quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ESPUMANTE CASA PERINI MOSCATEL BRUT

ESPUMANTE CASA PERINI MOSCATEL BRUT
FlavioMPinto
Não foi á toa que este espumante brasileiro foi destacado com o posto de 1º espumante em última mostra de vinhos na Europa, da WRW&S/Ranking Mundial de Vinhos e Destilados. Na realidade foi o 5º vinho, mas o primeiro espumante, deixando para trás marcas famosas e tradicionais. 
Elaborado com uvas moscatéis da região de Indicação de Procedência de Farroupilha-RS.
De cor levemente rosada, tem uma perlage fina, delicada e fugaz, denotando, já de cara, sua qualidade.
Apresenta aromas cítricos de pêssegos e de flores num equilibrio muito delicado.
Na boca, a moscatel se faz presente com seu adocicado, mas leve e nada enjoativo, pois o espumante é do tipo Brut, muito seco e elegante. 
Deixa um retrogosto muito bom e persistente.

Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE CASA VALDUGA RSV PROSECCO

 
FlávioMPinto

Um espumante delicado de cor amarelo palha com reflexos esverdeados. 
Feito pelo modo tradicional-Champenoise- com a segunda fermentação na garrafa. Ficou nas caves subterrâneas durante 12 meses maturando.
Perlage fina e muito presente.
Aromas da frutas cítricas bem marcantes. Limões, laranjas-lima e lixias. A uva Prosecco nos dá excelentes espumantes. 
Na boca confirmam-se os aromas transformados em sabores de frutas cítricas. Muito elegante e sofisticado. 
Um bom equilíbrio entre a acidez e o teor alcoólico de 11,5%.
Deixa um retrogosto muito longo e agradável.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

RAR MERLOT RESERVA

RAR MERLOT RESERVA
FlávioMPinto

O RAR é um produto da associação do desejo de Raul A.Randon, empresário gaúcho do ramo metalmecânico, de produzir vinhos junto do Grupo Miolo. 
As uvas são provenientes de suas plantações na região de Campos de Cima da Serra, no norte do Rio Grande do Sul. Um novo e proeminente terroir próximo de Vacaria e Muitos Capões a 1000 metros de altitude. Um terroir de altitude e clima frio. Diferenciado.
Este RAR Merlot Reserva se apresenta com uma cor rubi forte e aromas de baunilhas bem definidos. De lágrimas parcimoniosas indicando sua untuosidade. Muito intenso. 
Na boca é macio, fácil de degustar, e muito encorpado.
Seus 13,5% de álcool dão uma elegância e um equilíbrio ímpares. Sabores de amoras maduras, chocolates, ameixas maduras. Complexo e frutado. Taninos presentes e marcantes.  A passagem por madeira não deixou marcas.
Não sei qual foi a intenção da RAR em não safrar esse vinho e ao mesmo tempo colocar tampa screw cap. Consumo rápido? Mas tudo indica um bom vinho de guarda.
Um vinho muito delicioso e agradável de degustar. 
Deixa um final longo e frutado.

Esta é a minha opinião.

sábado, 9 de dezembro de 2017

DUNAMIS COR MERLOT CABERNET SAUVIGNON 2012

DUNAMIS COR MERLOT CABERNET SAUVIGNON 2012
FlávioMPinto

A visita ao quiosque da Dunamis na estrada Porto Alegre-Gramado rendeu muito. Tivemos a oportunidade de degustar e conhecer de perto mais produtos da jovem vinícola de Dom Pedrito.
De acordo com o marketing, são produtos descomplicados e simples, fáceis de degustar.
Este Cor 2012 é de uma cor violeta forte e esbanja aromas de compotados, como morangos e outras frutas vermelhas,  ao ser desarrolhado. 
Muito untuoso, detalhe informado por suas lágrimas parcimoniosas.
Seus 12% de teor alcoólico o deixam muito gastronômico e fácil de degustar. Cálido e encorpado, o fazem , na boca, um produto simples e nada agressivo. 
Muito complexo com destaques para chocolates, canelas, compotas vermelhas e uma boa acidez. A rolha screw cap nos conduz a ideia  para consumo rápido após aberto. 
Encorpado e pouco tânico revelando a boa fermentação no seu processo de fabricação.
Muito equilibrado não permitindo que nenhum fator se destaque. Álcool, taninos, aromas e sabores se equilibram. 
Deixa um final médio.

 Esta é a minha opinião
o

ESPUMANTE AR DUNAMIS ASTI MOSCATEL BRUT

ESPUMANTE AR DUNAMIS ASTI MOSCATEL BRUT
FlávioMPinto

A jovem vinícola de Dom Pedrito continua a nos brindar com produtos competentes e inovadores.
Agora nos trás esse Moscatel Brut feito pelo método Asti.
Fresco, com perlage fina, rápida e volumosa demonstrando sua qualidade, esbanja aromas cítricos. 
Um adocicado e algo de flores toma conta do ambiente após o desarrolhar do Ar Moscatel Brut.
A Dunamis, como muitas vinícolas está investindo na característica Brut de seus espumantes, com certeza para retirar o aspecto enjoativo adocicado de sua degustação prolongando o regozijo e emoção de sua degustação.
Na boca sobressaem sabores adocicados cítricos de frutas vermelhas maduras e compotas. 
Um show de complexidade, mas também muito estruturado e equilibrado satisfazendo os degustadores. 
Acredito que as vinícolas gaúchas e brasileiras acertaram a mão na uva Moscatel produzindo espumantes de muita qualidade. O terroir facilita essa atitude.
Deixa um final marcante e frutado.

Esta é a minha opinião.

DUNAMIS CHARDONNAY 2016

DUNAMIS CHARDONNAY 2016
FlávioMPinto

O Chardonnay de uma das mais novas vinícolas da região da campanha gaúcha chega esbanjando categoria, finesse, vitalidade e graça.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, bem chardonnay, exala aromas frutados cítricos. 
Límpido, transparente, bem agradável aos olhos.
Na boca, manifestam-se, os cítricos, totalmente com limões sicilianos, maças verdes, peras, abacaxis. 
Não passam despercebidos os sinais de pão torrado, típico e marcantes da cepa.
A Dunamis é uma vinícola jovem de Dom Pedrito-RS, na Campanha gaúcha. Produz vinhos inusitados e competentes..
 Esse Chardonnay é elegante e muito estruturado, apesar de não apresentar traços de adocicado e sim uma leve acidez cítrica. 
O teor de 12% de álcool se faz de maneira indelével deixando o frutado reinar. 
Um vinho muito bem equilibrado, destacando-se a complexidade de sabores.
É muito persistente com um final bem pronunciado.

Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O PRESTÍGIO DOS VINHOS NACIONAIS

O PRESTÍGIO DOS VINHOS NACIONAIS
FlávioMPinto

Ultimamente ando dando ares de garoto propaganda dos vinhos nacionais. Aliás, não é de hoje. Poucas pessoas estão a par da luta corajosa dos produtores nacionais. Parecem ser e encarnar a disputa de Don Quixote contra os castelos de ventos ante os obstáculos que enfrentam. 
O primeiro inimigo, e quem mais deveria protegê-los, é o governo brasileiro, que os sobretaxa em mais de 60%!
O segundo inimigo, patrocinado por emendas parlamentares de brasileiros, que é bom que se diga,  são os vinhos argentinos e chilenos que aqui competem sem pagar impostos. Vinhos da mesma qualidade que os nacionais, alguns piores, mas que se sobressaem no mercado, pelo baixo preço.
O terceiro inimigo é a mentalidade mística da superioridade dos produtos importados. Neste ambiente insano sobrevivem os produtores nacionais.
Digo que ando dando ares de garoto propaganda quando vejo nos supermercados compradores com carrinhos cheios de espumantes estrangeiros caros. Me intrometo e pergunto se sabiam que o melhor espumante , atualmente do mundo, é brasileiro e está na sua frente e não acreditam.
Pouco, ou quase nada saiu na mídia brasileira sobre a vitória do Espumante Moscatel Brut da Casa Perini na última avaliação de vinhos na Europa- 2017. Um espumante delicado e competente pela feliz escolha da Casa Perini em dotar o Moscatel da qualidade alcoólica Brut, que tira um pouquinho do adocicado e do sabor enjoativo, quando muito ingerido. 
Sim, ele foi o 5º colocado na Amostra e o 1º espumante, passando para trás marcas famosas , reconhecidas mundialmente e a séculos no ramo.
Falo isso para as pessoas, que me olham incrédulas, talvez não acreditando, mas o preço competitivo e a bonita apresentação da garrafa branca transparente do Moscatel nacional, acaba convencendo muitos. Espero que tenham degustado com orgulho esse brilhante produto brasileiro no aconchego do seus lares.

Essa vitória confirmou o prestígio do espumante nacional nos mercados mundiais e suas vitórias em inúmeros concursos e amostras internacionais. 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

TERROIR

TERROIR
FlávioMPinto
Nome muito conhecido no mundo dos vinhos, indica uma região específica dando origem a vinhos únicos e inéditos. 
Relaciona clima e geologia local gerando um universo distinto e característico. Exclusivo. São áreas pequenas,  e  seus frutos são impecáveis por sua qualidade( o terroir do Romanée Conti, na Borgonha, é de 2,3 hectares e produz um dos vinhos mais caros do planeta).
O universo dos vinhos baseia-se na exclusividade, pois vinho é uma bebida que não se bebe: degusta-se , sorvendo cada gole com as características  locais lembrando-se até da história. Aí entra o terroir como aspecto que faz a diferença. 
Os borgonheses já estão classificando um terroir mais qualificado e específico e o chamam de “climat”, englobando até o modo de plantio e modo de vida dos habitantes da região. Daí estão proliferando os vinhos orgânicos e os biodinâmicos, para o gáudio dos puristas.
Vinhos finos rimam com sofisticação, aristocracia, bom gosto, classe. Na França, berço maior dos mais famosos terroirs do planeta,  chama-se o vinho não pela cepa e sim pelo terroir. Quem não conhece e degustou um Bordeaux, um Graves, um Margaux, um Pomerol, um Sauternes ou mesmo um Tokaji hungaro?  O produto desses terroirs carrega a uva que o distingue. Até os assemblages são reconhecidos e chamados pelo nome do terroir!
A primeira AOC- Appellation d’Origem Controlée francesa foi  a Châteauneuf du Pape, um mix de 13 uvas, sendo 3 obrigatórias( Carignan, Mourvédre e Cinsault), que os produtores do Vale do Rhône chamam de “partitura musical”, como a relembrar as 13 notas musicais( são as sete mais as 6 semi). É chegar numa restaurante e pedir um Châteuneuf e não um blend de Carignan, Syrah, Mourvédre e outras!
No Brasil, chamado de Novo Mundo, no linguajar vinícola., ainda impera o caráter Varietal, ou seja, vinhos de uma uva só e não plenamente identificadas com o local, embora já tenhamos indícios de clara identificação. A uva Merlot é a que produz os melhores vinhos da Serra gaúcha, na Campanha se destacam a Tannat e as brancas, na região de Garibaldi o destaque são as brancas para os espumantes consagrados mundialmente. 
O terroir é isso: uma identificação inconteste do produto com a terra.


ARROGANT FROG RIBET RED 2014

FlávioMPinto
Jean Claude Mas é um dos muitos “enfants terribles” que sempre surgem no universo vitivinícola mundial.  Criativos, inusitados, não se conformam com a mesmice e inventam blends e tempos de presença na barricas e garrafas gerando vinhos diferenciados e únicos.
Este ARROGANT FROG é de Pézenas, da vinicultura orgânica e composto por uvas Cabernet Sauvignon e Merlot das cincos principais regiões do Pays d’Oc, o Languedoc no sul da França.
Ele já chega com uma cor violeta muito presente e aromas delicados de frutas vermelhas silvestres, como amoras, de bom agrado. Um vinho jovem de poucas lágrimas. 
A cápsula screw cap indica consumo sem período de guarda. Embora venha com uma proteção junto da cápsula para melhor vedação.
Na boca, o Arrogant Frog se mostra de fato como um sapo arrogante, impondo seu estilo com sabores de framboesas, amoras e morangos maduros, algo de chocolate, bem diferente de qualquer outro vinho do Languedoc. Complexo. Bem cálido e aconchegante, boa acidez indicando vertente gastronômica. 
Um vinho elegante, encorpado, com seus 13,5 % de álcool mostrando suas garras, mas não demarcando território. 
Mostra seu caráter ao ser instado a apresentar-se como vinho diferenciado. Notas de baunilhas e fumo no final longo.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ALMADÉN CHARDONNAY 2015

ALMADÉN CHARDONNAY 2015
FlávioMPinto
Vinho destacado na última Avaliação Nacional dos Vinhos se apresenta com uma cor amarelo palha com reflexos esverdeados. Aromas bem frutados , cítricos, e de flores brancas. 
Na boca destacam-se sabores de pão torrado, lixias, maça verde, melões verdes, abacaxi, uma profusão de cítricos mostrando a complexidade do Almadén Chardonnay. Não nega sua origem Chardonnay.
Um competente vinho branco, bem gastronômico como sua acidez indica, e ressaltando a competência do terroir de Santana do Livramento, mais especificamente Palomas, para o cultivo de uvas brancas. 
Delicado e fresco, é um bom acompanhante a pratos leves e também para degustar solo bem geladinho.
Esse Chardonnay mostra a história da Almadén. Os vinhos da Almadén, de ícones dos vinhos nacionais passaram ao grupo de produtos tratados como populares e  baratos pela empresa dona do negócio- a Miolo, vinhos de segunda categoria, mas o terroir implacável é como um riacho que foi desviado, e na primeira oportunidade recupera seu leito original. E é isso que acontece aos vinhos atuais da Almadén: naturalmente estão ocupando o lugar que sempre ocuparam por sua competência e respeito ao público vitivinícola brasileiro. 
O Almadén Chardonnay é assim mesmo: competente, agradável, apesar do rótulo incompatível com um vinho de sua qualidade. 
A Chardonnay é a rainha das uvas brancas e reverenciada mundo afora produzindo vinhos fantásticos, notadamente na sua terra, a Borgonha, onde reina em dupla com a Pinot Noir. E também na Champagne. 
Mas parece que encontrou seu chão na fronteira oeste do Rio Grande do Sul em região muito semelhante geologicamente a Champagne francesa: a Campanha gaúcha. Daí a aclimatação fantástica nessa região. 

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

CONCHA Y TORO WHITE ZINFANDEL 2016

CONCHA Y TORO RESERVADO WHITE ZINFANDEL  2016
FlávioMPInto
A Concha y Toro é a marca chilena de maior penetração mundial no mercado de vinhos. É um conglomerado gigantesco que explora todos os terroirs chilenos e leva seus produtos impecáveis a todo lugar. Das marcas mais simples as mais rebuscadas lá estão os chilenos.
O White Zinfandel de cor rosada e aromas frutados de frutas vermelhas frescas como pitangas, morangos e cerejas, já começa a nos ganhar nos aromas. Limões sicilianos também aparecem para dar mais um toque complexidade. Um turbilhão de aromas lembrando um Sauvignon Blanc surge no horizonte.
Na boca, quem surge para tumultuar mais ainda , são sabores frutados lembrando um bom Merlot. E agora….
E aí está a resposta do enigma: este vinho é de terroir californiano, da terra da Zinfandel americana: o Vale do Napa, revelando que a Concha y Toro já estendeu seus braços a outros terroirs!
Um vinho leve, de teor alcoólico de 10,5% , deixando-o muito elegante e também complexo pela profusão de sabores apresentados. 
Bem estruturado com excelente equilíbrio entre acidez , teor de álcool, doçura e sabores. De boa vocação  gastronômica, podendo até ser degustado solo ou com aperitivos. 
De excelente custo-benefício.

Esta é minha opinião.

domingo, 19 de novembro de 2017

THE WHALE CALLER WESTERN CAPE 2016

FlávioMPinto
Um vinho tinto de Shiraz e Cabernet Sauvignon da África do Sul, da cidade de Hermanus, no vale de Callers, rota de retorno das águas da Antártida.
De cor violeta clara, apresenta aromas de morangos maduros e outras frutas vermelhas também maduras como ameixas.
Na boca esses aromas se transformam em chocolates, frutas vermelhas compotadas e uma nesga de terrosos dando um ar de elegância.
Seus 13% de teor alcoólico realçam um toque meio apimentado da Shiraz, mas não esmaecendo a potência da Cabernet Sauvignon. 
Um bom equilíbrio entre a acidez acentuada, o teor alcoólico e os taninos revelam uma boa suntuosidade e tendência gastronômica, já denunciadas por suas lágrimas parcimoniosas. Bem encorpado. 
A tampa screw cap indica consumo rápido.
O contrarrótulo é muito bem dotado de indicações para os degustadores.
Deixa um final cálido e longo.

Esta é a minha opinião.

domingo, 5 de novembro de 2017

VINHO FAZ SONHAR!

VINHO FAZ SONHAR!
FlávioMPinto
É inacreditável como um gole de vinho numa degustação nos leva longe. Por isso o vinho é uma bebida diferenciada. Degusta-se e não se bebe. 
Sorve-se cada gole deliciando-se com tudo que envolve a produção daquele líquido, por exemplo. Da história dos produtores á história da época da produção passando pelas variações do clima que fizeram a safra.
O vinho é a bebida mais antiga da humanidade e a mais sagrada. Tanto que na Santa Ceia, Jesus Cristo ungiu o vinho e não a água, depois a transformou em vinho. 
O vinho carrega essa aura sagrada e sacrossanta. Atinge nosso organismo com suas moléculas de resveratrol nos protegendo de inúmeras doenças. 
Mas também atinge em cheio nossa mente liberando o bom humor.
 O nosso intelecto também é ativado quando  degustamos um vinho e relembramos fatos históricos da época do plantio, germinação, florescimento, colheita e maturação do vinho nas barricas e nas garrafas. É a história nos atingindo através da degustação.         
Fatos históricos que degustamos junto com o precioso líquido vem á tona dos mais sensíveis e interessados.
O vinho, entenda-se os de mais alta qualidade, rima com sofisticação, educação, bom gosto e eleva a vida a patamares superiores. A um conceito superior de viver e sentir a própria vida.

Degustar um vinho aflora a mais pura sensibilidade elevando nossos pensamentos, aproximando-nos de pessoas, aumentando nosso poder de aglutinação de amigos. Não é á toa que o vinho, como ator principal, faz parte das maiores comemorações, das mais festivas e amigáveis, sejam profanas ou religiosas, desde os tempos bíblicos. Destaque aí para o Champagne.

sábado, 4 de novembro de 2017

AURORA MERLOT RESERVA 2013

AURORA MERLOT RESERVA 2013
FlávioMPinto
Um bom vinho nacional.
De cor violeta forte, aromas pronunciados de baunilhas e eucaliptos.
Na boca se revelou encorpado e com sabores apimentados, de pimentões verdes, bem distintos. 
Nos pareceu que o vinho ainda não estava pronto, meio verde e carente de mais um tempo de amadurecimento, ou nas barricas  ou nas garrafas antes de lançar-se no mercado. 
Seu teor alcoólico não passa ao conjunto, sobrepõe-se o sabor de pimentas verdes não dando ao Aurora Merlot 2013 o equilíbrio necessário.
Deixa um final picante.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

GEORGES DUBOEUF MOULIN-A-VENT AOC 2013

GEORGES DUBOEUF MOULIN-A-VENT AOC 2013
FlávioMPinto
Um vinho francês vindo de uma Appellation Controlé- a Moulin-A-Vent. Essa região faz parte de Beaujolais, uma das mais proeminentes e únicas regiões da França. Bem francês.
Georges Duboeuf é um dos grandes produtores franceses.  
Aromas e cor típica de vinhos da mais alta qualidade: violetas. Não temos, na garrafa,  a indicação da cepa que integram o vinho. Mas descobrimos que é a mais tradicional da região:  a Gamay. 
E Moulin-A-Vent é considerada a mais importante dos 10 Grand Cru de Beaujolais. Ali a Gamay reina em toda sua plenitude nos dando vinhos frescos, frutados, complexos e estruturados.  
O Moulin-A-Vent AOC é assim e apresenta lágrimas pronunciadas revelando-se muito untuoso e gordo. Se é que podemos dizer que é carnudo. Sua vocação gastronômica é marcante, denotada pela acidez presente e abundante.
O seu teor alcoólico é de 13,0%, mas não demarca território deixando-o levemente elegante e agradável de degustar. 
Os sabores de violetas e framboesas são marcantes e interessantes. 
A Gamay é uma uva leve de cascas finas e a passagem por madeira deixou o Moulin complexo, estruturado. Essa passagem adicionou um sabor terroso típico dos vinhos franceses de alta gama. Não é á toa que a AOC é uma das mais importantes de Beaujolais. 
Um vinho muito especial, medianamente encorpado e exclusivo que poderá evoluir muito ainda na garrafa. É um vinho de guarda. 
Deixa um final longo e agradável. 

Esta é a minha opinião.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

DFJ 2008

DFJ 2008
FlávioMPinto
Um belíssimo vinho português de Tinta Roriz e Merlot. A Merlot é mais uma cepa universalista que está se intrometendo nos blends portugueses com sucesso. 
Um tinto bem escuro e perfumado com aromas salientes de hortelãs, mas de forma suave, bem delicadamente. Lágrimas parcimoniosas indicam sua untuosidade e vocação para guarda. 
Na boca, as  hortelãs se misturam com mentas e a suavidade da Merlot se faz presente tornando o vinho muito agradável de ser degustado. Muito picante com nuances de eucalipto.
Um vinho regional da região de Lisboa, uma das mais importantes de Portugal e onde reina a Tinta Roriz.
Os 13,5% de álcool junto com as lágrimas confirmam sua vocação de guarda assim como seu estado de conservação de mais de dez anos na garrafa.
Um vinho muito elegante e equilibrado. Firme, de taninos bem definidos. 
Os vinhos portugueses, na minha opinião, possuem duas características básicas: preços competitivos e qualidade. Pode-se degustar qualquer vinho português sem sustos.
Deixa um retrogosto muito marcante, longo e definitivo.

Esta é a minha opinião.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

EU QUERO UMA D.O. PALOMAS!

EU QUERO UMA D.O. PALOMAS!
FlávioMPinto
Já se sabe que uma designação geográfica a um produto dá um upgrade muito grande. Condições climáticas, de solo, de personalidade do povo, fazem a diferença no marketing ao se promover determinado produto. Na Europa, com destaque para a França, a primeira Appellation d’Origem Controlée-AOC - foi a de Châteauneuf du Pape no vale do Rhône em 1930. A partir daí virou febre e os maiores vinhos franceses começaram a ser reconhecidos por sua indicação de procedência- a AOC.
No Brasil, não sei porque cargas d’água , a matéria foi subdividida em dois segmentos- a Denominação de Origem e a Indicação de Procedência. Talvez para colocar mais alguém “mamando”,  ou complicar mais o processo,  bem ao gosto tupiniquim.
A pequena Palomas foi a primeira área identificada nos seus produtos pela extinta National Distillers, lançando a marca Almadén, a partir do distrito de Sant’Ana do Livramento-RS. 
Foi o embrião nacional de uma AOC brasileira. As linhas de vinhos da grife Palomas, marcaram a indústria vinícola nacional, pois sua qualidade indiscutível o colocava no mesmo nível das marcas estrangeiras existentes no Brasil, na época.
A começar pelo rótulo de padrão internacional, padrão francês, muito distinto e que apresentava informações e itens inexistentes nos rótulos brasileiros.
A resposta do mundo vinícola de vinhos finos brasileiros foi imediata elevando a Almadén á marca mais querida, a mais desejada, a mais confiável e prestigiada, contemplando-a a com 40% do mercado de vinhos finos no país. 
Sim, uma pequena vinícola de Sant’Ana do Livramento contra e desbancando as grandes vinícolas da região tradicional da Serra gaúcha. 
A ciumeira e a inveja foram enormes ante o sucesso da pequena Almadén e perdura até hoje com a indústria da Serra gaúcha renegando o terroir da região da Campanha, mais particularmente de Santana do Livramento, ao adquirirem uvas na região e se furtarem em informar o terroir nos seus rótulos. No entanto, inúmeras vinícolas da Serra, adquirem oficialmente uvas da região de Sant’Ana do Livramento, colocando como se fosse terroir da Serra gaúcha, ou então, genericamente como região da Campanha. Ora, terroir é uma região/área muito pequena e não uma vasta área de aproximadamente 900 km por 250 indo de Caçapava do Sul á Uruguaiana no Rio Grande do Sul. É o equivalente ao Médoc francês.
Não é de hoje que se sabe que a região de Sant’Ana do Livramento na Campanha gaúcha é uma das mais promissoras e últimas áreas mundiais para produção de uvas finas. 
Também se sabe que, a atual dona da marca Almadén e de seus produtos e vinhedos, o Miolo Group, da Serra gaúcha, literalmente destruiu a empresa reduzindo-a, numa canetada, ao canto mais esquecido e desprestigiado do grupo, colocando-a, arbitrariamente, na base de uma pirâmide de qualidade de seus vinhos e espumantes. Foi, o Miolo Group, na contramão da indústria mundial de vinhos que busca a qualidade e sofisticação ao seguir a linha de vinhos baratos e de pouca qualidade.
Se os donos dizem que o produto carece de qualidade, ou é o pior do seu mix de produtos, quem vai comprar? 
Um monumental erro de marketing da Miolo relegando ao ostracismo quem era a mais considerada indústria de vinhos finos do Brasil e responsável por ensinar os brasileiros degustar vinhos de qualidade, produzindo vinhos de reconhecida qualidade.
Anos de pesquisas e respeito jogados fora e muito dinheiro também! A Miolo perdeu mais do que ganhou, pois o mercado de vinhos é nome e qualidade. Indiscutivelmente!
Quem consumiu produtos antigos da Almadén, como eu, sabe o que foram aqueles vinhos e espumantes. Plantações de cepas  inéditas no mercado nacional simplesmente desapareceram.
E aí, agora,  ressurge Palomas, aos poucos, se impondo na última Avaliação dos Vinhos nacionais com seu Chardonnay, que a muito tempo conhecíamos pela qualidade assim como o Tannat Vinhas Velhas, o Gewurztraminer e o Sauvignon Blanc,  a mostrarem  seu valor renegado por seus novos donos.
Que a Miolo reconheça seu brutal erro histórico e lance no mercado vinícola nacional a AOC Palomas, com prestígio ainda abalado, mas em vigor em termos de reconhecimento de qualidade.
Que Palomas recupere o prestígio que a renomada vinícola tinha no, mercado vitivinícola nacional, pois “quem foi rei sempre será majestade!”

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

RAPARIGA DA QUINTA SELECT 2014

RAPARIGA DA QUINTA SELECT 2014
FlávioMPinto
Um vinho muito querido em Portugal. É do Alentejo. 
De Trincadeira, Aragonez e da intrometida  Syrah, que já se esparrama em terras lusas, como se fosse sua, e com muito sucesso nos blends lusitanos. 
A Syrah foi introduzida em Portugal pelos Templários a séculos e juntou-se as uvas autóctones com denodo e galhardia.
De lágrimas generosas,  aromas de flores e framboesas, o Quinta da Rapariga se apresenta.
Agradável, sedutor, um parceiro agradável para uma conversa solo.
Um vinho moderno , mas com alma antiga evocando todo passado vinícola português. 
Agradável,  pouco amadeirado, o seu teor alcoólico não passa ao conjunto-13,5%-  deixando-o bem amigável e gastronômico. Na realidade deixa uma leve sensação alcoólica, mas que não domina.
Medianamente encorpado, é elegante e equilibrado, com acidez e álcoolico.
Um vinho bem português, ou seja, de excelente relação custo -benefício, muito fácil de se gostar. Não é complicado entendê-lo.
Os portugueses, um dos povos que produzem vinhos a mais tempo, a milhares de anos, volume e qualidade é com eles. “Brigam“ com os franceses e italianos anualmente pela liderança mundial nesses itens.
Os portugueses conseguem a proeza de vinificar todas as 347 cepas registradas e catalogadas no país. Um mix para todos os gostos, brancos, tintos e as maravilhosas da região do vinho verde.
Até hoje não consigo entender o porque dos colonizadores portugueses não haverem trazido essa expertise para o Brasil.
Mas o Quinta da Rapariga é um excelente vinho e deixa um final longo competente.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O VINHO ELEGANTE

O VINHO ELEGANTE
FlávioMPinto
O linguajar dos vinhos é um tanto pedante para quem não está acostumado. Muitos acham quem fala essa linguagem meio esnobes… mas é assim que se comunicam os enólogos, enófilos e sommeliers entre eles e com o público.
Pode um vinho ser elegante? mas como assim?
Desfile em passarela? mas como?
A elegância do vinho compreende a conjunção algumas características entre as quais se destacam o equilíbrio, a harmonia e a delicadeza.
O equilíbrio é a percepção de sabores, principalmente no final de boca, que não devem assaltar as papilas gustativas do degustador. Nenhum sabor deve se sobrepor sobejamente sobre os outros caso hajam. 
Nos vinhos tintos, o equilíbrio é o balanceamento entre o teor alcoólico, a acidez, os taninos e os sabores concentrados.
Nos brancos os taninos são substituídos pela doçura. Um aspecto interessante é que o teor alcoólico nos brancos que dá sua longevidade!.
A harmonia se dá quando nenhum fator se destaca  a mais roubando a cena.
E a delicadeza é o modo como o vinho ataca as papilas gustativas. 
A elegância é uma das principais características dos grandes vinhos.
O que contrapõe ao equilíbrio, principalmente, é a tanicidade que gera um amargor, a doçura demasiada e o teor alcoólico.

Um vinho desequilibrado é terrível. Desagradável, mas tem gente que gosta, o que vamos fazer?

domingo, 8 de outubro de 2017

VIEJA PARCELA CATA MAYOR RESERVA DE LA FAMILIA CABERNET FRANC 2005

VIEJA PARCELA CATA MAYOR RESERVA DE LA FAMILIA CABERNET FRANC 2005
FlávioMPinto
Um vinho para ser tratado com cuidados por sua idade. Os Cabernet Franc franceses tem a característica de guarda, são longevos, mas este uruguaio é uma incógnita.
Decantei-o com todo cuidado e vi a quantidade de borras e lágrimas generosas que se formaram no Decantador. A cor não assustava por sua idade: era meio atijolado nas bordas e  fiquei temeroso da decantação acabar com o sonho dele.
Exalava aromas amadeirados e extremamente agradáveis de frutas vermelhas  como morangos, framboesas, algo de compotas, tabaco, e chocolates nada indicando sua idade. Apenas a cor. Os aromas já indicavam um vinho muito especial. Para um iniciado, ás cegas, poderia concluir que estava diante de um francês do Pomerol por seu perfume suave de frutas com canelas e cravos em calda e o aroma de hortelãs e flores bem salientes.
Na boca revelou- se por completo.   
Pouco alcoólico , mesmo com os 13,5%, o tempo e o confinamento amenizaram o teor e que ele não passa ao conjunto, mas deixou marcas.
É um vinho equilibrado, elegante com fantástico equilíbrio entre o alcool e os taninos salientes.
Sabores mentolados e achocolatados brilham a cada gole dando um ar muito distinto. 
Cálido, envolvente, muito sedutor, é mais indicado para um voo solo acompanhado de uma boa música. 
Um vinho uruguaio das Bodegas Castillo Viejo, de San Jose.
Deixa um final cálido,  longo e mentolado.
Um vinho de guarda que resistiu muito bem aos quase  15 anos embotellado, como diriam seus produtores. 
Resistiu bem ao tempo preservando características importantes da cepa. 
Deixa um final frutado e marcante.

Esta é a minha opinião
.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

A QUALIDADE DOS VINHOS NACIONAIS

A QUALIDADE DOS VINHOS NACIONAIS
FlávioMPinto

A Avaliação Nacional de Vinhos recentemente realizada em Bento Gonçalves pela ABE- Associação Brasileira de Enologia, moveu entendidos de todo país e alguns de outras partes do mundo. O Brasil já é uma das referências pela qualidade dos seus vinhos. Tímida, mas já começa a apresentar resultados visíveis, dadas as presenças de observadores e julgadores internacionais nas mostras nacionais.
Ainda “brigando“ com o Governo federal, que a taxa com índices extorsivos em impostos e fortalecendo os vinhos de outros países, consegue crescer em volume e qualidade. Esse é um fato incontestável. Ao que parece, a nossa indústria vitivinícola cresce apesar dos garrotes que recebe. Não é uma luta inglória e sim gloriosa em que sairão vencedores a indústria nacional e suas vinícolas, o consumidor ao receber produtos cada vez mais confiáveis e sofisticados e , por tabela, o nome da indústria vitivinícola nacional no ambiente internacional. 
Para mim, a grande novidade não foi esse crescimento, e sim o surgimento na lista, de vinhos que encontramos seguidamente nas gôndolas de supermercados, ou seja, vinhos do dia-a-dia presentes na relação dos mais qualitativos vinhos nacionais. Casa Valduga, Vinícola Aurora, Salton, Almadén, Almaúnica, Casa Perini, Miolo, Guatambu são os representantes dessa nova fase da indústria gaúcha, sustentáculos e maior produtora nacional.
Abaixo apresentamos os vencedores da Amostra:
16 melhores vinhos brasileiros de 2017
Categoria Vinho Base para Espumante:
Chardonnay/Riesling Itálico – Chandon (Garibaldi – RS)  
Chardonnay – Casa Valduga (Bento Gonçalves – RS)
Chardonnay – Domno do Brasil (Garibaldi – RS)
Categoria Branco Fino Seco Não Aromático:
Riesling Itálico – Cooperativa Vinícola Aurora (Bento Gonçalves – RS) 
Chardonnay – Vinícola Almadén (Santana do Livramento – RS)
Chardonnay – Vinícola Cave de Pedra (Bento Gonçalves – RS)
Categoria Branco Fino Seco Aromático:
Sauvignon Blanc – Vinícola Fazenda Santa Rita (Vacaria – RS) 
Moscato Giallo – Cooperativa Vinícola São João (Farroupilha – RS) 
Categoria Tinto Fino Seco Jovem:
Cabernet Franc – Vinícola Salton (Bento Gonçalves – RS)
Categoria Tinto Fino Seco:
Petit Syrah – Luiz Argenta Vinhos Finos (Flores da Cunha – RS) 
Merlot – Casa Perini (Farroupilha – RS) 
Merlot – Miolo Wine Group (Bento Gonçalves – RS) 
Cabernet Franc – Giacomin Indústria de Bebidas / Vinhos Hortência (Flores da Cunha – RS) 
Malbec – Vinícola Almaúnica (Bento Gonçalves – RS) Cabernet Sauvignon – Guatambu Estância do Vinho (Dom Pedrito – RS) 
Tannat – Don Guerino Vinhos e Espumantes (Alto Feliz – RS) 

OS VINHOS DA REGIÃO DA CAMPANHA: O NOSSO MÉDOC

OS VINHOS DA REGIÃO DA CAMPANHA: O NOSSO MÉDOC
FlávioMPinto
A região da Campanha é uma área territorial do Rio Grande do Sul que se estende na fronteira com o Uruguai e Argentina e vai de Encruzilhada do Sul a Uruguaiana costeando a fronteira numa faixa de aproximadamente de 250 km.
São solos ricos, emoldurados por colinas ondulantes e um clima propício, que formam um terroir adequado para uvas finas e consequentemente a produção de vinhos finos de alta qualidade.
O pontapé inicial foi dado pela Almadén, que chegou a ter 40% do mercado de vinhos finos nacionais e referência nacional na área. Era a marca de maior prestígio, a mais conhecida, a mais lembrada,  a de melhor qualidade e a mais próxima dos vinhos importados. 
Era o produto de um terroir que o enólogo tem pouco trabalho. O meu irmão-Duda Pinto, jornalista, muito ligado ao vinho da fronteira- não cansa de repetir que o “enólogo tem de ser muito ruim para estragar uma safra da região da Campanha, pois aqui a natureza se encarrega de nos dar um produto de uma excelência ímpar”.
Localizada no Paralelo 31, a região apresenta as melhores condições para produção de vinhos finos e considerada, pela Universidade da California, que fez a prospecção e avaliação inicial para tornar essa realidade em fato, uma das últimas regiões do mundo indicada para a o plantio de uvas finas.
Agora, a região, então, se reinventou saindo de uma agropecuária pungente para as espaldeiras de uvas finas.
O perfil geográfico da Campanha se aproxima muito da Champagne francesa e daí a semelhança na qualidade das uvas e vinhos brancos com destaque para a Chardonnay e em segundo plano a alsaciana Gewurztraminer.
O Médoc é a região mais proeminente e famosa da França na produção de vinhos. A terra, ou melhor o terroir, é tão generoso que uma podridão das uvas toma conta dos parreirais, anualmente e invés de inutilizar a produção da área, a adoça ensejando os melhores vinhos doces do planeta: é a podridão nobre de Sauternes.
A região da Campanha já pode ser dividida como o Médoc em região de Uruguaiana, a de Livramento, a de Dom Pedrito, a de Bajé e a de Encruzilhada do Sul. Acrescentando-se a de Quaraí , recentemente explorada pela Casa Valduga e se revelou única. 
A Indicação de Procedência virá logo tão pronto as lideranças vitivinícolas da área se movimentem para a homologação assim como os terroirs específicos e já reconhecidos como o de Palomas, descoberto pela National Distillers.
Abaixo seguem algumas indicações de vinhos da região:
  • Almadén Vinhas Velhas Tannat*
  • Casa Valduga Raízes, Cabernet Sauvignon*
  • Bueno Paralelo 31, do Galvão Bueno*
  • Cordilheira de Sant’Ana, Tannat*
  • ReD, Routhier Darricarrére, *
  • Guatambu Rastros do Pampa Cabernet Sauvignon*
  • Campos de Cima Ruby Cabernet*
  • Campos de Cima Viogner**
  • Almadén Chardonnay**
  • Dunamis Merlot **( é um Merlot vinificado em branco)
  • Cordilheira de Sant’Ana Gewurztraminer**
  • Routhier Darricarrére Marie Gabi***
  • Campos de Cima Maria Antonieta***
  • Obs- espumantes- qualquer um observando-se seu gosto: se gosta do mais adocicado-doce; se gosta do mais puro-brut; se gosta do intermediário-demi-sec.
  • *tintos
  • ** brancos
  • *** rosés