Vão nos obrigar a beber vinhos de baixa qualidade?
FlávioMPinto
Pois é, a avalanche das
tentativas de igualar por baixo o que se bebe no Brasil é uma constante. Não
basta o que ocorre nos setor automobilístico, onde somos obrigados a comprar
veículos de menor qualidade e tecnologia por outros que custam a metade do preço
e fabricados no Brasil á venda no exterior, chegou a hora dos vinhos.
Não vou dizer que tem gente que
sente arrepios quando outra pessoa pede um Brunello, pois esta mesma pessoa
sente os mesmos arrepios quando outra pessoa pode e compra um carro importado
de alta tecnologia.
Não basta a lição de quando o Collor
abriu as porteiras da importação e descobriu-se que tínhamos verdadeiras
carroças comparadas com os estrangeiros. Era brincadeira de criança comparar um
BMW ou Audi com os nacionais de então. Deu-se o salto tecnológico que o Brasil
precisava para evoluir no setor automobilístico e conseguimos produzir veículos
bons. Não foi só no setor automobilístico que ocorreu. Mas parece que paramos
de repente e voltamos á estaca ZERO nesse item e as salvaguardas á indústria
nacional estão de volta.
Temos a convicção de que não por
busca de qualidade, aspecto que tanto o consumidor busca, mas por nivelar por
baixo, tudo comandado por uma mentalidade tão tacanha quanto voltarmos á época
das cavernas. A lição do Collor não foi aprendida e a nossa indústria não aprendeu
nem evoluiu. Voltamos a ser produtores apenas de matérias primas e deixamos os
manufaturados para os outros países faturarem.
Um carro produzido no Brasil com todos os
acessórios possíveis, e vendido na Argentina ou México, custa a metade do preço de um “pelado” no
mercado nacional.
Agora chegou a vez dos vinhos com
o famigerado selo fiscal e as ameaças de aumento de alíquotas ou mesmo
imposição de quotas de importação.
O que podemos dizer que se trata
de gente de gosto duvidoso, de mau gosto diga-se. Não desejam, absolutamente,
que o brasileiro consuma produtos de qualidade. Dos exemplos citados, tanto dos
carros como dos vinhos, diminua-se os impostos desses produtos no mercado
nacional e o consumo imediatamente aumentará.
Mas é de se esperar que vinhos
argentinos, chilenos e uruguaios literalmente destruam a indústria nacional vitivinícola
por não terem concorrência no preço, posto que,
entram com alíquota ZERO no mercado nacional. Como não possuem a
babilônia de impostos nos seus produtos nos seus países.....
Assim ocorre na produção de
veículos, onde as fábricas preferem produzir na Argentina e colocam seus
produtos no mercado brasileiro com ganhos estratosféricos. Tudo por acordos do
Mercosul e que se lixe a produção das vinícolas nacionais, pois a reciprocidade
dos hermanos está em outros produtos.
Assim se mantém a balança comercial.
Ah, tanto vinhos como carros são
coisas de burgueses. Bingo! Chegamos ao ponto nevrálgico. É isso. A coisa é
ideológica.
E como estamos sendo governados
por gente desse caráter, não podemos esperar outra coisa.
A não ser que os freeshop de
Rivera nos salvem.
É a solução á vista.
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