá um vinho diferente dos passificados italianos, por exemplo. Um vinho leve, pouco alcoólico.
Esta é a minha opinião.

domingo, 8 de novembro de 2015

DON GUERINO VINTAGE MALBEC 2014

DON GUERINO VINTAGE MALBEC 2014
FlávioMPinto
Para os menos avisados, os aromas nos levam a um robusto Cabernet Sauvignon, considerando os aromas fortes frutados de cerejas maduras.
Bom cartão de visitas  com uma cor violácea forte, bem marcante e definida.
Lágrimas pronunciadas anunciando sua untuosidade e teor alcoólico. Um bom vinho já de saída embora jovem.
Na boca revela-se bem frutado com morangos, sabores de essências exóticas, especiarias, hortelãs, pimentas rascantes, mostardas, laranjas, sim,laranjas indelevelmente.
Um toque floral para lembrar que é um Malbec  argentino com toques e sotaques bem brasileiros  e gaúchos.
Complexo, contempla um espectro muito vasto de sabores.
Um belo vinho com teor alcoólico de 13% que não passa ao conjunto. Aparenta teor alcoólico maior.
Destaque para alcaçuz e tabaco denunciando a passagem por madeira.
Muito equilibrado e harmônico. Taninos bem presentes. Estruturado, mas ao mesmo tempo leve  embora potente. Meio xucro ainda. Precisa ser domado.
Não aparenta ser um vinho gastronômico. Acredito que tenha um bom potencial de guarda, pois ainda se mostra verde, não amadurecido. Com taninos esperando atacar mas não trincam os dentes.
Vamos ver se uma aeração o modifica.
De fato, 24 horas depois de aberto se acalma um pouco, ficando mais suave, mais palatável. Mas como saber de antemão que precisa ser muito bem oxigenado? Deveria constar do rótulo? Acredito que sim. Obrigatoriamente. Esta informação os enólogos do fabricante possuem e deveria passar ao público consumidor.
Um bom vinho para ser degustado com sucesso por quem conhece o metier.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DON ELIAS CABERNET SAUVIGNON 2012

DON ELIAS CABERNET SAUVIGNON 2012
FlávioMPinto
Don Elias Figueroa aposentou-se dos campos futebolísticos e dedicou-se na sua terra, o Chile, ao cultivo de vinhas. Este é mais um produto do renomado zagueiro.
Um vinho de cor violácea forte, exalando aromas frutados de frutas vermelhas como cerejas e morangos.
Poucas lágrimas, pouca untuosidade. Bem suave na boca, macio, fácil de se gostar e agradável como a maioria dos vinhos chilenos exportados para o Brasil. Muito comercial. Um vinho sem muitos atrativos além dessa adaptabilidade ao gosto da maioria do povo brasileiro.
Taninos bem resolvidos, sem rugosidade ou qualquer aresta para degustar. Para o dia-a-dia sem segredo nenhum. Aliás, o Don Elias não trás nenhum segredo. É um vinho simples, honesto, bem padrão Cabernet Sauvignon. Não dá sustos. É de confiança. Representa bem a casta.
Deixa um final curto e frutado.
Esta é a minha opinião.