segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ESPUMANTE GUATAMBU ANGUS EXTRABRUT

ESPUMANTE GUATAMBU ANGUS EXTRABRUT
  FlávioMPinto
A Guatambu foi uma das vinícolas que mais progrediu no mercado brasileiro nos últimos tempos. Tem apresentado produtos de qualidade excepcional. Cresce também para o enoturismo unindo sua vocação de estância com o vinho.
Exibe uma cor esverdeada com reflexos dourados muito distinta.
Uma perlage fina e abundante inunda a taça e aromas cítricos invadem o nariz.
Na boca, é muito seco, por ser exatamente um extrabrut com reduzida carga de açúcar. Cremoso e delicado. Como todo bom Chardonnay 100%,  não poderia deixar de expressar os aromas e sabores de flores brancas e pão tostado.
Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE NOVA ALIANÇA BRUT

ESPUMANTE NOVA ALIANÇA BRUT
FlávioMPinto
Espumante da fronteira oeste-região da Campanha- Sant’Ana do Livramento, foi o grande destaque com a medalha Gran Ouro na última mostra-2015- de espumantes brasileiros. Foi um dos cinco agraciados com a comenda máxima.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, perlage pronunciada com farta espuma. 100 % Chardonnay. É um Charmat.
Na boca surgem sabores de nozes, frutas secas, pão torrado, bem chardonnay.
Tem uma azedinho que o torna diferenciado e muito agradável. Pudera, é um Extra Brut com uma dosagem mínima de açúcar, só para constar.
Um ótimo espumante que revela a capacidade da região no trato das uvas brancas. Aliás, a região da Campanha Gaúcha é bem semelhante á região da Champagne francesa. Não é á toa que os vinhos da campanha estão se destacando.
Esta é a minha opinião.  

ESPUMANTE ALIANÇA MOSCATEL

ESPUMANTE ALIANÇA MOSCATEL
FlávioMPinto
Mais um belo espumante da Nova Aliança, de Livramento. O terroir do Cerro da Cruz nos presenteia com mais esta jóia da fronteira.
Cor rosé clara, perlage abundante e fina, aromas cítricos e de flores.
Na boca revelou-se bem agradável, doce na medida exata sem exageros. Sabores frutados de melões, peras se destacando.
Deixa um final bem longo e um retrogosto frutado.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

OS VINHOS NACIONAIS


OS VINHOS NACIONAIS

FlávioMPinto

Como a pouco tempo havia me rendido aos espumantes nacionais, me rendo agora aos vinhos tranquilos.

Reconhecidamente os vinhos nacionais estão tendo um potente salto de qualidade a despeito do aumento da carga tributária que atrapalha e põe entraves á pesquisa, investimentos  e a produção/distribuição.

Não que queiramos comparar e colocar os vinhos nacionais nos mesmos níveis de alguns famosos estrangeiros, mas já chegamos a um excelente nível. Nível este já alcançado pelos espumantes que fazem sucesso mundo afora.

A cultura do vinho nacional é breve, não mais do que 50 anos de trabalho sério e competente, enquanto a Europa tem mais de 2000 anos. Ainda não temos estórias para contar como em alguns países que o vinho faz história. No entanto, já temos história a registrar a epopéia dos colonos italianos do Vale do Vêneto italiano com seu modo de ser e viver  na Serra gaúcha.

A última fronteira vitivinícola brasileira está sendo desbravada junto das primeiras videiras no sul do país. Outros terroirs estão surgindo no RS e nos apresentando vinhos de personalidade bem distinta.

Justifica-se a infinidade de terroirs, pois é uma porção pequena de terra. O terroir do Romanée Conti na Borgonha, por exemplo,  é nada menos do que 2,6 hectares. Pouco mais de 2 campos de futebol para produzir um ícone.

 Num país de dimensões continentais era de se esperar milhares de pequenas porções de terras próprias para o cultivo de videiras. E é o que está acontecendo. A cada hora nos surpreendemos com um vinho novo de uma área desconhecida, para o bem da comunidade vitivinícola.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

BATALHA MERLOT 2011

BATALHA MERLOT 2011
FlávioMPinto
Mais uma nova vinícola no Pampa gaúcho: a BATALHA, sediada em Candiota, Bagé-RS. As primeiras terras descobertas pelo levantamento da  Universidade da Califórnia-USA, na década de 70 passada, eram em Bagé. No entanto, quando chegou a primeira vinícola para se instalar, a Almadén, os preços das terras foram ás alturas e ela foi para Livramento.
Agora, as vinícolas estão retornando a Bagé, que já contava com a Peruzzo. A Batalha veio a somar esforços na região da Campanha.
Esse Merlot 2011 apresenta uma cor vermelho violácea forte e aromas de violetas. Com lágrimas parcimoniosas.
Na boca se apresenta com sabores de amoras, ameixas pretas e passas de uvas. Um vinho bem diferente dos varietais da região.
O seu teor alcoólico evidenciado nos 13% o deixam como um forte candidato a guarda.
Elegante, não tão sofisticado como parece,  mas é um vinho diferenciado. Taninos macios e fáceis de notar.
Deixa um final com groselhas e  longo.
Este Batalha Merlot 2011 é mais um excelente produto da região da Campanha gaúcha.
Esta é a minha opinião.

sábado, 5 de dezembro de 2015

ESPUMANTE DUNAMIS AR MOSCATEL


ESPUMANTE DUNAMIS AR MOSCATEL

FlávioMPinto

A uva moscatel, nos espumantes brasileiros, foi a que mais elevou o patamar de aceitação do produto mundo afora . E já se espraiou pelas vinícolas gaúchas produzindo espumantes sensacionais.

Seus 7,5 % de teor alcoólico o deixam um espumante interessante, delicioso e nada enjoativo.

Uma cor amarelo esverdeada e uma perlage fina e persistente dão as boas vindas.

Na boca se mostra muito mineral com toques de morangos e melões maduros. Docinho mas não enjoativo.

Elegante, fácil de se degustar, o Dunamis Ar Moscatel é um excelente espumante.

Esta é a minha opinião.

 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

GUATAMBU LUAR DO PAMPA GEWURZTRAMINER 2015

GUATAMBU LUAR DO PAMPA GEWURZTRAMINER 2015
FlávioMPinto
A vinícola  de  Dom Pedrito cada vez nos apresenta um produto com mais qualidade.
Um branco muito perfumado. Amarelo ouro, aromas de flores brancas.
Essa uva alsaciana Gewurztraminer é considerada uma uva exótica, mas não desconhecida dos parreirais da fronteira oeste, pois desde 1974 é plantada pela Almadén em Palomas/Livramento, com sucesso.
Na boca é bem mineral. De acidez média ensejando bom acompanhamento a diversos pratos de verão.
Seu teor alcoólico de 12,2% não passa ao produto.
Um vinho agradável, delicado e aromático.
Esta é a minha opinião. 

ROUTHIER & DARRICARRÉRE MARIE GABI ROSÉ

ROUTHIER &DARRICARRÉRE MARIE  GABI ROSÉ
FlávioMPinto
A criação do Vinhedo Routhier & Darricarrère, em Rosário do Sul, Região da  Campanha Gaúcha é a continuidade do trabalho desta família de origem francesa, que se dedica a dez gerações ao cultivo de uvas e a produção de vinhos.
    O projeto desta vinícola foi iniciado em 2002, pelos irmãos Pierre e Jean Daniel Darricarrère - franceses, criados no Uruguay, vieram para o Brasil na década de 70 para estudar.
Juntamente com o projeto de plantação de frutas cítricas, plantaram  6 hectares de videiras de Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
 O canadense Michel Routhier se somou ao projeto citrícola com interesse na qualidade das bergamotas  produzidas em Rosário do Sul, muito valorizadas no Canadá.  Ao perceber o potencial vitivinícola da Campanha Gaúcha, a família Routhier decidiu ir mais longe na sua paixão pelo vinho e acompanhar a família Darricarrère neste projeto também.” Do site da vinícola.
A Routhier &Darricarrére dá um passo á frente na confecção de vinhos finos com esse Marie Gabi, um rosé á base de Cabernet Sauvignon muito distinto e delicado, feito sob medida para pratos leves do verão brasileiro sai da mesmice dos varietais conhecidos. Explora mais um público ávido por novidades.
O Marie Gabi é um vinho rosado muito suave, de cor rosa acobreado, com aromas lembrando flores de jardim.
Na boca, nos apresenta sabores frutados de pêssegos e cítricos de maças, pitangas, amoras e até cassis.
É leve, elegante, delicado, de acidez equilibrada. Bom acompanhamento para pratos leves como saladas.
Um vinho muito distinto.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O PARALELO 31

O PARALELO 31
FlávioMPinto
O Paralelo 31 é uma linha imaginária que corta todos os continentes, tanto a Norte como a Sul do Equador.
Por uma feliz coincidência, todos os melhores vinhedos do mundo estão localizados nestas áreas. França, Alemanha, Estados Unidos ao norte e África do Sul( Stellenbosch), Australia( Nova Gales do Sul), Argentina( Mendonza) e Chile( Santiago) ao sul.
No Brasil engloba a região da Campanha Gaúcha. Terreno plano, terras férteis, clima temperado e adequado para o cultivo de uvas finas trouxe grande investimento da californiana Almadén nos anos de 1970, instalando-se em definitivo em 1974, em Palomas-Santana do Livramento. A primeira colheita foi em 1977.
Um mix de produtos diferenciados da produção nacional chamava a atenção por tratar o vinho da mesma forma como é tratado nos grandes países produtores, a começar pelo rótulo padrão europeu. O sucesso veio logo assumindo a liderança nacional da produção dos vinhos de melhor qualidade. Pode-se afirmar que a Almadén “ ensinou o brasileiro a beber vinhos”, além de trazer para o Brasil o mais moderno sistema de plantio: espaldeiras.
Foi o pontapé inicial no desbravamento desta fronteira vitivinícola. Com suaves colinas e planícies, o Bioma Pampa conta com o clima como seu principal aliado. Um inverno rigoroso e úmido  e um verão quente e seco ideais para a floração e colheita de uvas nobres.
Hoje, a instalação de vinícolas em toda região da Campanha Gaúcha é uma realidade convivendo com o gado de corte e leite, já assumindo lugar de destaque na produção nacional de vinhos finos. Esta vocação já era assinalada por Auguste Saint Hilaire na sua passagem pelo RS em 1870.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

ARIANO TANNAT 2013

ARIANO TANNAT 2013
FlávioMPinto
Mais um excelente produto vitivinícola do Uruguai. Este Tannat 2013 vem do terroir Las Piedras da Bodega Ariano Hnos S.A.  em Canelones. A Ariano é uma das grandes do país vizinho, que tem a uva Tannat como ícone.
De cor escura, forte, impenetrável. Exala aromas de framboesas fortemente. Lágrimas pronunciadas denunciando sua untuosidade.
Na boca mostra-se fresco, tânico, mas seus 14 % de teor alcoólico não passam ao conjunto. Sabores de especiarias, cassis.
A passagem por madeira deixa um final frutado com tabaco. Um excelente vinho.
O rótulo mostra, com certeza, orgulhosamente, uma  tarja dourada com o nome do país. Sim, os vinicultores uruguaios tem orgulho do seu país que os prestigia na sua política do setor com impostos baixos e tratando o vinho como alimento. No Uruguai, pode-se comprar uma garrafa de um vinho fino de 1 litro, sim 1 litro, de muito boa qualidade, por 11 reais no câmbio atual-Nov 2015. Isso se reflete consumo nacional de 28 l/hab/ano. Algo sem precedentes se compararmos com os 1,8 l consumidos no Brasil. A considerar também que vinho fino no Brasil é considerado “coisa de rico” e taxado em 60% de imposto!
            Esta é a minha opinião

sábado, 28 de novembro de 2015

PORTÃO 6

PORTÃO 6
FlávioMPinto
Um vinho bem português da região de Lisboa. Um vinho assemblage classificado como regional por conter as principais castas da região: Tinta Roriz, Castelão e a competente Touriga Nacional.
Um vinho bem português a começar pelo belo bouquet frutado. A cor vermelho púrpura bem reflete o blend de castas portuguesas da região de Lisboa.
Na boca extremamente macio, suave, fácil de beber. Aromático. Para entendê-lo é preciso uma boa percepção dos sabores das castas presentes. Laranjas, figos e mangas presentes acompanhado de leves aromas de menta.
O teor alcoólico de 13,5%  não esconde a boa acidez e os taninos bem resolvidos. Uma das características dos vinhos portugueses, na minha opinião, é a vocação gastronômica. Desce muito bem.
Os portugueses são mestres seculares em assemblages.
Não é um vinho sofisticado, está mais para um excelente vinho de mesa, mas agrada e muito.
Cálido, acolhedor, reflete bem o clima português de Lisboa, bem visto no seu rótulo.
De final curto, mas deixa saudades.
Como todo bom vinho português não é datado.
Esta é a minha opinião. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

JUAN CARRAU MERLOT 2014

JUAN CARRAU MERLOT 2014
FlávioMPinto
As Bodegas Juan Carrau são vinícolas antigas no Uruguai, a mais de 10 gerações, desde 1752 quando ainda viviam na Catalunia, Espanha. Possuem uma bodega em Canelones, perto de Montevidéu, no terroir Las Violetas e outro na fronteira com o Brasil, em Rivera, o terroir Cerro Chapéu. Este possui como destaque sua situação internacional: no meio de seus vinhedos estão instalados marcos trigonométricos da linha divisória Brasil-Uruguai.
As Bodegas Juan Carrau foram os responsáveis pelo maior salto de qualidade nos vinhos uruguaios de 1930, quando se instalaram em definitivo no país,   até hoje, liderados por Juan Carrau Sust.
Este Merlot 2014 é de Las Violetas.
Um vinho de cor violeta bem característico da cepa e com bordas fortes . De lágrimas contidas, mas presentes.
Bem aromático exalando aromas de framboesas bem frescas.
Na boca representa sabores de frutas vermelhas como amoras, cerejas maduras, mirtilos e flores, como violetas.
Seus 12% de teor alcoólico se fazem cerimoniosamente presentes, mas de forma bem leve.
De taninos bem pronunciados, é elegante e sofisticado, mesmo sendo vinho de entrada da vinícola. Medianamente encorpado.
Um vinho jovem, mas muito bem apanhado.
Possui um retrogosto agradável e longo. Um final frutado com laranjas.
Deve ser degustado refrescado. Na temperatura ambiente fica muito tânico-verão Brasil.
Esta é a minha opinião.

domingo, 22 de novembro de 2015

VINHA UNNA LUNAÇÕES CHARDONNAY 2015

VINHA UNNA LUNAÇÕES CHARDONNAY 2015
FlávioMPinto
Um vinho raro dentre os vinhos brasileiros: um branco Chardonnay biodinâmico.
Vem de Pinto Bandeira/Serra gaúcha. Cor amarelo palha com reflexos ouro brilhante.
Um bouquet reduzido a flores brancas , mas pouco.
Na boca se revela com mais flores brancas, rosas, chá de camomila.
Um vinho leve, pouco untuoso, suave até nos sabores apresentados. Produzido naturalmente sem qualquer artifício, bem dentro da sistemática que rege os vinhos biodinâmicos, que é de não aceitar qualquer interferência externa  na produção. Interfere também no modo de vida dos produtores, interagindo produtores e produtos.
O teor alcoólico de 12,8% passa bem despercebido.
Esta é a minha opinião.

VINHA UNNA PINOT NOIR EVOÉ 2015

VINHA UNNA PINOT EVOÉ NOIR 2015
FlávioMPinto
Evoé, assim se chama o grito das ninfas gregas.
Mais um vinho natural da Vinha Unna, de Pinto Bandeira,  com seu modo biodinâmico de produção. Vinhedos sustentáveis que produzem vinhos sem qualquer interferência externa. É o vinho no seu melhor estado de produção. Vinho puro.
De cor violeta clara, bouquet reduzido, pouco aromático. Boa transparência.
Na boca apresenta sabores frutados bem suaves. Taninos bem definidos e macios.
Untuoso, mas não me parece ser de guarda, posto que seu teor alcoólico é de 12,8% e não se enquadra no perfil desse tipo de vinhos.
Um final com retrogosto curto.
Esta é a minha opinião.

VINHA UNNA CAIXA DE PANDORA 2015

VINHA UNNA CAIXA DE PANDORA 2015
FlávioMPinto
Um Cabernet Sauvignon muito diferenciado. Feito de uvas passificadas no pé.
Uma cor violeta opaca e bordas atijoladas nos dá a idéia de que o vinho está passado, mas a cor é assim mesmo, fruto da tipicidade das uvas, que são passificadas. As bordas alaranjadas nos indicam essa situação.
Pouco aromático, se apresenta na boca como um vinho leve.
O baixo teor alcoólico com a vinificação das uvas passificadas nos dá um contraste ímpar. Uma verdadeira Caixa de Pandora nos esperava.
A vinícola biodinâmica de Pinto Bandeira inova e nos dá um vinho diferente dos passificados italianos, por exemplo. Um vinho leve, pouco alcoólico.
Esta é a minha opinião.

domingo, 8 de novembro de 2015

DON GUERINO VINTAGE MALBEC 2014

DON GUERINO VINTAGE MALBEC 2014
FlávioMPinto
Para os menos avisados, os aromas nos levam a um robusto Cabernet Sauvignon, considerando os aromas fortes frutados de cerejas maduras.
Bom cartão de visitas  com uma cor violácea forte, bem marcante e definida.
Lágrimas pronunciadas anunciando sua untuosidade e teor alcoólico. Um bom vinho já de saída embora jovem.
Na boca revela-se bem frutado com morangos, sabores de essências exóticas, especiarias, hortelãs, pimentas rascantes, mostardas, laranjas, sim,laranjas indelevelmente.
Um toque floral para lembrar que é um Malbec  argentino com toques e sotaques bem brasileiros  e gaúchos.
Complexo, contempla um espectro muito vasto de sabores.
Um belo vinho com teor alcoólico de 13% que não passa ao conjunto. Aparenta teor alcoólico maior.
Destaque para alcaçuz e tabaco denunciando a passagem por madeira.
Muito equilibrado e harmônico. Taninos bem presentes. Estruturado, mas ao mesmo tempo leve  embora potente. Meio xucro ainda. Precisa ser domado.
Não aparenta ser um vinho gastronômico. Acredito que tenha um bom potencial de guarda, pois ainda se mostra verde, não amadurecido. Com taninos esperando atacar mas não trincam os dentes.
Vamos ver se uma aeração o modifica.
De fato, 24 horas depois de aberto se acalma um pouco, ficando mais suave, mais palatável. Mas como saber de antemão que precisa ser muito bem oxigenado? Deveria constar do rótulo? Acredito que sim. Obrigatoriamente. Esta informação os enólogos do fabricante possuem e deveria passar ao público consumidor.
Um bom vinho para ser degustado com sucesso por quem conhece o metier.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

DON ELIAS CABERNET SAUVIGNON 2012

DON ELIAS CABERNET SAUVIGNON 2012
FlávioMPinto
Don Elias Figueroa aposentou-se dos campos futebolísticos e dedicou-se na sua terra, o Chile, ao cultivo de vinhas. Este é mais um produto do renomado zagueiro.
Um vinho de cor violácea forte, exalando aromas frutados de frutas vermelhas como cerejas e morangos.
Poucas lágrimas, pouca untuosidade. Bem suave na boca, macio, fácil de se gostar e agradável como a maioria dos vinhos chilenos exportados para o Brasil. Muito comercial. Um vinho sem muitos atrativos além dessa adaptabilidade ao gosto da maioria do povo brasileiro.
Taninos bem resolvidos, sem rugosidade ou qualquer aresta para degustar. Para o dia-a-dia sem segredo nenhum. Aliás, o Don Elias não trás nenhum segredo. É um vinho simples, honesto, bem padrão Cabernet Sauvignon. Não dá sustos. É de confiança. Representa bem a casta.
Deixa um final curto e frutado.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

DON ELIAS CLASSICO CARMENERE 2012

DON ELIAS CLASSICO CARMENERE 2012
FlávioMPinto
Um vinho chileno muito especial. Da Viña El Aromo, é feito com uvas Carmenére, do Vale Central. De cor carmin forte, boa transparência. Tem aromas fortes frutados de groselhas. Poucas lágrimas indicando pouca untuosidade.
Feito sob a tutela de Don Elias Figueroa, famoso zagueiro do SC Internacional de Porto Alegre.
Os  13,5% de teor alcoólico passam para o conjunto deixando-o forte e , é claro, mais alcoólico. A madeira ameniza um pouco sua agresividade, com certeza pela juventude. Taninos bem presentes deixando marcas de maças verdes bem definidas. Trinca os dentes. Deve passar por uma boa aeração para se acalmar. Obrigatoriamente.
Depois de respirar um pouco, ou da aeração,  mostra-se bem mais macio, aveludado, calmo, sem rugosidades ou pontos agressivos. Até lágrimas pronunciadas surgem na taça. também sabores de framboesas, flores silvestres, especiarias.
Muito cuidado com o Don Elias, portanto. Cuidado com os cotovelos do Don Elias!
Não o deguste logo. Acalme o zagueiro.Mostre que você é o juiz e está atento as suas artimanhas.  Deixe-o passar por uma boa aeração para torná-lo mais suave e palatável, ou abra-o e consuma no dia seguinte. Deixe-o respirar por uns 15 minutos, tampe e consuma no dia seguinte. O resultado é bem satisfatório e surpreendente se o degustou logo após abrir a garrafa.
Um vinho extremamente honesto, simples e de excelente custo-benefício. Muito barato. Bem no estilo dos vinhos chilenos exportados para o Brasil.
Esta é a minha opinião.

ANGELICA ZAPATA CABERNET SAUVIGNON 2011

ANGELICA  ZAPATA CABERNET SAUVIGNON 2011
FlávioMPinto
Nicolás Catena Zapata decidiu colocar o nome de seus familiares nos seus produtos e este é o de Angelica Zapata, sua mãe e origem da segunda geração dos Catena- os Catena Zapata.
Também é o nome de um antigo vinhedo desenvolvido por seu pai,Domingo, em áreas de altitude nos Andes. Era um vinhedo originário de um cuidado especial de seu pai, que vingou depois de muitos sacrifícios, que recomendavam não colher para não ter prejuízo. Mas o vinhedo vingou e foi fazer frente aos melhores Bordeaux em degustações ás cegas nos Estados Unidos. E sempre chegou ou em primeiro ou segundo lugar vencendo o desafio.
O ANGELICA CATENA ZAPATA CABERNET SAUVIGNON 2011 é um vinho delicado, elegante e que mostra toda a trajetória vencedora dos Catena Zapata. Aonde quer que vá leva muita sofisticação, elegância  e refinamento só encontrados nos melhores vinhos de Bordeaux.
Um vinho muito aromático que, embora seja um Cabernet Sauvignon , lembra muito os Merlots de Saint Emilion.
Leve e medianamente encorpado, de cor forte violácea, com teor  alcoólico chegando a 14%, deixa marcas no território. Um vinho de presença marcante. De personalidade e caráter bem definidos. Não passa incólume.
Deixa um final marcante, frutado e longo.
Esta é a minha opinião.

EL ENEMIGO BONARDA 2011

EL ENEMIGO BONARDA 2011
FlávioMPinto
Os tintos da linha El Enemigo da Catena Zapata já estão se tornando vinhos Cult mundo afora pela sua qualidade e exclusividade.
Este Bonarda, uma uva que está se destacando no plantio das viníferas na Argentina, já recebeu 90 pontos de Robert Parker em recente avaliação.
De cor grená profunda, com muito brilho e transparência, é um exemplar complexo nos aromas e sabores.
Com lágrimas bem pronunciadas é untuoso e rústico. Nada sofisticado e pouco elegante, embora muito estruturado.
Muito duro e de difícil entendimento.
É um vinho forte, tânico e muito aromático.
Terroso, demarca território.
Deixa um final bem frutado e longo.
Esta é a minha opinião.

ANIMAL MALBEC 2013

ANIMAL MALBEC 2013
FlávioMPinto
Este vinho é de Ernesto Catena, um dos rebentos de Nicolás Catena. Para produzir seus vinhos, Ernesto criou a Tikal, uma vinícola que só produz vinhos orgânicos. Não seguiu a linha dos seus pais, mas os persegue em qualidade.
Este Animal Malbec 2013 é um vinho de cor grená  e pouco frutado de aromas.
Compensa esse pouco aroma com sabores cálidos e agradáveis. Um pouco de morangos e chocolates junto com especiarias fazem o caldo.
É um pouco tânico e seus 13,7 % de teor alcoólico  deixam leves marcas, aparentando bem menos.
Um vinho leve. Nada complexo.
Um orgânico de primeira linha.
Deixa um final curto.
Esta é a minha opinião.

ALAMOS MALBEC 2014

ALAMOS MALBEC 2014
FlávioMPinto
Um verdadeiro achado. O encontramos numa degustação na Fundação ECARTA com vinhos argentinos.
De cor grená profunda e aromas salientes de frutas vermelhas , como morangos.
É muito elegante e sofisticado, com ares de Bordeaux, origem da casta.
Os 13% de teor alcoólico não passam ao conjunto deixando-o até leve e fresco.
Taninos bem estruturados não deixando marcas . Medianamente encorpado. Um vinho com excelente estrutura e fácil de se gostar.
Deixa um final longo e agradável.
A Malbec é a mais emblemática uva tinta argentina e seu carro chefe na produção vitivinícola internacional. A Alamos faz parte do conglomerado vitivinícola Catena Zapata, de renome internacional.
Esta é a minha opinião.

ALAMOS TORRONTÉS 2014

ALAMOS TORRONTÉS 2014
FlávioMPinto
A Torrontés é a mais emblemática uva branca da Argentina e este exemplar da Alamos, ganhou 88 pontos da Wine Spectator em 2013 e 89 em 2014. Portanto, um branco de respeito e que bem representa a vinicultura argentina, credenciando-se como o melhor argentino branco de 2014.
É um vinho amarelo palha com reflexos esverdeados estilo champagne. Muito complexo e de bouquet cheio e rico.
É equilibrado e com ótima acidez.
Na boca, evidenciam-se sabores de hortelã, laranjas maduras, limões sicilianos, melão e grapefruit. Um festival de sabores frutados. Destaca-se , também, um pouco de florais.
É elegante e muito aromático.
Os 13,5% de teor alcoólico o deixa bem distinto.
A Alamos é uma vinícola da família Catena Zapata argentina.
Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

MAPU CABERNET SAUVIGNON CARMENÉRE 2013

MAPU CABERNET SAUVIGNON CARMENÉRE 2013
FlávioMPinto
Mais um produto da excelente vinícola chilena Baron Philippe de Rothschild , que trouxe da França toda tecnologia e experiência na produção de grandes vinhos. Mapu, em dialeto mapuche significa “terra”, e o vinho, de acordo com a vinícola, expressa toda a terra mapuche.
É um vinho de cor escarlate, forte, com aromas de frutas vermelhas como groselhas. Um bouquet agradável bem no estilo de um Cabernet.
Na boca, outros sabores se destacam como chocolate e amoras. Um vinho bem fresco e agradável de beber.
Taninos bem resolvidos,  não apresenta nenhuma rugosidade, sendo macio e delicioso de degustar. Agrada pela elegância , e singeleza na combinação das uvas, onde desponta um quê de sofisticação oriunda da nobreza da vinícola.
A Carmenére se faz presente nos sabores um pouco achocolatados.
Medianamente encorpado. Deixa um final bem marcante e frutado com groselhas e framboesas.
Um vinho com um custo-benefício excelente. Não parece o que custa.
Esta é a minha opinião.
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terça-feira, 13 de outubro de 2015

CALVET RESERVE DES REMPARTS SAINT EMILION 2007

CALVET RESERVE DES REMPARTS SAINT EMILION  2007
FlávioMPinto
CALVET é um grande produtor francês de vinhos de alta qualidade. Possui vinhedos em toda França e das mais diversas castas.
Este Calvet Saint Emilion 2007 é um Bordeaux bem típico. Vem do Dordogne,da vila de Landiras, da região de Saint Emillion, uma pequena vila medieval a beira do rio que abraça Bordeaux e vai desaguar no estuário do Gironde no Atlântico.
Cor violeta , com bordas quase alaranjando, informando que não está na sua melhor forma.
Aromas de groselhas fortes e perfumadas saem da garrafa após aberta, claro. Lágrimas pronunciadas denunciam sua untuosidade e potencial de guarda.
Na boca revela-se um Merlot muito bem resolvido. Taninos bem medidos e controlados. Medianamente encorpado e apimentado para um Merlot.
Elegante, embora um pouco alcoólico. O teor alcoólico de 12%  aflora demarcando território.
Deixa um final com baunilhas.Um vinho para poucos.
Esta é a minha opinião
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domingo, 27 de setembro de 2015

MANCURA ETNIA CARMENÉRE 2014

MANCURA ETNIA CARMENÉRE 2014
FlávioMPinto
Mancura é o nome do grande condor dos Andes chilenos, ave símbolo da civilização pré-colombiana.
Já o vinho Mancura Etnia Carmenére 2014 possui uma cor Carmin forte e aromas frutados de frutas vermelhas como groselhas.
Na boca se revelou um Carmenére diferente, pois apresentava pimentas e uma certa agressividade, talvez por ser jovem. Mas acalmou-se na progressão na taça. Sabores frutados de framboesas surgiram junto com os de groselhas.
De boa persistência, taninos bem definidos. Os 13% de teor alcoólico contribuem para deixá-lo suave e bem fácil de beber.
Deixa um retrogosto bem agradável e frutado.
Esta é a minha opinião.
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ALMADÉN GEWURZTRAMINER 2014

ALMADÉN GEWURZTRAMINER 2014
FlávioMPinto
Recalcitrei muito em degustar esse vinho, mesmo com boas indicações de amigos. Tem tudo a ver com a política errática de como tratar seu produto na filial de Livramento por parte do Miolo Group. De uma hora para outra produtos excelentes passaram a ser tratados como da pior espécie pela própria firma que não lhes deu o valor que tinham no mercado nacional. Os vinhos da Almadén passaram a ser os da linha popular e mais baratos da produtora e destinados a um público não muito chegado a vinhos ou recém iniciados ou não entendem nada.
Um amigo me confidenciou-“ prove, pois apenas se escaparam esse Gewurstraminer, o Sauvignon Blanc e o Tannat Vinhas Velhas”.
E aí fui.
Tampa screw cap já prenunciando consumo rápido, abri. Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, aromas de flores bem fortes com rosas predominando.
Na boca não foi diferente: as rosas continuaram a dominar, como todo bom Gewurztraminer,  mas com a companhia de sabores  frutados de melões maduros. Um pouco de abacaxis maduros também.  Bem cítrico, e com boa acidez.
Um vinho bem delicado e fácil de beber  e de se gostar. O teor alcoólico de 12%  o deixa bem agradável. Não é enjoativo ao se degustar mais de um gole rapidamente.
Pelo menos para mim, penso que o Almadén Gewurszraminer passou no teste. Gostei. Uma ótima opção para os dias quentes. Um vinho barato, mas que esconde toda complexidade da cepa alsaciana.
Esta é a minha opinião.
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terça-feira, 8 de setembro de 2015

BATISTE DE VIGNAC 2013

BATISTE DE VIGNAC BORDEAUX 2013
FlávioMPinto
Um vinho francês de boa qualidade. De cor escura, firme, violácea forte, exala aromas de framboesas.
Um perfeito assemblage de Merlot, Cabernet  Sauvignon e Cabernet Franc, bem ao gosto bordalês.
Medianamente encorpado, vem de Blanquefort, no estuário do Gironde.
Elegante, equilibrado e apresentando as melhores qualidades das uvas que compõem o blend.
O teor alcoólico de 12 %  não passa ao conjunto. Bem frutado com os sabores de framboesas maduras aflorando.Deixa um final agradável e frutado.
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sábado, 22 de agosto de 2015

ALMADÉN RESERVA ESPECIAL CABERNET SAUVIGNON 2005

ALMADÉN RESERVA ESPECIAL CABERNET SAUVIGNON 2005
FlávioMPinto
Um dos últimos grandes vinhos feito pela  Almadén, ainda sob comando da Pernod Ricard. Digo extinta, pois os grandes vinhos são passado distante para aquela indústria vinícola que já foi ícone na vitivinicultura brasileira e que parece ter esquecido de fazer grandes vinhos.
Ao destampar a garrafa, a rolha muito bem conservada, saíram belíssimos aromas de framboesas maduras que inundaram a cozinha, já prenunciando o que vem pela frente. Vamos deixá-lo decantando de hoje- 18 de agosto, 21 hs, até amanhã.
Hoje, 19 de agosto de 2015-1200 horas, o Almadén Reserva Especial Cabernet Sauvignon 2005 sai de sua clausura de mais de 10 anos e vai para o consumo.
Cor violeta com halos também violáceos, não revela sua idade. Lágrimas bem pronunciadas anunciando sua untuosidade. Já bem acalmado, deixando para trás a agressividade da jovialidade, apresenta-se suave, sem rugosidades e taninos quase que desapercebidos. Mentolado, já sem o resquício da madeira, mostra-se a descoberto. Traços muito fortes de cassis, framboesas, groselhas e balsâmicos.
Cálido, bem acolhedor.
O teor alcoólico de 12% se fez presente, deixando uma suave marca.
Um vinho já caminhando para seu ocaso, mas que deixa sua marca bem forte. É como aquelas senhoras bem conservadas que não querem revelar suas idades.
Costumo degustar uma garrafa em quatro dias e este, a partir do terceiro dia se mostrou completamente diferente. Pareceu ressuscitar. Um frescor indefectível e um sabor de Cabernet bem jovem apareceram. Lágrimas parcimoniosas surgiram e revigorou-se sua tanicidade com sabores de morangos e cerejas maduras na boca. Incrivelmente um novo vinho surgiu. O mentolado desapareceu. Um vinho magistral apareceu.
Uma elegância e um perfil aristocrático que estava escondido e não revelado surgiu.Talvez eu não tenha feito uma boa aeração, não permitindo que o vinho se oxigenasse como deveria. Com certeza foi isso.
 O Almadén Reserva Especial Cabernet Sauvignon 2005 agora se apresentava como um outro vinho potente e estruturado. Mas uma pena, pois este produto não vem mais. Agora é só saudades.  
Foi a maior prova de que podiam ser feitos vinhos de exceção na fronteira gaúcha.
É a prova de que podem ser feitos vinhos de qualidade indiscutível com a matéria prima que se tem ás mãos: os espetaculares e antigos vinhedos de Cabernet Sauvignon de Palomas/Livramento.
Vinhos baratos e de saída rápida não trazem nem agregam tradição e qualidade á cultura vitivinícola e aspectos essenciais ao vinho.

 A vitivinicultura sobrevive com grandes produtos e tradição, aristocracia, cultura.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

CHÂTEAU MONT-REDON 2008 CHÂTEAUNEUF DU PAPE

CHÂTEAU MONT-REDON CHÂTEAUNEUF DU PAPE 2008
FlávioMPinto
Feito a quatro gerações em um terroir muito singelo no Vale do Rhône.
Um tradicional Châteauneuf. Cor violeta , aromas de frutados  bem salientes. Framboesas, cerejas, amoras.
As uvas que compõem o blend- Grenache, Syrah, Mourvédre, Cinsault, Counoise, Mouscardin e Vaccarése, fazem parte do blend Châteauneuf Du Pape.
Medianamente untuoso representado nas lágrimas furtivas.
Na boca o delicado sabor de alcaçuz realça o frutado.
Medianamente encorpado, taninos bem domados e integrados no conjunto, boa acidez.
Bem estruturado e harmônico. Um ótimo vinho.
Deixa um final bem agradável.
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sábado, 1 de agosto de 2015

A INFIDELIDADE A UM VINHO

A INFIDELIDADE A UM VINHO
FlávioMPinto
Nada melhor do que uma boa surpresa ao degustar um vinho. Além de ser uma excelente companhia, o vinho nos brinda  com a incerteza somente decifrada nos primeiros goles.
Muitas são as pessoas que são fiéis a um produto. O medo do desconhecido é um grande trauma humano. Temos horror aquilo que nos foi desagradável e a situação oposta absolutamente verdadeira.
Com o vinho não seria diferente. A grande diferença é que o vinho só pode ser avaliado após aberto, ou seja, após a compra, no sossego do lar, ou num restaurante, sentir seu valor positivo ou negativo para nós.
Mesmo com a quantidade de informações existentes no comércio, bares, restaurantes,  muitas são as pessoas que se assustam ao se depararem com uma carta de vinhos e encontram dificuldades em escolher.
Por isso sempre bebem o mesmo. Sim, bebem e não degustam como deveriam.
Sair da mesmice e aventurar-se na busca de novos sabores é algo muito gratificante, melhor ainda quando nos deparamos com um vinho que desconhecíamos e que nos trás enorme satisfação.

terça-feira, 21 de julho de 2015

MADONNA PROSECCO DOC

MADONNA PROSECCO DOC
FlávioMPinto
Um espumante bem italiano. A uva Prosecco, do Vale do Vêneto, nos brinda com fantásticos produtos.
Amarelo palha, com toques esverdeados, 11% de teor alcoólico, suave, nos apresenta cítricos bem pronunciados nos aromas.
Na boca, bem mineral, com boa acidez que enche a boca. Maças verdes e laranjas em destaque.
Deixa um final bem mineral e agradável.
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segunda-feira, 20 de julho de 2015

PORQUE ESPUMANTCHE!

PORQUE ESPUMANTCHE!
FlávioMPinto
Estávamos numa degustação com o grupo do Núcleo Cultural do Vinho na Fundação ECARTA- Porto Alegre,  quando surgiu o assunto espumantes e uma confrade-Angela Pagot, levantou  , no meio da discussão, o nome Espumantche.
Para mim foi como um amor á primeira vista. Gostei e passei a divulgá-lo onde quer que fosse. Numa das postagens na Internet, um conhecido , da área dos vinhos, me questionou “porque a vinícolas ainda não haviam pensado nisso”.
Sim, um nome ao nosso espumante. O espumante é o único vinho que leva nome próprio e , no Brasil, sua origem é o Rio Grande Sul com a colônia italiana, tanto que a Peterlongo, homologou o nome Champagne muito antes da Appellation francesa, sendo a única vinícola no mundo que produz Champagnes fora da região de Champagne.
O Champagne é um vinho diferenciado, o mais sofisticado de todos os vinhos. Leva com ele toda história da região produtora como um atrativo junto do seu inigualável aroma e sabor.
O Rio Grande do Sul se caracteriza por ter um povo diferenciado. Vale dizer que a carne seca aqui tem nome. É charque e faz o prato mais típico do Estado: o arroz de carreteiro. Já no norte do país essa mesma carne seca chama-se simplesmente carne seca.
Espumantche leva o Tche do gaúcho. Palavra tão cara no trato  diário como na tradição do Estado.
Chamar um produto absolutamente nosso- 99% da produção brasileira  é no Estado- com um nome que o identifica com nossas tradições é um achado.
 Muito feliz foi a confrade quando se referiu ao espumante como ESPUMANTCHE!. O pessoal das áreas de marketing das vinícolas e associações poderão encontrar outros motivos ainda maiores para adoção desse nome.
Que ele levará  a tradição do Rio Grande onde passar é inegável. Assim como o Champagne e a Cava.
Que chamemos o nosso espumante por Espumantche e que seja mais um motivo de orgulho gaúcho!