CALVET RESERVE DE L’ESTEY MARGAUX
2007
FlávioMPinto
Após degustar um original
Margaux, fui atrás de outro, só que mais em conta. Bem mais barato, mas um
Margaux. A diferença de preço é gritante, mas vamos lá.
Tinha de sentir a diferença dos
dois. É a diferença do Morris Mini Cooper e um Lifan. C’est la vie!
Sua cor violácea , típica dos
Cabernet Sauvignon, nos impulsiona para os vinhos de classe. Cor firme, mesmo
um 2007, sem resquício de atijolamento das bordas, mostrava-se pronto.
No nariz pouca diferença. Apenas
poucos aromas fortes de frutas vermelhas( groselha ,morangos e cerejas)com destaque
para framboesas e baunilha. Um tanto de madeira pela exposição em barris de
carvalho, mas pouco.
Na boca, revelou-se bárbaro. De
cara framboesas, mas aos poucos surgiram sabores de cassis e cerejas. De
taninos poderosos perfeitamente domados, foi suave no degustar, deixando uma profunda
persistência, demarcando seu caráter e personalidade. Um vinho com nobreza a
flor da pele.
Não notei muito sua diferença
para o original, degustado meses atrás e fruto de um post no mês de janeiro de
2012. Afinal era um Margaux que estava na minha taça produzido por uma família de vinhateiros muito conhecida e renomada-Calvet, cujo ofício
remonta a 1818. Um vinho marcante por manter
todas as suas características de terroir, um Margaux com tudo que se tem
direito.
Feito de Cabernet Sauvignon(70%),
Merlot(20%), Petit Verdot(5%) e Malbec (5%)é um vinho de Médoc complexo por natureza e nos brinda com as
melhores características daquelas cepas. Aí vem a grande diferença do original,
mas não perde em qualidade.
Não deixa de ser um vinho
elegante, aristocrático, não muito difícil de ser compreendido.
Esta é a minha opinião.
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