UMA COMPRA NO ESCURO
FlávioMPinto
Inegavelmente toda compra de um vinho é no escuro. Esperamos , sempre, que o produto nos surpreenda.
Não basta conhecermos o fabricante, a vinícola, o local, o terroir, o enólogo, o tipo de uva, se cada safra é diferente da outra. São as condições atmosféricas as “donas do pedaço”. Ditam as regras e não tem conversa. O enólogo fazedor de vinhos pode até melhorar, mas quem dá a batida é o tempo.
O que acontece é que conhecendo a vinícola, temos confiança no produto , mas é sempre com desconfiança que desarrolhamos uma garrafa. Ainda mais em vinhos antigos. Os novos nem tanto. Há o receio de não estarem prontos e aí é outra conversa.
Os brancos, notadamente os brasileiros, devem ser bebidos jovens, o que facilita tudo; já os tintos.....huuum....podem nos causar surpresas.
E volta e meia somos surpreendidos por vinhos que não estavam no ponto e nos empurram á sua reprovação. Mas é uma reprovação temporária, posto que êle só estará no seu melhor 10, 15 anos depois. É aí, calmo, sereno e tranqüilo, que deve ser degustado e não selvagem e agressivo com acidez, taninos e álcool a toda prova, isto nos tintos, os mais consumidos.
Tudo nos leva á experiência e um sexto sentido-a Sensibilidade, para a escolha do vinho/uva/safra.
Nada que o conhecimento não nos indique o melhor caminho. Uma rota segura.
Conhecer um pouco do vinho que deseja beber é de bom alvitre.
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