segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CAMPOS DE CIMA RUBY CABERNET 2008

CAMPOS DE CIMA RUBY CABERNET 2008
FlávioMPinto
É reconhecido que videiras dão frutos em qualquer lugar com um mínimo de estrutura da terra. No entanto, só os grandes vinhos saem de videiras com terrenos e climas generosos-é o terroir.
Hoje, desbrava-se mais um terroir na Campanha gaúcha: lá pelos lados de Itaqui, na parte oriental da região, surgem as espaldeiras da Vinícola Campos de Cima. São apenas 15 hectares  no autêntico terroir da Campanha: frio e úmido no inverno e quente e seco no verão, temperados pelo Minuano.
É uma vinícola familiar pequena, onde seus donos a definem como “ um lugar onde cada garrafa guarda uma perfeita identidade com as características  e tradição da região”. De acordo com o folder da vinícola,  as videiras localizam-se em solo profundo, bem drenado, muito poroso, friável e bem estruturado.  Mais uma vinícola onde a pecuária reinava.
O Ruby Cabernet, feito com uma uva de mesmo nome, que é uma variedade  da Carignan francesa no solo gaúcho feita pela EMBRAPA,  é um varietal interessante. A defino como a Carignan gaudéria.
De cara sua cor violácea  nos dá boa impressão, o aroma herbáceo e as lágrimas indicam um vinho sedoso, macio. Na boca apresenta-se da mesma forma: macio, sereno,  frutado com aromas de frutas vermelhas frescas, principalmente cerejas, baunilha e de tostados revelando seu hibernamento antes de ser comercializado. Encorpado e persistente no final. Gostei da evolução na taça revelando aromas de violetas, defumados e até de cedro. Seu teor alcoólico-12%- o deixa um assemblage tranqüilo, fácil de beber. Um vinho pronto para ser degustado.
Esta é a minha opinião.

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