domingo, 17 de junho de 2012

BELAVISTA ESTATE BUENO PINOT NOIR 2011


BELAVISTA ESTATE BUENO PINOT NOIR 2011
FlávioMPinto
Já na embalagem a confirmação de que é um vinho para se beber já: a tampa screw cap e feito por quem sabe, visto a garrafa padrão Borgonha.  Sim, de cara a indicação de consumo, mas poucos sabem. Essa tampa já dá a indicação de consumo imediato. Não o guarde para degustar depois.
A uva Pinot Noir, uva de cascas finas, é originária da Borgonha, seu berço. Lá divide seu reinado com a Chardonay.
Um vinho leve para ser consumido jovem. O Bueno já trás isso no seu rótulo e tampa.
Sua cor não é um violeta forte, é até meio opaco, característica da cepa, mas possui um perfume inconfundível de flores que inebria. Lágrimas fugazes indicando que não é sedoso, mas de um teor alcoólico adequado-13,5%. Um pouco enfumaçado indicando a passagem por madeira. Pequena, por sinal.
Um vinho leve, elegante, muito perfumado, pouco encorpado, embora marcante. Destaque também para sua pouca tanicidade, uma característica da Pinot Noir.  Na realidade ela marca presença por sua suavidade. Sabor de cerejas frescas muito presente deixa o vinho bem frutado.  
É um vinho descompromissado e com um frescor ímpar, o que o indica para reuniões informais tipo happy hour.
Deixa um retrogosto duradouro.
Mais um Golaço do Galvão Bueno. Um excelente vinho. Um Pinot Noir de respeito.
 Deguste-o refrescado como se fora um vinho branco. Esta é a minha opinião.

DEGUSTAR , DESFRUTAR E MERECER


DEGUSTAR , DESFRUTAR  E MERECER
FlávioMPinto
Você já se imaginou se preparando para abrir e beber um Premiére Gran Cru Château  Margaux? Ou um Sauternes Pauillac? Ou mesmo um L’Hermitage lá de Côtes du Rhône?
Que tal um Château Haut-Bryon?
Que momento mágico combinará com tal?
Como preparar-se para tal momento? Sem dúvidas, no mínimo uma taça de cristal, não?
Um terno caprichado, um mordomo de luvas....uma música do Yanni no tocador de músicas e por aí vai. Uma preparação sobre o que se vai beber , principalmente um vinho importante, é algo muito salutar. Podemos dar um pulo na História, na Geografia e porque não na Filosofia? Boas maneiras, elegância, ih, já estamos longe.
Sempre digo que vinho rima com sofisticação. É a bebida dos deuses,  reis e rainhas mundo afora, historicamente.
E acredito que merecemos tal honraria. Fazemos por merecer.

sábado, 16 de junho de 2012

CHÂTEAU LES MILLAUX PRESTIGE 2009


CHÂTEAU LES MILLAUX PRESTIGE 2009
FlávioMPinto
Mais um filho dileto das margens do Dordogne. É de Bordeaux Supérieur, de um vinhedo entre Saint Emillion e Bordeaux. Lá impera a Merlot.
Vem, mais especificamente de Saint Martin du Bois, uma pequena comuna da Aquitânia com pouco mais de 500 habitantes segundo censo de 1999. Não deve ter crescido muito até os dias de hoje. De lá, o Domaines Les Millaux produz  seus vinhos tintos maravilhosos.
É de uma cor escura, forte, com bouquet reconhecido da Merlot. Suave, perfumado. Feito de Merlot(70%), Cabernet Franc(15%) e Cabernet Sauvignon(15%). De lágrimas rápidas.
Na boca destacam-se sabores frutados característicos de framboesas e cerejas maduras e outros sabores exóticos. Seu teor alcoólico-14%- casa bem com o médio corpo. Um vinho elegante de boa presença mesmo com o médio corpo e média tanicidade. Macio, aveludado, muito fácil de degustar. Não é muito complexo .
Deixa um retrogosto muito duradouro e marcante.

domingo, 10 de junho de 2012

CHÂTEAU CHENU-LAFITTE 2009


CHÂTEAU CHENU-LAFITTE 2009
FlávioMPinto
Um vinho interessante de Bourg-sur-Gironde, localidade situada a norte do encontro do Garone e Dordogne, na margem direita do Gironde. Poucas referências no rótulo nos fazem rodar a taça na procura de suas origens exatas e composição vinífera. Sem dúvidas que é um blend bem bordalês. A única referência á mostra é que pertence a Appellation Bordeaux Controlée, algo que já lhe dá credibilidade.  
A começar a avaliação pela cor e bouquet , vemos que é de um vin rouge de ricos aromas, frutados, no entanto pouco perfumado, não exalando o rico aroma que normalmente os filhos de Bordeaux liberam. O teor alcoólico de 13% exibe lágrimas rápidas e pouco generosas.
Na boca, mostra-se elegante, fino, e de taninos bem definidos. Na minha avaliação, destaca-se a Cabernet Sauvignon, pois não é macio nem sedoso o que nos levaria á preponderância da Merlot. A própria localização de Bourg-sur-Gironde já indica a preponderância da Cabernet Sauvignon. Apresenta-se um pouco picante, mas nem tanto, apenas de leve. Assim como uma breve passagem por carvalho se mostra presente também levemente.
Um retrogosto curto e um pouco abaunilhado, mas com tendência a cerejas.  Um vinho de corpo médio, pouco marcante na sua trajetória, embora o sobrenome Lafitte leve a vinhos mais significativos e marcantes.
A vinícola foi comprada por chineses em 2010