quinta-feira, 29 de março de 2012

VINHOS BRANCOS NA CAMPANHA


VINHOS BRANCOS NA CAMPANHA
FlávioMPinto
Conversando com um produtor, dono de uma vinícola na Serra gaúcha, ele se revelou apaixonado por Livramento. O motivo foi ter achado um tesouro em uvas brancas que o faz, anualmente, adquirir volumes consideráveis de uvas de castas nobres brancas na cidade. Os vinhos produzidos, vinificados na Serra,  sempre são aquinhoados com prêmios Brasil afora e até no exterior.  O carro chefe é a Chardonay. Por sinal, a uva ícone da Champagne, lá no país líder na produção dessa uva fina.
A Chardonay é considerada a rainha da uvas finas brancas e rivaliza com a tinta Cabernet Sauvignon , esse reinado.
É uma casta vinífera que gera respeito e produz vinhos sofisticados. Consta que seu reinado iniciou na França quando a rainha, mulher de Carlos Magno, que, sempre ao vê-lo com a barba turva em tinto após beber vinho, convenceu-o a proibir que se produzissem vinhos tintos na região da Borgonha, onde o rei glutão mandava buscar seus vinhos. E as castas brancas começaram a proliferar até que em 1891, com o avanço da filoxera, Louis Latour  implementou a Chardonay nos seu vinhedos, originando os Corton-Charlemagne. O sucesso foi tanto que todos os vizinhos passaram a plantar essa casta, que hoje faz sucesso na região Reingau produzindo  os mais afamados vinhos brancos do planeta- os Montrachet e os Corton-Charlemagne. Com destaque, é claro, para a AOC Corton-Charlemagne, a do vinho do Imperador.
Mas a região que melhor aproveita a casta é a Champagne com a produção dos seus espumantes famosos-os Champagnes. É ali que, em maior escala, a uva Chardonay alcançou seu esplendor.
O mais curioso é que a região da Champagne e as áreas que produzem admiráveis brancos na Borgonha-Beaune-, são muito semelhantes. Colinas e mais colinas acompanhadas por um clima saudável ás uvas.
E o mais impressionante ainda é que essas regiões se assemelham com a Campanha gaúcha com suas leves ondulações com longos aclives e declives e ventos frios no inverno. Suas coxilhas formam uma paisagem única. Exclusiva.
Os vinhos da Chardonay são de um amarelo ouro, complexos, transparentes, untuosos e aromáticos. Apresentam um bouquet de flores. É claro, os bem produzidos. Os vinificados á galega, ou não respeitando a casta, não possuem essas características.
É um vinho sofisticado, elegante e aristocrático que combina com nobreza de espírito em qualquer fase, seja na produção seja no consumo. O champagne que o diga.
E essa casta,  como bem observou o produtor da Serra, se deu muito bem na Campanha, mais particularmente na fronteira oeste.
Ainda não se tem estórias como a do rei Charlemagne, mas um futuro promissor espera as brancas do Pampa gaúcho

quarta-feira, 28 de março de 2012

QUALITÄT


QUALITÄT
FlávioMPinto
A partir de agora, não só de vinhos escreverei. Vinho e comida tem tudo a ver! Vou abordar também  pequenos restaurantes, a começar pelo centro de Porto Alegre, onde almoço e, eventualmente  janto todo dia. Sim, porque pequenos restaurantes? porque não recebem anotações por parte da mídia, mas são bons para o dia-a-dia. Possuem uma clientela fiel e cumprem sua missão de bem servir. É claro que, eventualmente colocarei observações sobre outros , mas basicamente, os post serão sobre esses pequenos e aconchegantes locais. Vamos á obra. Antes, é a minha opinião.
O Qualität é um pequeno restaurante, dirigido pelos irmãos Modena,  que funciona na Rua dos Andradas, 724, somente no período do almoço de segunda a sexta-feira. Fica bem ao lado da Casa de Cultura Mario Quintana. Faz parte daquele círculo dos pequenos restaurantes do centro da capital e atende uma gama diferenciada de fregueses.
De cara, sua fachada, restaurada e parecendo envelhecida, dá uma impressão acolhedora. Dentro, dois ambientes dão aos clientes a necessária opção de escolha: embaixo, self-service livre e encima, a quilo. Em ambas destacam-se a simplicidade e presteza do serviço.
Na parte de baixo funciona uma ilha de massas com inúmeras opções em pratos preparados na hora. Vai de Penne ao tradicional macarrão com molhos deliciosos feitos á vista do freguês e panquecas com chocolate.
Um bom local para um almoço, seja executivo ou não. O cardápio não varia muito no dia-a-dia, mas é diferenciado nos dois ambientes e  atende bem em termos de qualidade e higiene. Pode-se encontrar  desde um suculento espinhaço de ovelha no capricho a uma boa carne assada e quiches.
Sua grande restrição se faz no item bebidas. Poucas opções.
Esta é a minha opinião.

terça-feira, 27 de março de 2012

COLINAS DE SÃO LOURENÇO 2005


COLINAS DE SÃO LOURENÇO  2005
FlávioMPinto
Portugal é um dos três maiores produtores de vinho do mundo. Reveza-se anualmente com França e Itália na liderança. Possui um vasto histórico de produção que remonta a séculos desde as grandes navegações. Basta dizer que a consolidação dos vinhos da Madeira foi através do seu acondicionamento e viagens ao Brasil. Constatou-se que o balanço do mar e o calor dos porões dos navios com o tempo permitia a dormência necessária e adequada    e o consequente melhoramento dos vinhos. Surgiram então os grandes e longevos vinhos da Madeira.
O Colinas de São Lourenço é um tinto DOC da Bairrada, contendo três das maiores castas portuguesas: Touriga Nacional, Aragonez e Baga. A Bairrada é uma tradicional região produtora de vinhos com uvas autóctones exclusivamente portuguesas. Sua uva ícone e carro chefe é a Baga, cuja característica é a tanicidade e acidez dos seus vinhos. Foi introduzida naquela terra lusitana por ser resistente ao fungo Oídio.
O Colinas, portanto, não deixa de seguir essa linha. De cor fortemente violácea, desprende aromas de frutas vermelhas silvestres, com destaque para cerejas e framboesas. Seu bouquet já mostra a passagem 1 ano por barricas de carvalho.
Na boca, voltam a destacar-se os sabores de frutas silvestres, mais marcante ainda a framboesas. A baunilha um pouco, mas forte no retrogosto. Complexo nos sabores.
 Um vinho bem europeu e português, tânico, mas macio no paladar. Acidez sob medida, bem controlada. De bom corpo. Equilibrado e elegante. Deixa uma persistência bem definida.
Esta é a minha opinião.

segunda-feira, 26 de março de 2012

AINDA A QUESTÃO DOS VINHOS IMPORTADOS


AINDA A QUESTÃO DOS VINHOS IMPORTADOS
FlávioMPinto
Absolutamente reprovável a atitude dos grandes produtores gaúchos, diga-se de passagem as grandes vinícolas, de proporem ao governo federal , salvaguardas ao vinho nacional ante a avalanche dos importados.
É muito curioso não se importarem com as altas taxas de impostos nos vinhos nacionais, assim como a não taxação dos vinhos do MERCOSUL. Esses sim, os verdadeiros inimigos da produção nacional. Assim como também não questionam a reciprocidade para entrada no mercado sul-americano de língua espanhola dos vinhos brasileiros. Estes não passam nem perto das gôndolas de venda dos hermanos.
Temos uma avalanche de produtos sulamericanos por causa exclusiva da não taxação e da classificação dos seus produtos nos seus países. A açpão protocolada pelo Governo Federal diz que:
Foi determinado o crescimento das importações de vinho como decorrência de evolução imprevista das circunstâncias.Além disso, constatou-se a existência de indícios suficientes de que o crescimento dessas importações ocorreu em condições tais que causaram prejuízo grave à indústria doméstica. Por outro lado, não foram identificados outros fatores que pudessem explicar a deterioração observada.
Ademais, analisado o plano de ajuste apresentado pelos peticionários, concluiu-se pela sua viabilidade. Este plano inicial deverá, no entanto, ser objeto de detalhamento ao longo da investigação.
Só posso constatar que o IBRAVIN, UVIBRA e outras entidades ligadas ao vinho no Rio Grande do Sul estão completamente mal informadas, enganadas e mais do que tudo, mal assessoradas.
A luta dos produtores brasileiros é árdua, pois além de enfrentar o governo nos seus tributos, batem de frente com a concorrência desleal dos sulamericanos. Some-se a isso o Custo Brasil.
E mesmo assim a produção nacional subiu e a qualidade aumenta a olhos vistos. Qual seria o milagre?
É a vontade única e absoluta de progredir dos produtores nacionais. Já são produzidos vinhos com excelente qualidade na terra gaúcha e catarinense. É a abnegação e a dedicação total á produção do líquido de Bacco.
E não me venham falar de terroir, pois, só para citar, a Campanha gaúcha não deixa nada a dever a nenhum sulamericano.
E é bom lembrar que “quem não tem competência não se estabelece!”.

domingo, 25 de março de 2012

CALVET DE L’ESTEY RESERVE MARGAUX 2007


CALVET RESERVE DE L’ESTEY  MARGAUX 2007
FlávioMPinto
Após degustar um original Margaux, fui atrás de outro, só que mais em conta. Bem mais barato, mas um Margaux. A diferença de preço é gritante, mas vamos lá.
Tinha de sentir a diferença dos dois. É a diferença do Morris Mini Cooper e um Lifan. C’est la vie!
Sua cor violácea , típica dos Cabernet Sauvignon, nos impulsiona para os vinhos de classe. Cor firme, mesmo um 2007, sem resquício de atijolamento das bordas, mostrava-se pronto.
No nariz pouca diferença. Apenas poucos aromas fortes de frutas vermelhas( groselha ,morangos e cerejas)com destaque para framboesas e baunilha. Um tanto de madeira pela exposição em barris de carvalho, mas pouco.
Na boca, revelou-se bárbaro. De cara framboesas, mas aos poucos surgiram sabores de cassis e cerejas. De taninos poderosos perfeitamente domados, foi suave no degustar, deixando uma profunda persistência, demarcando seu caráter e personalidade. Um vinho com nobreza a flor da pele.
Não notei muito sua diferença para o original, degustado meses atrás e fruto de um post no mês de janeiro de 2012. Afinal era um Margaux que estava na minha taça produzido por uma  família de vinhateiros  muito conhecida e renomada-Calvet, cujo ofício remonta a 1818.  Um vinho marcante por manter todas as suas características de terroir, um Margaux com tudo que se tem direito.
Feito de Cabernet Sauvignon(70%), Merlot(20%), Petit Verdot(5%) e Malbec (5%)é um vinho de Médoc  complexo por natureza e nos brinda com as melhores características daquelas cepas. Aí vem a grande diferença do original, mas não perde em qualidade.
Não deixa de ser um vinho elegante, aristocrático, não muito difícil de ser compreendido.
Esta é a minha opinião.

quinta-feira, 22 de março de 2012

SANGIOVESE DI TOSCANA 2009


SANGIOVESE DI TOSCANA 2009
FlávioMPinto
Um Sangiovese IGT  com tudo que tem direito. Sim, um IGT-Indicazione Geografica Tipica- distinção italiana aos vinhos produzidos em regiões que não são DOC ou DOCG, mas com uvas mesmas das DOC e DOCG. Equivalem aos franceses Vin de pays.
Aromático, escuro, rubi brilhante, causa boa impressão com os aromas desprendidos. Um pouco de couro, madeira, leve, defumados.
Na boca, baunilha salientando-se e cerejas maduras, madeira e trazendo um pouco de gosto apimentado e defumados. Muito encorpado e austero, de boa acidez, de forte personalidade como todo bom Sangiovese. Mas um Sangiovese jovem, pois estes vinhos devem ser degustados após 8 a 10 anos de guarda, revelando que tem potencial de guarda. O teor alcoólico de 12,5% não assusta deixando fácil de beber. Pouco complexo e curto em persistência. É da linha dos Super Toscanos.
Um vinho muito barato para o que apresenta. Mesmo um vinho simples, poderia ter deixado descansar por mais um tempo.
Não o deguste muito refrescado. A Sangiovese deve ser degustada entre 18 e 20°.
Essa é a minha opinião.

Vão nos obrigar a beber vinhos de baixa qualidade?


Vão nos obrigar a beber  vinhos de baixa qualidade?
FlávioMPinto
Pois é, a avalanche das tentativas de igualar por baixo o que se bebe no Brasil é uma constante. Não basta o que ocorre nos setor automobilístico, onde somos obrigados a comprar veículos de menor qualidade e tecnologia por outros que custam a metade do preço e fabricados no Brasil á venda no exterior, chegou a hora dos vinhos.
Não vou dizer que tem gente que sente arrepios quando outra pessoa pede um Brunello, pois esta mesma pessoa sente os mesmos arrepios quando outra pessoa pode e compra um carro importado de alta tecnologia.
Não basta a lição de quando o Collor abriu as porteiras da importação e descobriu-se que tínhamos verdadeiras carroças comparadas com os estrangeiros. Era brincadeira de criança comparar um BMW ou Audi com os nacionais de então. Deu-se o salto tecnológico que o Brasil precisava para evoluir no setor automobilístico e conseguimos produzir veículos bons. Não foi só no setor automobilístico que ocorreu. Mas parece que paramos de repente e voltamos á estaca ZERO nesse item e as salvaguardas á indústria nacional estão de volta.
Temos a convicção de que não por busca de qualidade, aspecto que tanto o consumidor busca, mas por nivelar por baixo, tudo comandado por uma mentalidade tão tacanha quanto voltarmos á época das cavernas. A lição do Collor não foi aprendida e a nossa indústria não aprendeu nem evoluiu. Voltamos a ser produtores apenas de matérias primas e deixamos os manufaturados para os outros países faturarem.
 Um carro produzido no Brasil com todos os acessórios possíveis, e vendido na Argentina ou México,  custa a metade do preço de um “pelado” no mercado nacional.
Agora chegou a vez dos vinhos com o famigerado selo fiscal e as ameaças de aumento de alíquotas ou mesmo imposição de quotas de importação.
O que podemos dizer que se trata de gente de gosto duvidoso, de mau gosto diga-se. Não desejam, absolutamente, que o brasileiro consuma produtos de qualidade. Dos exemplos citados, tanto dos carros como dos vinhos, diminua-se os impostos desses produtos no mercado nacional e o consumo imediatamente aumentará.
Mas é de se esperar que vinhos argentinos, chilenos e uruguaios literalmente destruam a indústria nacional vitivinícola por não terem concorrência no preço, posto que,  entram com alíquota ZERO no mercado nacional. Como não possuem a babilônia de impostos nos seus produtos nos seus países.....
Assim ocorre na produção de veículos, onde as fábricas preferem produzir na Argentina e colocam seus produtos no mercado brasileiro com ganhos estratosféricos. Tudo por acordos do Mercosul e que se lixe a produção das vinícolas nacionais, pois a reciprocidade dos hermanos está em outros produtos. Assim se mantém a balança comercial.
Ah, tanto vinhos como carros são coisas de burgueses. Bingo! Chegamos ao ponto nevrálgico. É isso. A coisa é ideológica.
E como estamos sendo governados por gente desse caráter, não podemos esperar outra coisa.
A não ser que os freeshop de Rivera nos salvem.
É a solução á vista.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O ASSÉDIO FISCAL AOS VINHOS IMPORTADOS


O ASSÉDIO FISCAL AOS VINHOS IMPORTADOS
FlávioMPinto
O governo federal ensaia mais uma vez o assédio fiscal aos vinhos importados, ou mesmo restrição á venda no comércio, a produtos de reconhecida qualidade. Não vou falar dos sul-americanos que, protegidos, concorrem diretamente e detonando os brasileiros no comércio nacional e nos freeshops da fronteira. Sim, chilenos, uruguaios e argentinos com taxa 0% na alíquotas de importação, não competem pela qualidade, mas ganham de vantagem nos preços, relegando os nacionais a um segundo plano por causa exclusiva das vantagens que recebem aqui. Além disso, os produtos nacionais são sobretaxados já no mercado nacional. E isso tudo foi proposto por BRASILEIROS. Um verdadeiro crime de lesa pátria. Mas foi. E os deputados que propuseram, com certeza, estão se regalando com os vinhos sulamericanos.
Agora, pelo menos é o que se apresenta, a sanha governamental vai na direção da fina flor dos vinhos. Em suma, não desejam que os brasileiros consumam  produtos de qualidade indiscutível. É o nivelar por baixo como já fizeram com o aumento da alíquota de importação dos carros. Quem pode não vai deixar de adquirir um Azera ou um BMW!
Normalmente quem reagiria seria o mercado com sua volúpia em consumir produtos bons, mas é a sanha arrecadadora do governo que abocanha tudo, inicialmente sufocando o produto nacional e aliviando a barra dos uruguaios, argentinos e chilenos, que entram no mercado nacional com volumes cada vez crescentes.
E  continuaremos a ver brasileiros se entupirem de chilenos de 5 dólares a garrafa , de qualidade discutível, nos freeshops da vida em detrimento da qualidade cada vez mais alta dos vinhos nacionais, que, naqueles lugares, nem entram tal é a reciprocidade comercial dos hermanos.
Os burocratas do Comércio Exterior não sabem que o nosso inimigo não está na Europa, e sim, incrustado no comércio nacional, aqui chegando devido a vantagens inadmissíveis em detrimento dos produtos nacionais, que mesmo assim, crescem a olhos vistos.
Para o consumidor, a chave de tudo é o conhecimento. Com ele, poderemos escolher a vontade produtos de excelente qualidade, produtos que não fabricamos e temos ânsia em consumir. Você deixaria de dar uma voltinha numa Ferrari?
E eu não vou deixar de degustar o meu Bordeaux nem meu Brunello di Montalcino!

segunda-feira, 12 de março de 2012

PRIMEIRO CORTE 2008


PRIMEIRO CORTE 2008
FlávioMPinto
O PRIMEIRO CORTE é um vinho feito a quatro mãos pela Vinícola Campos de Cima e a EMBRAPA Uva e Vinho de Bento Gonçalves.  A vinícola boutique de Itaqui nos brinda com um vinho muito bem equilibrado, harmônico. Feito num assemblage de Merlot(41%), Cabernet Sauvignon(35%) e Tannat(24%), preserva as melhores qualidades destas castas.
De cor violácea meio opaca, é discreto no nariz. Não possui o brilho de um Cabernet Sauvignon. Poucos são os aromas desprendidos. Apenas reduzidos aromas de frutas vermelhas como pitanga, picantes, para denotar seu caráter frutado.
Na boca,revela-se todo, bem estruturado apresentando a maciez do Merlot, misturada com um pouco da adstringência do Tannat e a potência do Cabernet Sauvignon. Tudo isso, sim senhor. Nuances de cereja e pitanga, típica frutinha silvestre da Campanha, o fazem diferenciado. Os 12% de teor alcoólico dão maior equilíbrio aos taninos domados das castas. Um assemblage, de fato, muito bem equilibrado e elegante. Ficou até meio suave, atenuada a agressividade dos taninos . Ficou fácil de beber. Medianamente encorpado deixa uma suave sensação de persistência terrosa,  marcante, demarcadora de território.
Uma excelente combinação das três uvas colhidas á mão, como se faz nos grandes vinhedos em todo o mundo.
Esta é a minha opinião.