quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

ESPUMANTE CASA PERINI MOSCATEL BRUT

ESPUMANTE CASA PERINI MOSCATEL BRUT
FlavioMPinto
Não foi á toa que este espumante brasileiro foi destacado com o posto de 1º espumante em última mostra de vinhos na Europa, da WRW&S/Ranking Mundial de Vinhos e Destilados. Na realidade foi o 5º vinho, mas o primeiro espumante, deixando para trás marcas famosas e tradicionais. 
Elaborado com uvas moscatéis da região de Indicação de Procedência de Farroupilha-RS.
De cor levemente rosada, tem uma perlage fina, delicada e fugaz, denotando, já de cara, sua qualidade.
Apresenta aromas cítricos de pêssegos e de flores num equilibrio muito delicado.
Na boca, a moscatel se faz presente com seu adocicado, mas leve e nada enjoativo, pois o espumante é do tipo Brut, muito seco e elegante. 
Deixa um retrogosto muito bom e persistente.

Esta é a minha opinião.

ESPUMANTE CASA VALDUGA RSV PROSECCO

 
FlávioMPinto

Um espumante delicado de cor amarelo palha com reflexos esverdeados. 
Feito pelo modo tradicional-Champenoise- com a segunda fermentação na garrafa. Ficou nas caves subterrâneas durante 12 meses maturando.
Perlage fina e muito presente.
Aromas da frutas cítricas bem marcantes. Limões, laranjas-lima e lixias. A uva Prosecco nos dá excelentes espumantes. 
Na boca confirmam-se os aromas transformados em sabores de frutas cítricas. Muito elegante e sofisticado. 
Um bom equilíbrio entre a acidez e o teor alcoólico de 11,5%.
Deixa um retrogosto muito longo e agradável.

Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

RAR MERLOT RESERVA

RAR MERLOT RESERVA
FlávioMPinto

O RAR é um produto da associação do desejo de Raul A.Randon, empresário gaúcho do ramo metalmecânico, de produzir vinhos junto do Grupo Miolo. 
As uvas são provenientes de suas plantações na região de Campos de Cima da Serra, no norte do Rio Grande do Sul. Um novo e proeminente terroir próximo de Vacaria e Muitos Capões a 1000 metros de altitude. Um terroir de altitude e clima frio. Diferenciado.
Este RAR Merlot Reserva se apresenta com uma cor rubi forte e aromas de baunilhas bem definidos. De lágrimas parcimoniosas indicando sua untuosidade. Muito intenso. 
Na boca é macio, fácil de degustar, e muito encorpado.
Seus 13,5% de álcool dão uma elegância e um equilíbrio ímpares. Sabores de amoras maduras, chocolates, ameixas maduras. Complexo e frutado. Taninos presentes e marcantes.  A passagem por madeira não deixou marcas.
Não sei qual foi a intenção da RAR em não safrar esse vinho e ao mesmo tempo colocar tampa screw cap. Consumo rápido? Mas tudo indica um bom vinho de guarda.
Um vinho muito delicioso e agradável de degustar. 
Deixa um final longo e frutado.

Esta é a minha opinião.

sábado, 9 de dezembro de 2017

DUNAMIS COR MERLOT CABERNET SAUVIGNON 2012

DUNAMIS COR MERLOT CABERNET SAUVIGNON 2012
FlávioMPinto

A visita ao quiosque da Dunamis na estrada Porto Alegre-Gramado rendeu muito. Tivemos a oportunidade de degustar e conhecer de perto mais produtos da jovem vinícola de Dom Pedrito.
De acordo com o marketing, são produtos descomplicados e simples, fáceis de degustar.
Este Cor 2012 é de uma cor violeta forte e esbanja aromas de compotados, como morangos e outras frutas vermelhas,  ao ser desarrolhado. 
Muito untuoso, detalhe informado por suas lágrimas parcimoniosas.
Seus 12% de teor alcoólico o deixam muito gastronômico e fácil de degustar. Cálido e encorpado, o fazem , na boca, um produto simples e nada agressivo. 
Muito complexo com destaques para chocolates, canelas, compotas vermelhas e uma boa acidez. A rolha screw cap nos conduz a ideia  para consumo rápido após aberto. 
Encorpado e pouco tânico revelando a boa fermentação no seu processo de fabricação.
Muito equilibrado não permitindo que nenhum fator se destaque. Álcool, taninos, aromas e sabores se equilibram. 
Deixa um final médio.

 Esta é a minha opinião
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ESPUMANTE AR DUNAMIS ASTI MOSCATEL BRUT

ESPUMANTE AR DUNAMIS ASTI MOSCATEL BRUT
FlávioMPinto

A jovem vinícola de Dom Pedrito continua a nos brindar com produtos competentes e inovadores.
Agora nos trás esse Moscatel Brut feito pelo método Asti.
Fresco, com perlage fina, rápida e volumosa demonstrando sua qualidade, esbanja aromas cítricos. 
Um adocicado e algo de flores toma conta do ambiente após o desarrolhar do Ar Moscatel Brut.
A Dunamis, como muitas vinícolas está investindo na característica Brut de seus espumantes, com certeza para retirar o aspecto enjoativo adocicado de sua degustação prolongando o regozijo e emoção de sua degustação.
Na boca sobressaem sabores adocicados cítricos de frutas vermelhas maduras e compotas. 
Um show de complexidade, mas também muito estruturado e equilibrado satisfazendo os degustadores. 
Acredito que as vinícolas gaúchas e brasileiras acertaram a mão na uva Moscatel produzindo espumantes de muita qualidade. O terroir facilita essa atitude.
Deixa um final marcante e frutado.

Esta é a minha opinião.

DUNAMIS CHARDONNAY 2016

DUNAMIS CHARDONNAY 2016
FlávioMPinto

O Chardonnay de uma das mais novas vinícolas da região da campanha gaúcha chega esbanjando categoria, finesse, vitalidade e graça.
De cor amarelo palha com reflexos esverdeados, bem chardonnay, exala aromas frutados cítricos. 
Límpido, transparente, bem agradável aos olhos.
Na boca, manifestam-se, os cítricos, totalmente com limões sicilianos, maças verdes, peras, abacaxis. 
Não passam despercebidos os sinais de pão torrado, típico e marcantes da cepa.
A Dunamis é uma vinícola jovem de Dom Pedrito-RS, na Campanha gaúcha. Produz vinhos inusitados e competentes..
 Esse Chardonnay é elegante e muito estruturado, apesar de não apresentar traços de adocicado e sim uma leve acidez cítrica. 
O teor de 12% de álcool se faz de maneira indelével deixando o frutado reinar. 
Um vinho muito bem equilibrado, destacando-se a complexidade de sabores.
É muito persistente com um final bem pronunciado.

Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

O PRESTÍGIO DOS VINHOS NACIONAIS

O PRESTÍGIO DOS VINHOS NACIONAIS
FlávioMPinto

Ultimamente ando dando ares de garoto propaganda dos vinhos nacionais. Aliás, não é de hoje. Poucas pessoas estão a par da luta corajosa dos produtores nacionais. Parecem ser e encarnar a disputa de Don Quixote contra os castelos de ventos ante os obstáculos que enfrentam. 
O primeiro inimigo, e quem mais deveria protegê-los, é o governo brasileiro, que os sobretaxa em mais de 60%!
O segundo inimigo, patrocinado por emendas parlamentares de brasileiros, que é bom que se diga,  são os vinhos argentinos e chilenos que aqui competem sem pagar impostos. Vinhos da mesma qualidade que os nacionais, alguns piores, mas que se sobressaem no mercado, pelo baixo preço.
O terceiro inimigo é a mentalidade mística da superioridade dos produtos importados. Neste ambiente insano sobrevivem os produtores nacionais.
Digo que ando dando ares de garoto propaganda quando vejo nos supermercados compradores com carrinhos cheios de espumantes estrangeiros caros. Me intrometo e pergunto se sabiam que o melhor espumante , atualmente do mundo, é brasileiro e está na sua frente e não acreditam.
Pouco, ou quase nada saiu na mídia brasileira sobre a vitória do Espumante Moscatel Brut da Casa Perini na última avaliação de vinhos na Europa- 2017. Um espumante delicado e competente pela feliz escolha da Casa Perini em dotar o Moscatel da qualidade alcoólica Brut, que tira um pouquinho do adocicado e do sabor enjoativo, quando muito ingerido. 
Sim, ele foi o 5º colocado na Amostra e o 1º espumante, passando para trás marcas famosas , reconhecidas mundialmente e a séculos no ramo.
Falo isso para as pessoas, que me olham incrédulas, talvez não acreditando, mas o preço competitivo e a bonita apresentação da garrafa branca transparente do Moscatel nacional, acaba convencendo muitos. Espero que tenham degustado com orgulho esse brilhante produto brasileiro no aconchego do seus lares.

Essa vitória confirmou o prestígio do espumante nacional nos mercados mundiais e suas vitórias em inúmeros concursos e amostras internacionais. 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

TERROIR

TERROIR
FlávioMPinto
Nome muito conhecido no mundo dos vinhos, indica uma região específica dando origem a vinhos únicos e inéditos. 
Relaciona clima e geologia local gerando um universo distinto e característico. Exclusivo. São áreas pequenas,  e  seus frutos são impecáveis por sua qualidade( o terroir do Romanée Conti, na Borgonha, é de 2,3 hectares e produz um dos vinhos mais caros do planeta).
O universo dos vinhos baseia-se na exclusividade, pois vinho é uma bebida que não se bebe: degusta-se , sorvendo cada gole com as características  locais lembrando-se até da história. Aí entra o terroir como aspecto que faz a diferença. 
Os borgonheses já estão classificando um terroir mais qualificado e específico e o chamam de “climat”, englobando até o modo de plantio e modo de vida dos habitantes da região. Daí estão proliferando os vinhos orgânicos e os biodinâmicos, para o gáudio dos puristas.
Vinhos finos rimam com sofisticação, aristocracia, bom gosto, classe. Na França, berço maior dos mais famosos terroirs do planeta,  chama-se o vinho não pela cepa e sim pelo terroir. Quem não conhece e degustou um Bordeaux, um Graves, um Margaux, um Pomerol, um Sauternes ou mesmo um Tokaji hungaro?  O produto desses terroirs carrega a uva que o distingue. Até os assemblages são reconhecidos e chamados pelo nome do terroir!
A primeira AOC- Appellation d’Origem Controlée francesa foi  a Châteauneuf du Pape, um mix de 13 uvas, sendo 3 obrigatórias( Carignan, Mourvédre e Cinsault), que os produtores do Vale do Rhône chamam de “partitura musical”, como a relembrar as 13 notas musicais( são as sete mais as 6 semi). É chegar numa restaurante e pedir um Châteuneuf e não um blend de Carignan, Syrah, Mourvédre e outras!
No Brasil, chamado de Novo Mundo, no linguajar vinícola., ainda impera o caráter Varietal, ou seja, vinhos de uma uva só e não plenamente identificadas com o local, embora já tenhamos indícios de clara identificação. A uva Merlot é a que produz os melhores vinhos da Serra gaúcha, na Campanha se destacam a Tannat e as brancas, na região de Garibaldi o destaque são as brancas para os espumantes consagrados mundialmente. 
O terroir é isso: uma identificação inconteste do produto com a terra.


ARROGANT FROG RIBET RED 2014

FlávioMPinto
Jean Claude Mas é um dos muitos “enfants terribles” que sempre surgem no universo vitivinícola mundial.  Criativos, inusitados, não se conformam com a mesmice e inventam blends e tempos de presença na barricas e garrafas gerando vinhos diferenciados e únicos.
Este ARROGANT FROG é de Pézenas, da vinicultura orgânica e composto por uvas Cabernet Sauvignon e Merlot das cincos principais regiões do Pays d’Oc, o Languedoc no sul da França.
Ele já chega com uma cor violeta muito presente e aromas delicados de frutas vermelhas silvestres, como amoras, de bom agrado. Um vinho jovem de poucas lágrimas. 
A cápsula screw cap indica consumo sem período de guarda. Embora venha com uma proteção junto da cápsula para melhor vedação.
Na boca, o Arrogant Frog se mostra de fato como um sapo arrogante, impondo seu estilo com sabores de framboesas, amoras e morangos maduros, algo de chocolate, bem diferente de qualquer outro vinho do Languedoc. Complexo. Bem cálido e aconchegante, boa acidez indicando vertente gastronômica. 
Um vinho elegante, encorpado, com seus 13,5 % de álcool mostrando suas garras, mas não demarcando território. 
Mostra seu caráter ao ser instado a apresentar-se como vinho diferenciado. Notas de baunilhas e fumo no final longo.

Esta é a minha opinião.