sexta-feira, 16 de março de 2012

O ASSÉDIO FISCAL AOS VINHOS IMPORTADOS


O ASSÉDIO FISCAL AOS VINHOS IMPORTADOS
FlávioMPinto
O governo federal ensaia mais uma vez o assédio fiscal aos vinhos importados, ou mesmo restrição á venda no comércio, a produtos de reconhecida qualidade. Não vou falar dos sul-americanos que, protegidos, concorrem diretamente e detonando os brasileiros no comércio nacional e nos freeshops da fronteira. Sim, chilenos, uruguaios e argentinos com taxa 0% na alíquotas de importação, não competem pela qualidade, mas ganham de vantagem nos preços, relegando os nacionais a um segundo plano por causa exclusiva das vantagens que recebem aqui. Além disso, os produtos nacionais são sobretaxados já no mercado nacional. E isso tudo foi proposto por BRASILEIROS. Um verdadeiro crime de lesa pátria. Mas foi. E os deputados que propuseram, com certeza, estão se regalando com os vinhos sulamericanos.
Agora, pelo menos é o que se apresenta, a sanha governamental vai na direção da fina flor dos vinhos. Em suma, não desejam que os brasileiros consumam  produtos de qualidade indiscutível. É o nivelar por baixo como já fizeram com o aumento da alíquota de importação dos carros. Quem pode não vai deixar de adquirir um Azera ou um BMW!
Normalmente quem reagiria seria o mercado com sua volúpia em consumir produtos bons, mas é a sanha arrecadadora do governo que abocanha tudo, inicialmente sufocando o produto nacional e aliviando a barra dos uruguaios, argentinos e chilenos, que entram no mercado nacional com volumes cada vez crescentes.
E  continuaremos a ver brasileiros se entupirem de chilenos de 5 dólares a garrafa , de qualidade discutível, nos freeshops da vida em detrimento da qualidade cada vez mais alta dos vinhos nacionais, que, naqueles lugares, nem entram tal é a reciprocidade comercial dos hermanos.
Os burocratas do Comércio Exterior não sabem que o nosso inimigo não está na Europa, e sim, incrustado no comércio nacional, aqui chegando devido a vantagens inadmissíveis em detrimento dos produtos nacionais, que mesmo assim, crescem a olhos vistos.
Para o consumidor, a chave de tudo é o conhecimento. Com ele, poderemos escolher a vontade produtos de excelente qualidade, produtos que não fabricamos e temos ânsia em consumir. Você deixaria de dar uma voltinha numa Ferrari?
E eu não vou deixar de degustar o meu Bordeaux nem meu Brunello di Montalcino!

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